Menina criança olhando para sua pulseira de identificação de autismo Menina criança olhando para sua pulseira de identificação de autismo

Sinais de autismo: conheça aqui quais são os 10 principais!

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Você já deve ter ouvido falar sobre o autismo?

No entanto, pouco se fala sobre a importância de dar atenção aos seus sinais.

Conheça aqui quais são os principais sintomas do autismo e como identificar o quanto antes:

Autismo, o que é?

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado no dia 02 de Abril, fazendo com que a causa de conscientizar as pessoas sobre o autismo tomasse todo o mês pela campanha do “Abril Azul“. Pensando nisso, neste artigo vamos aprender mais sobre o autismo.

O autismo, ou transtorno do espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que compromete as habilidades de comunicação e de comportamentos do indivíduo.

Dessa forma, é possível perceber déficits comunicacionais, no relacionamento com pessoas, manifestações comportamentais, além de padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados causados pelo desenvolvimento atípico.

Vale ressaltar que o termo “espectro” utilizado é advindo do fato de que essa desordem e seus sintomas poderem se manifestar em diferentes intensidades, seja baixa, média e alta.

Uma vez que os sinais do autismo podem ser percebidos já nos primeiros meses de vida, é importante que os pais fiquem atentos aos sinais característicos do distúrbio. O diagnóstico do transtorno pode ser definido por volta dos 2 a 3 anos de idade, podendo destacar a maior ocorrência no sexo feminino.

Com a identificação do autismo, é possível recorrer a toda rede de apoio necessária para a promoção de uma melhor qualidade de vida. Quanto antes o tratamento for iniciado melhor será o desenvolvimento e assim, a qualidade de vida do paciente, prezando por sua independência e autonomia.

A estimativa é de que 2 milhões de pessoas no Brasil tenham autismo. A motivação por trás do transtorno não é comprovada, no entanto, entre as principais causas associadas ao TEA estão fatores biológicos, desordens genéticas, fatores hereditários, complicações na gravidez e gravidez em idade avançada.

Afinal, quais são os sinais de autismo?

Essa é uma pergunta comum, principalmente feita por mães e pais, sejam de primeira viagem ou não.

É extremamente importante que os sinais do Transtorno do Espectro do Autismo sejam identificados logo no início já que na maioria das vezes o diagnóstico é deixado para quando a criança está com 3 anos ou mais (do 18º mês ao 24º mês de vida).

Considere que é por meio do diagnóstico precoce que a criança é capaz de desenvolver habilidades cognitivas, sociais e de linguagem. Algumas pessoas acabam por desenvolver comorbidades, ou seja, outros problemas de saúde além do transtorno, de forma simultânea.

Sinais do autismo em bebês

Mesmo que o ideal é que a percepção do autismo seja feita nos primeiros meses de vida, isso não será uma tarefa fácil. Isso se deve ao fato de que nos primeiros meses, a linguagem e socialização é muito limitada.

Com isso, a identificação do autismo será feita por meio das comorbidades, seja hipotonia, atraso motor, convulsões, etc.

Quanto a comunicação, entre os sinais que podem ser percebidos estão: não manter contato com os olhos, não atender quando chamado pelo nome de forma constante, não conseguir demonstrar emoções, não conseguir acenar com as mãos, não se comunicar com os pais ou mostrar aos pais o que interessa.

A percepção dos sintomas fica mais simples após o segundo ano de vida, o que possibilita que o diagnóstico tenda a ser tardio.

Um maior empecilho na hora de identificar o autismo é o fato de existirem casos em que é possível perceber o desenvolvimento adequado, apresentando uma regressão com o passar do tempo, contando com uma certa perda de habilidade. Assim sendo, se inicia o quadro de autismo de forma tardia, forçando com que o diagnóstico acabe também não sendo tardio.

Nos primeiros meses e aninhos de vida é importante considerar comportamentos restritivos, tais como repetição das mesmas palavras, uso inadequado e repetitivo dos brinquedos, movimentos repetitivos (tal como estereotipias) e reações descabidas a sons, texturas, cheiros e sabores.

Sinais de autismo em crianças

Considerando a fase e os parâmetros quanto ao desenvolvimento, é mais fácil perceber os sinais do autismo na infância. Alguns sintomas já citados anteriormente ficam mais perceptíveis com o passar do tempo.

Considere aqui quais são os principais sintomas do transtorno do espectro autista:

  • Dificuldade de interação, dificuldade de fazerem contato visual, não atenderem quando chamadas, não imitam comportamentos, não são adeptos do sorriso social, não conseguem focar em mais de uma coisa ao mesmo tempo, dificuldades com transições, não buscam atenção, atraso na fala, realização de movimentos estereotipados ou atípicos, ausência de comunicação não verbal, comportamentos sensoriais incomuns e afeição a objetos.

Buscando te ajudar ainda mais nesse momento de identificação dessa deficiência, separamos algumas informações sobre os principais sintomas:

1. Dificuldade de fazer contato visual

Uma das principais formas de perceber o autismo em crianças é por meio da pouca ou ausência de contato visual. A criança se sente extremamente desconfortável nesses momentos e não consegue sustentar o olhar nesses momentos e pode até mesmo não olhar quando chamada pelo nome.

É muito comum a criança não conseguir se concentrar na fala e no olhar ao mesmo tempo, levando em consideração também o fato que não conseguem focar em mais de uma atividade simultaneamente.

Faça testes com essa criança, podendo pedir para que ela foque em um objeto, não perdendo o foco enquanto ele é deslocado. Repare também onde a criança concentra o olhar quando conversam com ela.

