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Dia mundial do câncer: veja a importância da conscientização

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Todo dia 4 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial do Câncer. A data serve para lembrar sobre a importância da prevenção e do tratamento dos diferentes tipos da doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil, foram mais de 600 mil novos casos em 2019, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

A campanha busca destacar métodos de prevenção reconhecidos, principalmente aqueles ligados a hábitos de vida saudáveis. Também trabalha na conscientização sobre os tipos de câncer mais comuns, como o de pulmão, de pele, de mama e de próstata, cujas chances de cura são aumentadas por meio de um diagnóstico precoce.

Mas será que é mesmo possível prevenir o câncer no dia a dia? Esse é o assunto deste artigo. Nele, explicamos um pouco mais sobre a iniciativa do Dia Mundial do Câncer, os principais fatores de risco e as formas de prevenção da doença. Boa leitura!

O que é o Dia Mundial do Câncer?

O Dia Mundial do Câncer foi criado no ano 2000 pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), juntamente da Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa foi instituída por meio da Carta de Paris contra o câncer, um compromisso celebrado entre as nações para conscientizar e educar a população mundial sobre a doença, de modo a evitar milhões de mortes todos os anos.

A cada 3 anos é escolhido um tema. Para o período de 2019 a 2021, foi escolhido o tema “Eu sou e eu vou” (I am and I will). Dentro do tema, este ano a campanha traz o lema: “Eu sou e eu vou: juntas, todas as nossas ações são importantes”. Assim, lembra a importância da soma das ações individuais como forma de transformar a saúde de modo coletivo.

A campanha é fundamental, uma vez que conscientiza sobre o papel de cada um na manutenção da própria saúde, evitando uma das doenças que mais causa mortes em todo o mundo. Ela também é uma forma de mobilizar a sociedade para pressionar os governos a adotarem políticas mais efetivas e contínuas para a prevenção e o tratamento.

Afinal de contas, estima-se que apenas em 2019 foram cerca de 18 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo. Mais da metade delas perderam a vida devido à doença. Só no Brasil, o INCA acredita que os diferentes tipos de câncer somados devam se tornar a principal causa de morte no país em até 10 anos, superando as doenças cardíacas.

Qual a importância da conscientização sobre a prevenção do câncer?

Grande parte das mortes por câncer poderiam ser evitadas a partir de um diagnóstico precoce. No entanto, muitas pessoas convivem com a doença por anos sem apresentar sintomas ou buscar ajuda médica, o que dificulta o tratamento. Sobretudo no câncer de mama e próstata, que são bastante comuns, as chances de cura são bastantes aumentadas se forem descobertos logo no início.

O problema é que ainda falta informação. Muitas pessoas só buscam ajuda médica quando a doença já apresenta sintomas graves e é mais difícil de ser tratada. Isso poderia ser evitado por meio de exames de prevenção feitos regularmente.

No caso do câncer de mama, por exemplo, ele pode ser detectado precocemente por meio de exames preventivos, como a mamografia. Quanto mais cedo se descobre a doença, mais simples é o tratamento e mais rápida é a recuperação do paciente.

Além disso, diversos tipos de câncer poderiam ser evitados por meio de uma mudança no estilo de vida. Hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas, fibras e sais minerais, e a prática regular de atividade física podem reduzir de maneira significativa a ocorrência de tumores.

Por sinal, já é reconhecido o quanto o cigarro é um dos principais responsáveis pelo câncer de pulmão e de garganta, provocando outros problemas de saúde a longo prazo. Quanto antes uma pessoa parar de fumar, menores serão as chances de ela desenvolver a doença. 

Assim, é muito importante conscientizar as pessoas sobre os riscos e as medidas de prevenção do câncer. Campanhas como a do Dia Mundial do Câncer servem para colocar uma luz sobre o problema, destacando a necessidade de que cada um faça a sua parte no combate a essa doença.

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Quais os principais tipos de câncer?

De modo geral, um câncer é formado a partir de uma mutação genética que altera o DNA das células de determinada parte do corpo. Dessa forma, elas começam a receber informações erradas para a produção de proteínas, se multiplicando de maneira desordenada. Isso pode acontecer por diferentes fatores, como agentes cancerígenos externos (cigarro, má alimentação etc.) ou internos (problemas metabólicos, entre outros).

