Entender a importância de ter dentes posicionados corretamente ajuda na compreensão do papel da Ortodontia nesse processo. Como manter os dentes alinhados influencia não só a estética, mas também, a parte funcional, a orientação é que adultos e crianças façam, periodicamente, uma avaliação com um ortodontista.
Tendo isso em vista, vamos explicar o que é a Ortodontia, como ela funciona e as etapas do tratamento ortodôntico. Conheça, também, os principais tipos de aparelho ortodôntico para solucionar diversos problemas que, além de comprometer o sorriso, também prejudicam a saúde. Acompanhe a leitura!
O que é a Ortodontia e qual a sua função?
Em vias gerais, essa é uma especialidade da Odontologia, cujos procedimentos são focados no diagnóstico, no tratamento e na prevenção de anormalidades anatômicas dos dentes. Assim, o trabalho desse profissional objetiva a correção do posicionamento, com vistas ao bom alinhamento dos dentes.
Dependendo da gravidade do problema ortodôntico, alguns pacientes também precisam ajustar a oclusão entre a mandíbula e o maxilar. Se não corrigida, uma das consequências é a mordida cruzada, além de dores nas articulações do aparelho bucal.
Mesmo que a maioria das pessoas procurem um tratamento ortodôntico somente pela motivação estética, é necessário destacar que o objetivo desse tipo de procedimento é, primeiramente, funcional. Nisso reside a importância de saber qual é o verdadeiro papel da Ortodontia.
Mas os resultados estéticos também contribuem para a melhora dos problemas ortodônticos. Quando os dentes, maxilares e mandíbulas estão alinhados, o paciente percebe melhora significativa na mastigação, na respiração, e ainda permite a prevenção de outros problemas bucais, como a cárie.
Em síntese, além do alinhamento dos dentes, o tratamento ortodôntico assegura os seguintes benefícios aos pacientes:
- possibilita a manutenção dos dentes na posição correta;
- reduz o acúmulo de placa bacteriana;
- evita a mordida cruzada;
- melhora a dicção;
- reduz a retração gengival.
Quais são as etapas do tratamento ortodôntico?
Ainda que cada tratamento seja planejado individualmente, os profissionais desse ramo seguem uma sequência lógica nos atendimentos. Porém, se houver necessidade, essa ordem pode ser modificada ou, até mesmo, fazer uma programação específica para o paciente. Essa avaliação é feita pela documentação ortodôntica.
Uma das situações mais comuns é quando o paciente — principalmente, crianças — precisa realizar o tratamento somente em uma das arcadas. Dessa forma, todo o processo de execução dos procedimentos será mais rápido, se comparado aos quadros mais comuns.
Vale destacar, entretanto, os riscos de pular as etapas ou de interromper o tratamento antes da finalização do processo. Além de comprometer os resultados e prejudicar os objetivos funcionais dessa intervenção, em alguns casos, pode gerar novas complicações na estética, também.
Dada à importância de seguir as orientações do profissional em todas as etapas do tratamento, explicaremos o que é feito em cada uma delas. Observe!
Diagnóstico
Em primeiro lugar, é necessário fazer uma consulta avaliativa para que o especialista possa identificar o tipo de tratamento ortodôntico mais adequado para o paciente. Contudo, o diagnóstico ortodôntico não é feito apenas pelo exame clínico inicial. Ou seja, a decisão do profissional deve estar embasada em exames radiológicos.
Portanto, essa etapa envolve diferentes aspectos, que englobam desde o histórico odontológico do paciente até os seus objetivos estéticos. Por isso, o sucesso dessa intervenção depende de uma análise criteriosa do paciente e de exames complementares, que permitam elaborar um plano de ação para o tratamento.
Montagem do aparelho
Também de grande relevância, essa é a fase de preparação dos dispositivos que serão utilizados para estimular a movimentação dos dentes ou dos ossos que compõem a articulação. Conforme o tipo de tratamento, os aparelhos podem ser fixos, removíveis ou ortopédicos.
Alinhamento e nivelamento dos dentes
Após a instalação do aparelho, começa a fase em que será feita a correção nas posições dos dentes. A meta é melhorar o alinhamento, otimizar os espaços e corrigir os giros e inclinações desniveladas.
Encaixe da oclusão
Essa é a etapa que pode demorar mais, já que a mais delicada. É nela que ocorre o alinhamento do encaixe da mordida e o correto posicionamento da dentição. Durante esse período, o profissional utiliza diversos recursos para otimizar o tratamento. Os mais comuns são elásticos, fios e molas.
