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Introdução alimentar: como guiar os bebês nesse período?

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Quando o bebê entra na fase de incorporação de outros alimentos na sua dieta, além do leite materno, chamamos de introdução alimentar. Esse processo deve ser realizado lenta e gradualmente, e o ideal para a saúde do bebê é oferecer uma alimentação variada e rica em nutrientes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até os seis meses de vida os bebês devem ser alimentados, exclusivamente, com o leite materno. Após essa idade, alimentos complementares podem ser oferecidos para a criança, independentemente se ainda é amamentada ou não.

A introdução alimentar é um marco importante para o desenvolvimento das crianças, que atravessam um momento de vulnerabilidade nutricional e ficam mais propensas a desenvolver intercorrências, como alergias e intolerância alimentar. Ter acesso a novas comidas é a oportunidade de desenvolver bons hábitos alimentares e adequar os valores nutricionais.

Quer saber mais sobre essa fase fundamental para o crescimento saudável dos bebês? Neste post, vamos mostrar como iniciar a introdução alimentar e de que forma um especialista pode ajudar. Acompanhe!

Como começar a introdução alimentar?

A introdução alimentar é um processo de transformação para o bebê e para a família. Nessa fase, é preciso ter compreensão de que algumas crianças podem recusar ou achar estranhos certos alimentos, o que é normal. Lembre-sede que é uma experiência totalmente nova para os pequenos.

Essa complementação deve ser feita devagar e com bastante paciência. O processo deve ser acompanhado por um profissional, normalmente, pediatra ou nutricionista. Eles indicarão quantidade, frequência, consistência e variedade de alimentos necessários para cobrir os níveis de nutrientes fundamentais para o crescimento da criança.

Por quais alimentos começar?

Na hora de iniciar a introdução alimentar no bebê, muitas dúvidas podem aparecer. Uma delas é sobre o alimento mais adequado para começar esse processo. Um excelente começo são as frutas. Elas são ricas em água, sais minerais e vitaminas. Além de ter poucas calorias, o sabor adocicado facilita a aceitação das crianças.

Não é preciso bater a fruta no liquidificador, nem adicionar açúcar ou qualquer substância que altere o sabor. Outra dica importante é alternar os alimentos e oferecer variedades para a criança.

A fruta pode ser dada pela manhã, em porções amassadas, com aspecto de papinhas. Pode ser mamão, abacate ou banana. A recomendação é amamentar o bebê à vontade quando ele acordar e, após 15 a 30 minutos, introduzir o alimento. Veja outras dicas!

1. Crie um ambiente tranquilo

Na hora da refeição, é importante criar uma rotina para facilitar a aceitação da criança. Por isso, durante o processo de introdução alimentar do bebê, é preciso proporcionar um ambiente calmo.

O momento da refeição deve ser de prazer para os pequenos e o único foco precisa ser o alimento. Dessa forma, não prenda a atenção da criança com brinquedos, telefones ou qualquer outra coisa que possa desviar o foco da alimentação.

2. Não force, nem substitua

Para obter mais sucesso na introdução alimentar, é importante respeitar a criança e entender que tudo é novidade e ela está conhecendo o alimento. Essa é considerada a primeira etapa das fases da criança na alimentação.

Por isso, não se deve forçar que ela coma o alimento a qualquer custo. É preciso compreender quando o bebê não estiver com fome e, ainda, saber distinguir de outras situações, como sono, frio ou dores.

Caso a criança se negue a comer, não ofereça prêmios ou ameace castigos. É importante ter neutralidade emocional para não transparecer impaciência e nervosismo.

Além disso, não substitua comida, pois assim você corre o risco de ensinar a criança a comer só o que ela gosta. Se ela rejeitar determinado alimento, espere uns dias e volte a oferecê-lo até que ela se acostume.

3. Proporcione variedade

Para incentivar o bebê na fase de introdução alimentar, procure variar os alimentos. Uma refeição variada oferece comidas coloridas e desperta a curiosidade nas crianças. Os profissionais recomendam, por exemplo, ofertar frutas diferentes durante o dia.

As carnes podem ser oferecidas uma vez por semana, pois são boas fontes de ferro. Para que esse nutriente seja mais bem absorvido pelo organismo, o ideal é oferecer junto a alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola, goiaba e limão.

É importante estimular a criança a comer todos os dias frutas, legumes e verduras. Eles devem ser colocados em porções separadas para que ela possa conhecer as diferentes texturas, sabores e cores dos alimentos. Na introdução alimentar, a variedade conta mais que a quantidade.

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4. Dê exemplo à mesa

Desde o começo da introdução alimentar, é importante sentar a criança à mesa. Para incentivar os bebês a experimentar novos sabores, é fundamental que ele participe das refeições em família.

As cadeiras de alimentação são ótimas alternativas, pois aumentam o campo de visão dos bebês que, ao ver os pais comendo, se sentem mais incentivados a experimentar novos alimentos.

Mas não adianta oferecer folhas se os pais não as comem. Lembre-se de que as crianças aprendem com os exemplos. Por isso, é importante que os pais tenham hábitos alimentares saudáveis para incentivar os pequenos.

5. Prepare as papinhas

A alimentação complementar deve ser em forma de papa ou purê, de maneira que facilite a mastigação da criança e garanta a oferta dos nutrientes adequados para o seu desenvolvimento. Aprender a mastigar com a gengiva é importante porque ajuda a criança com a futura dentição.

Os alimentos devem ser preparados com pouca água até ficarem bem cozidos e macios, para serem amassados com garfo. Não use liquidificador ou peneiras, pois esses equipamentos podem eliminar nutrientes importantes dos alimentos.

As carnes podem ser desfiadas e colocadas em um prato à parte, para que o bebê possa conhecer e distinguir os diferentes tipos de alimentos. Evite o uso de temperos industrializados e dê preferência para os frescos, como cebola, salsa, cebolinha, alho e pouco sal.

Use óleos vegetais para preparar alimentos refogados ou ensopados. Além disso, não adicione açúcar ou mel, geleias ou farinhas e não ofereça balas, chocolates e refrigerantes para crianças, durante o período de introdução alimentar.

Qual a importância do acompanhamento de um profissional?

Para garantir uma alimentação complementar segura e de qualidade, é importante o acompanhamento médico e nutricional nessa fase. São os pediatras e nutricionistas que vão definir a quantidade e os tipos de alimentos para a necessidade de cada criança.

Somente eles poderão indicar a melhor conduta para que seu pequeno seja bem alimentado e se acostume com esse novo universo de sabores.

Portanto, uma boa introdução alimentar é importante para o crescimento saudável dos bebês. Além disso, a complementação é fundamental para que a criança desenvolva, no futuro, uma alimentação mais salutar e equilibrada.

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