Ainda nos estágios iniciais da doença, esses agentes cancerígenos fazem com que as células se multipliquem aleatoriamente e de modo irreversível. Elas formam uma massa, um tumor, que vai crescendo com o tempo. Nessa fase, o câncer quase nunca apresenta sintomas. Porém, nesse estágio ele é mais fácil de ser diagnosticado e tratado, evitando que as células contaminadas se espalhem pelo corpo (metástase).

A doença passa a ser sintomática a partir da fase de progressão, ou seja, quando o tumor começa a tomar forma e ganhar mais volume. Neste momento, surgem os primeiros sinais clínicos e também fica mais difícil tratar o câncer, dependendo da região em que ele está localizado no corpo.

Na verdade, essas características são mais gerais, pois cada tipo de câncer tende a se comportar de uma forma específica, de acordo com o local onde se manifesta inicialmente. A seguir, confira os principais tipos.

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão é um dos mais recorrentes e um dos que mais matam todos os anos. No mundo, são mais de seis milhões de mortes por ano, sendo cerca de 147 mil só no Brasil, ainda de acordo com o INCA. Um dos grandes problemas da doença é que ela pode ficar assintomática ou apresentar sintomas leves nas fases iniciais, como uma tosse constante, que podem ser confundidos ao de outras doenças menos graves.

Diversos fatores podem influenciar a ocorrência do câncer no pulmão, como a exposição a substâncias tóxicas no ambiente e o contato recorrente com a fumaça de combustíveis fósseis. No entanto, o fator mais relevante é mesmo o tabagismo. Quem fuma tem cerca de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver a doença.

Câncer de mama

O câncer de mama é o mais recorrente na população feminina, sendo a maior causa de mortalidade entre as mulheres. Os fatores de risco mais comuns para a doença são:

Além disso, alguns fatores podem reduzir o risco de câncer de mama nas mulheres. Um exemplo disso é a adoção de uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos. Aquelas que amamentam seus filhos também reduzem significativamente o risco de desenvolver a doença.

Câncer de intestino

O câncer de intestino também é bastante comum, sendo o segundo mais incidente em mulheres e o terceiro nos homens. Ele decorre, principalmente, da má alimentação, com o consumo excessivo de alimentos processados e carnes vermelhas, e um baixo consumo de frutas, verduras e legumes. O sedentarismo e o sobrepeso também são fatores relevantes, juntamente do tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.

Por isso, o câncer de intestino costuma ser associado ao estilo de vida da pessoa. No entanto, o histórico familiar e a presença de doenças crônicas no aparelho digestivo, como gastrite e úlcera, podem aumentar as chances de desenvolvimento da complicação.

Câncer de estômago

Já o câncer no estômago é mais recorrente nos homens do que nas mulheres, apesar de ter causas semelhantes às do intestino. Porém, além de fatores como alimentação, alcoolismo, obesidade e tabagismo, também contribui para a ocorrência da doença a presença prolongada da bactéria H. pylori no estômago.

Essa bactéria aumenta a produção dos ácidos digestivos, favorecendo a ocorrência de doenças gastrointestinais, como refluxo gastroesofágico, gastrite e úlcera. Caso a infecção permaneça por um longo período ou seja recorrente, ela pode aumentar as chances de desenvolver o câncer. A má alimentação e o consumo excessivo de álcool favorecem a proliferação da bactéria no estômago.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo mais incidente nos homens brasileiros, principalmente aqueles acima dos 65 anos. O fator de risco mais relevante para o desenvolvimento da doença é mesmo a idade avançada, além do histórico familiar. No entanto, o sedentarismo, o alcoolismo e o tabagismo também podem influenciar de alguma maneira.

Um dos grandes problemas da doença é que ela pode demorar muito tempo para apresentar sintomas, manifestando sinais quando já está bastante avançado. Por isso mesmo é tão importante que os homens acima dos 40 anos façam a prevenção todos os anos, por meio do exame de toque e de sangue (PSA).

Câncer de pele

O câncer de pele também é bastante comum entre homens e mulheres de todas as idades. Na verdade, se refere a uma grande diversidade de tumores, que podem aparecer na superfície de qualquer parte do corpo, com menor ou maior gravidade. 

Além das causas genéticas, o câncer de pele está bastante ligado à exposição excessiva ao sol sem proteção solar. No início, pode se manifestar apenas como uma mancha ou pinta no corpo, podendo permanecer sem sintomas por muitos anos.