2. Dificuldades ao interagir com as pessoas

Crianças autistas possuem dificuldades bastante perceptíveis na interação e comunicação.

Dessa forma, é possível perceber essa dificuldade por meio da necessidade que elas tendem ter de ajuda para estabelecerem relações e conexões com as pessoas desde as primeiras palavrinhas.

Crianças com o transtorno tendem a se sentirem desconfortáveis ao interagirem com desconhecidos, podendo até mesmo agirem de forma “inadequada”. Por conta disso, não são boas em adaptar em novos ambientes.

3. Não buscam por atenção

É normal que crianças tendam a gostar de atenção, principalmente quando querem brincar ou aprendem algo novo. Crianças com TEA não buscam pela atenção dos adultos, preferindo brincar sozinhas.

Por não optarem por chamar a atenção, não compartilham empolgação com outras pessoas, sendo comum não responderem a sorrisos e não sorrirem socialmente.

4. Dificuldade para expressar emoções e ideias

Além de considerar a dificuldade que crianças autistas estabelecerem conexões, vale considerar a dificuldade em expressar o que estão sentindo e suas ideias.

Elas possuem dificuldade em entender a linguagem corporal, e com isso expressões faciais e gestos. É muito comum que as pessoas tenham dificuldade em compartilhar o que gostam e realizarem ações de afeto, o que faz com que pareça

No autismo pode haver dificuldade para usar e compreender a linguagem corporal, gestos e expressões faciais. Por isso, é muito comum que essas pessoas apresentem dificuldade para compartilhar seus interesses e demonstrar sentimentos ou afeto, o que pode ser interpretado de forma errada como indiferença. 

Nesse sentido, pessoas com autismo já na infância demonstram não gostar tanto de contato físico e afetivo.

5. Não são adeptos a comunicação não verbal

Como não compreendem bem a comunicação não verbal, também não são capazes de utilizá-la no dia-a-dia. Não costumam usar as mãos para indicarem algo que desejam.

Certas crianças com autismo tendem a desenvolver a capacidade de usar algumas palavras de forma significativa, mas não conseguem prosseguir com alguma conversa.

A comunicação ocorre melhor por meio da escrita, cartões e tecnologia, pela interação com eletrônicos e plataformas.

6. Dificuldade com coordenação motora

A dificuldade quanto à coordenação motora também pode ser citada quanto aos principais sintomas.

Por conta disso, crianças com autismo possuem dificuldade em olhar e direcionar o corpo para a ação ou realizar simples brincadeiras que requeiram da coordenação, como pegar ou agarrar objetos.

7. Fala atrasada

Crianças acima de dois anos que não falam palavras ou desenvolvam frases requerem uma maior atenção, já que alguns autistas possuem problemas na fala e desenvolvimento de linguagem atrasado.

Na percepção de que a criança está demorando muito para balbuciar ou falar suas principais palavras devem ser levadas ao pediatra para o acompanhamento ideal.

8. Movimentos estereotipados, atípicos ou repetitivos

Em um primeiro momento, os autistas podem realizar movimentos, certos comportamentos e/ou atividades de forma involuntária ou realizando repetições.

Entre os exemplos de movimentos podem se citar balançar-se de trás para frente, correr de um lado para o outro, chacoalhar as mãos, pular ou girar sem um motivo aparente. Dependendo do que a criança esteja sentindo, como em casos de ansiedade, empolgação ou tristeza, as ações podem se tornar mais intensas.

Indo além das estereotipias motoras, também vale destacar as ecolalias, que são tipos de estereotipias da fala.

Quanto aos comportamentos repetitivos, pode-se citar abanar as mãos, estalar os dedos, balançar para frente e para trás e andar nas pontas dos pés, que são comportamentos que são vistos de manias. Repetição de palavras ou frases também são comuns.

Psicoterapeuta acompanhando paciente autista entretido brincando

9. Apego a objetos

Crianças com autismo tendem a brincar da mesma forma ou com o mesmo objeto ou brinquedo. Costumam ter uma fixação por certos objetos, fazendo com que ela passe o dia inteiro com o de sua preferência do lado, no entanto, mudam de “obsessão” com o passar do tempo.

Por preferirem brincarem sozinhas, tendem a preferirem objetos, seus brinquedos, do que pessoas.

10. Não imitam ações

Crianças com autismo possuem dificuldade de imitar, o que pode comprometer o seu desenvolvimento. Logo, hábitos que são comuns de crianças imitarem os adultos, como bater palmas, dar tchau com as mãos, dancinhas e repetição de vocalizações podem não ser vistos com facilidade.

Diagnóstico e tratamento do autismo

Na percepção de alguns dos sinais a serem citados acima, não hesite em contatar um especialista, seja um neuropediatra ou terapeuta. O pediatra também pode ser a porta de entrada para um diagnóstico precoce.

O tratamento do autismo, por sua vez, irá depender da gravidade do transtorno e da idade da criança, devendo a abordagem ser decidida em conjunto com os pais e ser passada para a escola e demais ambientes de convivência.

O autismo não possui cura, no entanto, por meio de uma abordagem multidisciplinar, com ajuda de um fonoaudiólogo e psicoterapeuta, por exemplo, é possível otimizar bastante o desenvolvimento do paciente, podendo a criança se desenvolver melhor, criar independência em relação a maioria das atividades diárias e interagir melhor com as pessoas com o tempo.

Saiba mais sobre os sinais do autismo em 25 sinais de autismo que todo pai e mãe devem conhecer!

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