Você sabia que o câncer de próstata é o segundo mais incidente entre a população masculina? Além disso, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2018, a estimativa é que tenham surgido 68.220 novos casos da doença. Dessa forma, é importante falar sobre esse assunto e disseminar, principalmente, as formas de detecção precoce.
Quer entender melhor o que é o câncer de próstata, seus sintomas, fatores de risco, tratamento e a importância de descobrir a doença em estágios iniciais? Então, acompanhe nosso post e tire todas as suas dúvidas!
O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata é o tipo de tumor mais comum entre os homens com idade acima de 50 anos. De acordo com o Inca, cerca de 75% dos casos da doença no mundo acometem pacientes a partir dos 65 anos.
O quadro, como o próprio nome indica, atinge a próstata, uma glândula masculina que fica localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga e em frente ao reto. Ela envolve a parte superior da uretra, canal de passagem da urina e, desse modo, quando a doença está em estado avançado, provoca ardor e dificuldades ao urinar.
Nos últimos anos, as pessoas começaram a se preocupar pelo aumento do registro de casos desse tipo de câncer. No entanto, isso ser explicado pelo avanço da Medicina, com métodos mais avançados de diagnóstico, mais informação que a população tem sobre a importância de fazer os exames preventivos e também pelo aumento da expectativa de vida.
Quais são os principais sintomas e os sinais iniciais?
Em seu estágio inicial, a doença pode ser silenciosa, ou seja, demora a apresentar sintomas, sendo que esses podem se confundir com o crescimento benigno da glândula, como dificuldade para urinar ou, ainda, aumento da necessidade de urinar durante o dia ou à noite.
Já em estágio avançado, o câncer de próstata pode causar dor óssea, sintomas urinários ou até mesmo infecção generalizada ou insuficiência renal.
Nesse sentido, é sempre importante ter atenção a esses sinais e procurar o médico urologista.
Conheça os principais sintomas do câncer de próstata:
- Sensação constante de bexiga cheia
- Fluxo urinário fraco ou interrompido
- Sangue na urina ou no esperma
- Vontade frequente para urinar
- Dor ao ejacular
- Dor ou sensação de queimação ao urinar
- Impotência sexual
- Dor em outras áreas do corpo
- Fraqueza ou dormência nas pernas e nos pés
1. Sensação constante de bexiga cheia
Sentir que a bexiga está cheia mesmo depois de urinar não é considerado normal. Até porque, o intuito da micção é justamente diminuir a pressão do órgão, eliminando substâncias desnecessárias para o corpo.
2. Fluxo urinário fraco ou interrompido
O fluxo urinário fraco ou interrompido se caracteriza pela dificuldade em começar a micção. Nesse caso, o paciente também não consegue dar continuidade ao processo adequadamente, ou seja, o fluxo da urina é despejado em gotas ou “pinguinhos”.
3. Sangue na urina ou no esperma
Por sua vez, o sangue na urina ou no esperma (hematúria) é um sintoma proveniente do câncer de próstata em estágio avançado. A consulta com o oncologista é extremamente importante, tendo em vista que esse sinal pode estar associado ao carcinoma urotelial, infecção de urina e inflamações.
4. Vontade frequente para urinar
Assim como o câncer de próstata pode levar a uma dificuldade imensa em começar a urinar, a doença também é capaz de fazer com que o paciente sinta uma grande necessidade de urinar diversas vezes ao dia.
Contudo, esse sintoma é parecido com sinais de problemas que não envolvem a formação de tumores, como é o caso de infecção urinária. Portanto, deve ser investigado por um médico urologista.
5. Dor ao ejacular
Também conhecida como odinorgasmia, a dor durante a ejaculação pode variar entre leve, moderada e intensa. A ejaculação ocorre quando o sêmen é descarregado junto aos espermatozóides depois de algum estímulo sexual. É comum que um homem afetado pelo câncer de próstata sinta dor ao ejacular.
6. Dor ou sensação de queimação ao urinar
Levando em consideração que o câncer de próstata está comumente associado aos problemas urinários, entende-se que ele também contém uma responsabilidade sob a sensação de dor ou ardência durante a micção.
7. Impotência sexual
Além da dor e dificuldade para ejacular, o homem afetado também costuma passar por uma impotência sexual. No entanto, é importante deixar claro que isso raramente acontece. Por esse motivo, é necessário procurar um profissional de urologia. Caso seja necessário, ele fará o encaminhamento para o oncologista.