Com o tempo, as células começam a se multiplicar rapidamente, evoluindo para feridas e caroços na pele. Daí a importância de usar filtro solar com alto fator de proteção contra os raios solares.

Câncer de colo do útero

O câncer de colo do útero é um dos mais frequentes nas mulheres, sendo a quarta causa de morte por câncer entre a população feminina no Brasil. Na maioria dos casos, ele é provocado pelo Papilomavírus Humano (HPV), que pode ser transmitido nas relações sexuais ou pelo contato direto com objetos e superfícies infectadas. 

É muito importante que as mulheres façam um check-up médico anualmente para detectar a presença do vírus nos órgãos reprodutores e na região genital, além de outras doenças. As chances de cura são altas se o câncer for detectado precocemente.

Quais hábitos ajudam na prevenção da doença?

Campanhas como a do Dia Mundial do Câncer são necessárias para conscientizar e desmistificar a doença. Isso porque muitas pessoas acreditam que o câncer não pode ser evitado, pois está diretamente ligado a fatores genéticos. 

De fato, a genética é muito importante para aumentar o potencial de desenvolvimento de um câncer, mas não é o único fator a ser considerado. Ter um ou mais casos da doença na família não necessariamente representa a certeza de ter a doença.

A verdade é que muitos especialistas acreditam que os hábitos de vida são bem mais decisivos para a ocorrência de um câncer. Tudo vai depender das escolhas feitas ao longo da vida de cada pessoa, com a adoção de uma rotina saudável em diferentes aspectos. O próprio cigarro, reconhecido como uma das principais causas de câncer, apesar de ser um vício, também é resultado de escolhas pessoais.

Por isso, é fundamental adotar hábitos saudáveis, mantendo sempre a preocupação com a saúde. A seguir, confira algumas dicas que ajudam a prevenir o câncer no dia a dia:

1. Não fume

O cigarro é a principal causa para o câncer de pulmão, de laringe, faringe e esôfago, influenciando também nos diferentes tipos de câncer por todo o corpo. Não é por acaso, já que são liberadas cerca de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas, que contaminam os fumantes e outras pessoas. 

O problema é agravado quando o hábito de fumar se estende por muitos anos, aumentando também as chances de desenvolvimento de outras doenças graves, como o enfisema e a insuficiência respiratória. O pulmão de um fumante demora anos para se recuperar com o fim do vício, com consequências graves mesmo depois de décadas. Por isso, o melhor é ficar longe do cigarro e parar de fumar quanto antes.

2. Adote uma alimentação saudável 

A alimentação é um dos fatores mais relevantes para diversos tipos de câncer, como o de estômago, esôfago e intestino. Por isso, o ideal é manter uma alimentação equilibrada, com quantidades adequadas de proteínas, gorduras e carboidratos, e rica em vitaminas, fibras e sais minerais.

Além disso, é importante saber escolher os alimentos, preferindo os naturais aos industrializados. Ou seja, é bom evitar produtos como sucos e iogurtes adoçados, refrigerantes, doces e carnes processadas. Outra dica é incluir na dieta alimentos antioxidantes, que ajudam a eliminar substâncias tóxicas do organismo, como as frutas cítricas e amarelo-alaranjadas. 

3. Mantenha o peso corporal 

Como já dissemos, a obesidade é um fator de risco para diferentes tipos de câncer. Assim, é bom manter um peso saudável, tanto por meio de uma boa alimentação quanto pela prática de atividades físicas.

É bom lembrar que o sedentarismo também é um fator relevante para o câncer e diversas outras doenças. Dessa forma, quem tem uma rotina naturalmente mais sedentária deve incluir atividades físicas para compensar o gasto energético. 

Ainda que não seja positivo ficar sempre de olho na balança, é importante monitorar o peso e qualquer alteração física que possa indicar um desequilíbrio. Se necessário, pode-se procurar a orientação de um nutricionista e um educador físico para cuidar do peso corporal.

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4. Pratique atividades físicas

Atividades físicas como corrida, caminhada e natação são fundamentais para quem quer manter o peso. Porém, elas têm um papel ainda mais relevante para a prevenção do câncer. Isso porque liberam hormônios, como a serotonina e a endorfina, que são fundamentais para evitar o desenvolvimento de diferentes tipos de tumores.

