A temporada de inverno é um período de apreensão para muitos pais. Isso porque, com a chegada do frio, há o aumento da incidência de problemas respiratórios entre as crianças, como a bronquite.
Trata-se de uma das doenças no inverno mais comuns durante a infância. Por sinal, os males que afetam o sistema respiratório são considerados os principais responsáveis pela busca de atendimento médico emergencial envolvendo essa faixa etária. Das crianças atendidas em pronto-socorro, cerca de 30 a 50% apresentam esses tipos de sintomas.
Com a ameaça da Covid-19, que tem como característica a alta taxa de contágio, a preocupação fica ainda maior. Não é hora de sair de casa e ir para ambientes hospitalares a qualquer momento, é importante evitar a exposição.
Assim, os pais devem redobrar os cuidados e saber como diferenciar a bronquite da doença causada pelo novo coronavírus. Quais os principais sinais da bronquite? Como preveni-la entre os pequenos? Qual o melhor tratamento?
As respostas para esses questionamentos estão neste post! Aprenda como identificar os sintomas da bronquite e quais cuidados ter com as crianças no período de clima mais frio. Acompanhe.
O que é bronquite?
A bronquite é uma inflamação dos brônquios. Eles são responsáveis por transportar o ar que respiramos até os pulmões. Quando há um acúmulo de secreção, há uma inflamação que os contrai e impede a passagem do ar, provocando a tosse.
Isso ocorre em razão de os brônquios pararem de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. A tosse é o principal sintoma da bronquite, mas veremos outros, mais adiante.
O maior risco de desenvolver bronquite está nas crianças filhas de pais fumantes, que têm doenças respiratórias ou cardíacas. Por isso, recomenda-se que, ao começar a pensar em ter filhos, os pais parem de fumar a fim de prevenir esse tipo de doença nos filhos.
Os tipos de bronquite
Existem dois tipos de bronquite — a aguda e a crônica. A diferença entre elas consiste no tempo de duração dos sintomas e a gravidade com que esses sinais se manifestam em cada um dos tipos. Entenda um pouco mais sobre essas categorias de bronquite, a seguir.
Bronquite aguda
Ela tem a característica de ser um processo inflamatório mais transitório, geralmente, decorrente de uma gripe. Assim, é causada por vírus, mas também pode ser desencadeada em razão de fatores como cigarro, poeira, ácaros e poluição. Normalmente, a recuperação se dá após algumas semanas e pode ser facilmente prevenida com mais cuidados.
Bronquite crônica
Essa, por sua vez, pode ser considerada uma condição degenerativa. Dessa maneira, seu quadro inflamatório é persistente, sendo agravado pela exposição a agentes tóxicos, como o cigarro, e outras substâncias nocivas.
Os efeitos da doença, portanto, não retrocedem, uma vez que os danos causados ao sistema respiratório são definitivos e não podem ser revertidos, mesmo com tratamento. É uma doença progressiva, em que existe a tendência de se agravar ao longo dos anos. Em alguns casos, em razão da dificuldade respiratória, os pacientes necessitam de auxílio externo para receber oxigênio e respirar.
Qual a diferença entre bronquite e asma?
A asma e a bronquite têm sintomas muito parecidos, mas são doenças respiratórias diferentes. Enquanto a bronquite é causada pela inflamação dos brônquios, a asma ocorre devido à inflamação dos bronquíolos, pequenas vias aéreas dos pulmões.
Além do mais, os estímulos alergênicos são sua principal causa e ela não provoca lesões permanentes à estrutura dos pulmões, como acontece quando se tem a bronquite crônica.
A tosse da asma também costuma ser mais seca e, quando se faz o uso de broncodilatadores — mais conhecidos como “bombinhas”, entre os asmáticos —, há a tendência de haver uma reversão da inflamação, o que não ocorre com a bronquite.
Quais os principais sintomas da bronquite?
As temperaturas mais baixas e o clima seco, característicos do inverno, são fatores que, definitivamente, contribuem para a ocorrência de doenças respiratórias nas crianças. A quais sintomas que indicam a bronquite devemos ficar atentos?
O principal deles, como foi mencionado, é a tosse. Na bronquite aguda, ela pode ser seca ou gerar expectoração. Já na crônica, a exalação de secreção (ou muco) via tosse é certa, com a eliminação de catarro pela criança. Além disso, considere os seguintes sinais:
- dificuldade para respirar;
- cansaço;
- coriza;
- náuseas e vômito;
- chiado no peito.
Há a possibilidade de febre, mas ela não é comum. Geralmente, a temperatura alta indica outra doença decorrente da infecção nos pulmões, a pneumonia.
Como tratar os casos de bronquite?