8. Dor em outras áreas do corpo
A sensação de dor em outras áreas do corpo acontece quando o câncer de próstata se espalha para diversos órgãos. Esse processo é conhecido como metástase e demonstra que o tumor está avançando cada vez mais.
Por essa razão, homens cujo câncer já está em estágio avançado costumam apresentar queixas de dores nos ossos, visto que é a região mais afetada.
9. Fraqueza ou dormência nas pernas e nos pés
A sensação de fraqueza ou dormência nos membros inferiores, como as pernas e os pés, costuma ser um sintoma associado ao câncer de próstata. No entanto, esse sinal pode estar associado a outros problemas, o que deve ser questionado ao médico urologista.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer?
Existem alguns fatores que podem elevar o risco para a doença, como o histórico familiar e a idade avançada. A incidência é maior em homens com pai ou irmão que tiveram o tumor antes dos 60 anos, por exemplo.
Entretanto, há outras questões relacionadas ao estilo de vida que também podem contribuir para o surgimento do câncer de próstata, como:
- má alimentação;
- sedentarismo;
- obesidade.
Existem, ainda, fatores externos, como ficar exposto a substâncias químicas, entre elas:
- aminas aromáticas, presentes em algumas indústrias, como mecânica;
- arsênio, utilizado como agrotóxico;
- produtos de petróleo.
Quais exames são realizados para identificar a doença?
Quando se fala em câncer de próstata, a boa notícia é que é possível se prevenir fazendo os exames preventivos regularmente. Os procedimentos indicados para identificar a doença são:
- toque retal, em que o médico consegue palpar a próstata e verificar se há nódulos ou tecidos endurecidos;
- análise sanguínea do PSA, que avalia a quantidade do antígeno prostático específico.
Como nenhum desses exames apresenta 100% de precisão, devem ser realizados de forma complementar. Ambos precisam ser feitos anualmente pelos homens com idade acima de 50 anos ou de acordo com a recomendação médica. Além disso, é necessário procurar um especialista para fazer esse rastreamento caso apareçam sintomas, como:
- problemas para urinar;
- redução do jato de urina;
- necessidade de urinar mais vezes do que o habitual;
- presença de sangue na urina.
É importante destacar que esses sinais podem ser indicativos de outras doenças, mas é sempre bom fazer essa checagem.
Cada vez mais, as informações sobre a importância da detecção precoce dessa doença são disseminadas pelos meios de comunicação e entidades de saúde. Um exemplo é a campanha Novembro Azul, na qual se fala muito sobre a necessidade de se realizar os exames preventivos.
No entanto, muita gente ainda descuida da saúde ou tem preconceito em relação aos procedimentos que ajudam a identificar a doença em fases iniciais. É fundamental mudar essa cultura para que ocorra um aumento dos casos de diagnóstico precoce desse tumor.
Como é feito o diagnóstico?
Caso os exames apontem alterações na próstata, o médico solicita uma biópsia, que é a retirada de parte do tecido para a análise laboratorial. O procedimento é feito com o auxílio da ultrassonografia — outros exames de diagnóstico por imagem também podem ser realizados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea.
Quais são as possibilidades de tratamento e recuperação?
O tratamento para a doença pode variar de acordo com o diagnóstico médico. Dependendo da fase em que se encontra o tumor, são recomendadas intervenções cirúrgicas, radioterapia, administração de medicamentos, como a quimioterapia, entre outros procedimentos.
Conheça aqui os principais tratamentos do câncer de próstata:
- Vigilância ativa
- Conduta expectante
- Cirurgia de prostatectomia
- Radioterapia
- Criocirurgia
- Terapia hormonal
- Imunoterapia
- Quimioterapia
1. Vigilância ativa
Como o próprio nome já indica, a vigilância ativa consiste em uma alternativa de tratamento para câncer de próstata na qual é feito um acompanhamento ativo e profundo da doença. Tal monitoramento acontece com a realização dos exames de PSA e de toque retal.
Geralmente, esses exames são realizados de forma semestral, ou seja, de seis em seis meses. Em alguns casos, urge a necessidade de passar pela biópsia, visando verificar a progressão da condição. A partir do momento em que irregularidades são observadas, é preciso que o profissional de oncologia avalie outros tipos de tratamento.
2. Conduta expectante
A conduta expectante funciona de maneira semelhante à vigilância ativa, porém com uma intensidade mais baixa. Por esse motivo, o oncologista não costuma solicitar uma grande quantidade de procedimentos.