Assim, é muito importante incluir atividades e exercícios físicos, como a musculação, na rotina. O ideal é manter uma regularidade, pois a prática esporádica pode causar estresse no organismo que traz mais problemas que benefícios. Ou seja, escolha sua atividade de preferência e pratique de 3 a 5 vezes por semana, por cerca de uma hora.

5. Evite o consumo de bebidas alcoólicas

Já é comum o entendimento de que consumir uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. No entanto, as bebidas alcoólicas de modo geral contribuem para o aumento do risco de câncer. Isso porque o álcool induz respostas inflamatórias no organismo, que liberam toxinas e outras substâncias que favorecem o surgimento de tumores a longo prazo.

Dessa forma, o ideal é evitar a ingestão de álcool e reduzir as quantidades quando não houver escapatória. Também é bom dar preferência para as bebidas simples, como o vinho e fugir de destiladas, como o whisky, que são mais concentradas. 

6. Mantenha o cartão de vacinas em dia

A vacinação é uma das melhores maneiras de evitar diversas doenças causadas por vírus e bactérias. Por isso, é muito importante manter o cartão de vacinas em dia para se proteger dessas infecções.

Entre elas está a vacina do HPV, que, como já dissemos, é uma das principais causas do câncer de colo do útero e outros tipos da doença. Ela é disponibilizada ainda na adolescência, para meninos e meninas a partir dos 13 anos de idade.

Outra vacina necessária é a que previne contra o vírus da hepatite B, que é uma doença precursora do câncer no fígado. Sem contar que as vacinas de modo geral ajudam a fortalecer o sistema imunológico, contribuindo para a prevenção e o tratamento de todo tipo de câncer.

7. Evite a exposição a agentes cancerígenos 

Outro hábito que ajuda a prevenir o câncer é evitar o contato direto ou indireto com substâncias que oferecem algum risco para o câncer. Muitas delas estão relacionadas ao dia a dia, como no caso da convivência com pessoas que fumam. O fumante passivo tem quase as mesmas chances de desenvolver a doença que um fumante ativo.

Além disso, outros agentes físicos, químicos e biológicos podem favorecer a formação de tumores, como os raios solares. Muitos deles, como os solventes industriais, estão relacionados ao trabalho. Assim, é preciso que as empresas adotem medidas para a proteção dos trabalhadores e que haja uma maior controle por parte do governo para que essas medidas sejam respeitadas.

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Quando procurar um oncologista?

O oncologista é o médico especializado no tratamento de qualquer tipo de câncer. Geralmente, ele trabalha em uma equipe multidisciplinar, formada por médicos de outras especialidades e outros profissionais da saúde, para encontrar a abordagem mais adequada para tratar cada paciente. 

Isso porque, geralmente, o câncer é diagnosticado por outros especialistas, como um dermatologista, um gastroenterologista ou um ginecologista. Depois do diagnóstico, é necessário contar com o apoio do oncologista para um tratamento mais específico em relação ao tumor.

Mesmo que o paciente tenha passado por uma série de exames para o diagnóstico inicial, o oncologista costuma solicitar outros tipos para entender melhor o estágio da doença e os riscos para o paciente. Assim, podem ser solicitados novos testes, como biópsia, tomografia e exames de sangue laboratoriais, de acordo com cada caso.

Depois de confirmado o diagnóstico e com a análise da situação do paciente, o oncologista pode recomendar a melhor linha de tratamento. Em geral, podem ser indicadas terapias específicas, como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia ou uma cirurgia para a remoção do tumor. 

No entanto, o tratamento pode ser dificultado quando o câncer é descoberto tardiamente. Assim, muitas vezes o oncologista também atua na minimização do sofrimento do paciente, amenizando os sintomas e proporcionando mais bem-estar.

Por isso, o ideal é procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas. Pode ser um oncologista ou um especialista na área em que o problema está relacionado. O diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir a viabilidade do tratamento e aumentar as chances de cura — e ele só é obtido por meio de exames de rotina, feitos todos os anos em um check-up médico.

De todo modo, como destacamos durante este artigo, é possível se prevenir contra os diferentes tipos de tumores. Campanhas como a do Dia Mundial do Câncer buscam, exatamente, conscientizar as pessoas sobre essa possibilidade e a necessidade de adotar hábitos mais saudáveis. Portanto, repense a sua rotina e veja tudo que você pode fazer para ter mais saúde e evitar o câncer e outras doenças.

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