Finalização estética
As correções estéticas começam após a finalização da parte funcional. Porém, na maioria das vezes, há melhora na aparência ou no sorriso como consequência das correções funcionais.
Porém, se isso não acontece, o profissional de Ortodontia planeja adaptações na espessura e na forma do arco, de acordo com o formato dos dentes. O objetivo é estimular uma suave movimentação, que possibilite a perfeição da mordida. Nessa etapa, o ortodontista pode adotar diferentes técnicas e recursos.
Contenção
Finalmente, chegou a hora de retirar os dispositivos de correção e colocar os de manutenção para garantir a continuidade dos resultados. Por isso, nessa etapa, é instalado o aparelho de contenção. De modo geral, esse dispositivo é fixado na arcada dentária inferior e removível na superior.
Vale ressaltar, ainda, que essa última fase do tratamento é fundamental à manutenção dos resultados. Sendo assim, os pacientes precisam colaborar e utilizar os dispositivos conforme a indicação do dentista. A não observação das orientações leva à necessidade de recolocar o aparelho ortodôntico.
Quanto tempo dura o tratamento ortodôntico?
Como cada procedimento tem suas particularidades, o tempo varia de acordo com o problema a ser solucionado. Todavia, isso depende de diversos fatores, sobretudo, quando o diagnóstico principal é a falta de oclusão. Geralmente, quando há muita diferença no alinhamento das arcadas, exige-se mais tempo para uma correção efetiva.
Por conta disso, o período do tratamento também depende das condições clínicas do paciente, da idade e de outras questões que interferem nos resultados. Em crianças, por exemplo, a movimentação óssea é mais rápida, porque nessa fase os ossos estão em crescimento. Essa diferença de estrutura óssea promove um alinhamento mais rápido do que nos adultos.
Quais os principais tipos de aparelho ortodôntico?
A implantação do aparelho objetiva a correção dos problemas ortodônticos, tanto funcionais quanto estéticos. Como a Ortodontia está em constante evolução, há diferentes possibilidades e técnicas de correção.
Mediante isso, você vai conhecer, agora, as modalidades de aparelhos disponíveis. Confira!
Aparelho fixo
O aparelho fixo é o mais comum, inclusive, ao implantar esse dispositivo, o paciente conquista o famoso “sorriso metálico”. Esse estereótipo se deve à estrutura do aparelho, que é baseada em fios e bráquetes de metal, que ficam visivelmente destacados na boca.
Esse aparelho é retirado somente no final do tratamento. Durante todo o processo de correção, é necessário fazer as manutenções no consultório. Nessas consultas, não se pode apenas trocar os elásticos ou os fios, mas fazer uma higienização do aparelho, como remoção de tártaro e de placas.
Aparelho autoligado
Esse modelo tem uma estrutura semelhante à do aparelho fixo, pois também é confeccionado em metal. A diferença é que ele não requer a adaptação de elásticos coloridos. Todo o fio ortodôntico é preso e ajustado aos bráquetes, o que deixa o dispositivo mais discreto e confortável.
Quando comparado aos demais, esse modelo de aparelho tem bráquetes menores. Outro diferencial é o nível de eficiência dos resultados do tratamento. O aparelho autoligado é mais efetivo, o que possibilita mais rapidez no processo de correção ortodôntica.
Aparelho lingual
Essa é uma técnica ortodôntica indicada para os casos mais simples, e que podem ser resolvidos em uma período mais curto. Esse modelo de aparelho é invisível, pois os bráquetes são colados diretamente dos dentes. Como são implantados na parte interna da arcada dentária, o aparelho fica em contato com a língua.
Além da questão estética, o modelo também apresenta a vantagem de ter a funcionalidade de um aparelho fixo. Geralmente, esse dispositivo é utilizado por atletas que praticam esportes de maior contato. Isso porque é preciso evitar os riscos de levar colisão na boca, já que isso pode provocar traumas severos.
Expansor palatino
Os tipos de aparelhos variam de acordo com a necessidade do tratamento. Assim, o expansor palatino é indicado para os casos em que é preciso promover um ganho transversal na largura do palato, o conhecido céu da boca. Normalmente, os ortodontistas optam por esse modelo para corrigir mordida cruzada, principalmente, em jovens.