No entanto, caso o paciente realize um exame específico e o médico encontre algum tipo de anormalidade, torna-se necessário optar por outro tratamento. O objetivo dessa mudança é promover mais bem-estar e qualidade de vida.
3. Cirurgia de prostatectomia
A prostatectomia é a cirurgia mais indicada para o tratamento do câncer de próstata, sendo que a intervenção que costuma ser aplicada constantemente é a prostatectomia radical. Nesse método, a glândula do aparelho reprodutor masculino e suas estruturas são totalmente removidas.
De todo modo, o oncologista é quem deve conversar abertamente com o paciente e indicar o melhor tratamento a ser seguido. Lembrando que, essa decisão é feita por meio de uma avaliação adequada e precisa de todas as características do homem afetado pelo câncer. Essa é uma forma de garantir que os resultados serão benéficos, além de evitar maiores riscos e complicações.
4. Radioterapia
O tratamento de radioterapia é capaz de tratar beneficamente o câncer de próstata, tendo em vista que em alguns casos os pacientes conseguem chegar até a obtenção da cura. Na maior parte das vezes, essa alternativa é recomendada para os tumores que ainda não se espalharam para outras partes do corpo.
Entretanto, existem oncologistas que recomendam esse tratamento para cânceres em estágios avançados. Portanto, é aconselhado conversar com o profissional responsável pelo seu atendimento para avaliar as melhores opções.
5. Criocirurgia
A criocirurgia é um tipo de tratamento para câncer de próstata recomendado nos casos em que o tumor ainda não se disseminou para outros órgãos e tecidos do corpo. Portanto, é indicado optar por essa alternativa quando o câncer ainda está no estágio inicial e não apresenta muito risco.
6. Terapia hormonal
A terapia hormonal é indicada para os casos em que há necessidade de reduzir os hormônios masculinos no corpo do paciente. Por isso, o método de ação funciona quando a terapia priva os andrógenos (testosterona e a di-hidrotestosterona).
Esses hormônios possuem a capacidade de estimular a disseminação anormal das células do câncer de próstata. Dessa maneira, é possível impedir que o tumor cresça, retardando a sua evolução.
Mas, somente a realização desse tratamento não é capaz de proporcionar a cura da condição. À vista disso, o especialista em oncologia deve analisar quais são as possibilidades futuras.
7. Imunoterapia
A imunoterapia é um tipo de tratamento que ajuda o sistema imune do paciente a reconhecer o que está acontecendo no corpo e a combater as células do câncer de próstata.
Normalmente, isso acontece de uma forma rápida e apresenta bastante eficácia. Porém, assim como acontece com a terapia hormonal, esse procedimento não é capaz de promover a cura da doença.
8. Quimioterapia
Logo, a quimioterapia é recomendada para destruir o tumor da próstata. Sem contar que, o tratamento também tem como objetivo retardar a progressão da lesão. Além disso, também é possível controlar a manifestação dos sintomas de maneira eficaz.
Grande parte das vezes, esse processo começa com docetaxel juntamente da prednisona. Mas, nos casos em que a condição não apresenta melhorias, é possível optar por utilizar cabazitaxel.
Qual é a importância de descobrir a doença em fase inicial?
Não é à toa que as campanhas insistem para que os homens, a partir dos 50 anos, realizem anualmente os exames preventivos. Afinal, quanto mais cedo é descoberto o tumor, maiores são as chances de cura. Ao detectar o câncer de próstata em estágio inicial, os tratamentos são menos invasivos e muito mais eficazes.
Fora isso, as mulheres também devem participar ativamente do tratamento de seus maridos, visando contribuir com todo o apoio possível. A família também apresenta uma enorme relevância neste momento, devendo se manter presente. Dessa forma, é possível que o homem se sinta mais disposto a seguir com os cuidados necessários.
Todo esse cuidado impede que os homens tenham que passar por fortes mal-estar. Os sintomas mais abrasivos consistem em dificuldade para iniciar a micção e presença de sangramento na urina ou no sêmen.
Como é possível prevenir o câncer de próstata?
Além da realização periódica do exame de toque retal e de dosagem do PSA conforme prescrição médica, é fundamental que a pessoa passe a adotar um estilo de vida mais saudável, com uma boa alimentação e a prática regular de atividades físicas.
Viu só como é importante conhecer mais sobre o câncer de próstata, principalmente em relação a seus sintomas e formas de prevenção? Pensando nisso, faça o acompanhamento médico para que sua saúde esteja sempre em dia. Com os exames em ordem, caso a doença apareça, certamente estará em seu início, facilitando bastante o tratamento.
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