Com o diagnóstico de bronquite é possível tratar o quadro em casa, bastando alguns cuidados específicos. A criança deve aumentar sua ingestão de líquidos, principalmente água e sucos de frutas cítricas, como laranja e limão, de preferência com pouco açúcar ou sem. A água ajuda a dissolver o catarro e também a equilibrar a temperatura corporal, eliminando toxinas.
Cuide da alimentação de seu pequeno, oferecendo alimentos saudáveis, para que a resistência dele se recupere e ajude a melhorar o quadro de saúde.
Foque no controle da febre, utilizando métodos naturais, sem a aplicação de medicamentos, antes da visita ao médico. Banhos em água morna e o uso de roupas mais frescas ajuda no equilíbrio da temperatura corporal e deixa a criança mais bem-disposta, podendo se alimentar melhor e recuperar mais rápido.
Deve-se também estimular o repouso, reduzindo a agitação normal da criança. Estimule que ela leia na cama, assista desenhos e filmes e brinque de forma mais leve para recarregar as energias. Se ele estiver em período letivo, é melhor que fique em casa alguns dias para sua recuperação completa.
Não administre xaropes contra tosse sem a orientação do médico que acompanha a criança normalmente. A tosse pode ajudar a expelir o muco preso nos pulmões, ajudando no tratamento.
Quando seu filho estiver se sentindo melhor, sem febre e com disposição, deixe que brinque ao ar livre, mas longe de ruas e ambientes que produzam muita fumaça. O ar puro ajuda a reforçar as defesas do organismo.
Não deixe de visitar o pediatra para identificar corretamente o quadro de saúde de seu filho, fazer um melhor acompanhamento da bronquite e para indicação de medicamentos e outras ações como o uso de nebulizadores para melhorar a circulação de ar nas vias respiratórias.
Dê preferência ao consultório, onde a circulação de pessoas e outros vírus pode estar menor, em vez de ir ao pronto-socorro, se expondo a outras doenças.
Como prevenir as crianças dessa doença respiratória?
É comum crianças menores adoecerem de maneira recorrente, principalmente após serem matriculadas na escola, onde há uma maior facilidade de contágio. No entanto, existem algumas recomendações com foco na prevenção. Para evitar a bronquite, é importante:
- lavar bem as mãos;
- ingerir bastante líquido;
- evitar locais onde haja pessoas fumando;
- eliminar possíveis causas de alergia respiratória;
- utilizar máscara em caso de contato com pessoas com gripe, resfriados ou qualquer outra doença transmitida pelas vias respiratórias.
Evite ambientes muito poluídos e, caso a bronquite tenha origem alérgica, utilize umidificadores, para limpar o ar dos ácaros. Mantenha a casa sempre limpa e arejada, com muita incidência de raios solares, evitando a formação de mofos.
Cheiros fortes também podem ser gatilhos para doenças respiratórias. Opte por produtos de limpeza sem cheiro.
Se mesmo com todos esses cuidados a criança desenvolver um quadro de bronquite, é recomendado tomar algumas medidas que auxiliam na recuperação. Entre elas esta a ingestão de líquidos, que ajuda na diluição das secreções e facilita a expectoração.
Além disso, é bom não inibir a tosse que provoca a eliminação do catarro e utilizar um vaporizador no quarto quando a criança estiver dormindo. Destacamos que, caso o quadro não se altere, não hesite em procurar atendimento médico.
Como diferenciar a bronquite da Covid-19?
A dificuldade para respirar é um sintoma comum entre a bronquite e a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Por mais que as crianças, geralmente, sejam assintomáticas à presença do vírus, é importante saber diferenciar os sinais e descartar a possibilidade de contaminação.
Então, como saber se uma falta de ar é decorrente de bronquite ou de Covid-19? O mais importante é prestar atenção aos sintomas associados.
A dificuldade de respirar é um sinal característico dos casos mais graves entre os infectados pelo novo coronavírus e, normalmente, o paciente apresenta febre e dores de cabeça, que não são sintomas comuns à bronquite.
De qualquer forma, caso as dúvidas permaneçam, o mais aconselhado é consultar um médico, que poderá dar um diagnóstico mais preciso ou indicar exames complementares. Lembramos que, neste momento, a maneira mais eficaz de evitar o contágio da Covid-19 é adotar as medidas preventivas e evitar contato com outras pessoas.
É fato que a chegada do frio é um fator que estimula a ocorrência da bronquite, assim como a de outras doenças respiratórias. As crianças, certamente, são mais suscetíveis a contraí-las, mas, como vimos, se tomarmos alguns cuidados preventivos, podemos evitá-las. Uma alimentação saudável, a prática de atividades físicas, cuidados com a limpeza da casa e evitar contato com poluição do ar ajudam a prevenir outros episódios de crise.
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