Por diferentes motivos, algumas pessoas apresentam diferenças anatômicas no aparelho bucal. Tais anormalidades podem impactar problemas nos dentes, ainda que eles sejam bem alinhados. Nesse caso, o tratamento ortodôntico é a melhor opção para evitar procedimentos mais invasivos, como cirurgia.
Alinhador transparente
Esse é um dispositivo específico para promover o ajuste correto dos dentes. Entre outras vantagens, o alinhador é um aparelho discreto por ser transparente.
Outro diferencial é que ele é removível, o que facilita na hora da alimentação e da higienização. Além disso, ele é elaborado sob medida, com base nas especificidades da arcada dentária do paciente.
Aparelho reposicionador de mandíbula
Esse modelo de aparelho ortodôntico é indicado para quem tem alterações na articulação temporomandibular (ATM), quando há necessidade de reduzir as disfunções da mandíbula. Porém, ele exige mais cuidado e determinação para seguir as orientações do ortodontista. Isso porque é preciso realizar, durante todo o tratamento, movimentos bucais para promover a correção da mordida.
Aparelho móvel
Esse é um tipo de aparelho mais utilizado em crianças, pois o seu formato acompanha o crescimento dos dentes e o desenvolvimento dos ossos. Além do mais, o aparelho móvel também serve como contenção após a retirada do aparelho fixo.
Quais os riscos de não fazer um tratamento ortodôntico?
Não há dúvidas de que a falta de adesão a essa modalidade de tratamento gera consequências à saúde física e à emocional, dada a relação entre perfil estético e autoestima. Ou seja, os prejuízos não se limitam somente à saúde bucal, mas englobam todo o funcionamento do organismo.
Dentes fora do lugar ou sem espaço dificultam a mastigação e interferem na alimentação, o que pode resultar em problemas nutricionais. Alterações na articulação dentária causam dores cervicais, enxaquecas e afetam o humor. Logo, há motivos de sobra para você agendar uma consulta com um especialista em Ortodontia.
Porém, isso não é tudo. Destacamos mais algumas das principais consequências de não aderir ao tratamento ortodôntico. Veja bem:
- dores na coluna;
- problemas digestivos;
- mau hálito;
- dificuldade para higienização bucal;
- maior propensão a cáries e a doenças na gengiva;
- dificuldades respiratórias, como dispneia e ronco.
Quando procurar um ortodontista?
Mesmo aqueles pacientes que têm o hábito de ir ao dentista e seguem um cronograma de consultas regulares podem ter dúvidas quanto à necessidade de colocar aparelho ortodôntico. Independentemente dos motivos, se funcionais ou estéticos, o ideal é procurar um profissional e esclarecer todos os pontos.
Tais dispositivos são as melhores alternativas para restaurar a saúde bucal e melhorar a qualidade de vida. Sendo assim, quanto antes fizer esse tipo de avaliação, melhores serão os resultados dessas intervenções. Vale frisar que os aparelhos podem ser colocados em pessoas de todas as idades.
Muitas vezes, os adultos não tiveram a oportunidade de fazer um tratamento adequado ou de usar um aparelho ortodôntico na infância ou na adolescência. Por isso, não precisam sentir medo ou vergonha de procurar um ortodontista somente na vida adulta. Na realidade, isso demonstra a conscientização quanto à importância dos cuidados com a saúde odontológica.
Outro ponto importante a ser considerado é a falta de conhecimento sobre os problemas relacionados à Ortodontia. Às vezes, a falta de qualidade do sono, por exemplo, pode ser resultado de anormalidades odontológicas. Por isso, nada mais adequado que procurar um ortodontista para fazer uma avaliação.
Listamos algumas situações em que se deve buscar esse profissional. Observe:
- se os dentes estiverem separados ou desalinhados;
- se o seu queixo estiver muito para frente ou muito para trás;
- se os dentes superiores não tocam os inferiores;
- na condição de perda precoce de algum dente;
- quando há dores de cabeça ou no pescoço, sem causa aparente;
- se houver respiração incorreta (mais pela boca do que pelo nariz);
- nos casos de ronco ou outros problemas do sono.
Como você viu, a Ortodontia é a especialidade da Odontologia focada na restauração funcional e estética dos dentes. Por meio de procedimentos de prevenção ou correção de disfunções variadas, é possível encontrar a solução mais adequada para manter o sorriso bonito e viver com mais bem-estar.
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