O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que pode ser percebido já nos primeiros meses e anos de vida.
Uma vez que afeta diretamente o desenvolvimento e a qualidade de vida da pessoa, deve ser diagnosticado o quanto antes pela observação de seus sintomas.
Conheça aqui os principais pontos que você deve considerar sobre o autismo:
Autismo, o que é?
O autismo, como popularmente é chamado o Transtorno do Espectro Autismo (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que é caracterizado pelo desenvolvimento atípico, comportamentos peculiares, déficits na comunicação e interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, além de um repertório restrito de interesses e atividades.
Por essas particularidades poderem ser percebidas já nos primeiros meses e anos de vida, o diagnóstico pode acontecer por volta dos 2 a 3 anos de vida. Vale considerar que o sexo masculino tende a ser mais afetado.
O TEA engloba desordens do desenvolvimento neurológico que possuem início desde o nascimento e início da infância. Entre essas desordens podem ser citadas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.
O autismo é classificado em 3 graus, sendo eles o autismo leve, autismo moderado e autismo severo, fazendo com que mesmo que os pacientes com autismo compartilhem das mesmas sensibilidades, a intensidade que elas se manifestam variam, fazendo com que as situações dos pacientes sejam singulares.
O autismo não possui cura, mas sim tratamento, já que os transtornos se tratam de condições permanentes que seguem as pessoas diagnosticadas por todas as etapas da vida.
Quais são os sintomas do autismo?
Os sintomas do autismo se encaixam dentro das características determinantes do distúrbio, devendo ser observados atentamente e levados até o consultório de um pediatra ou neuropediatra o quanto antes.
Entre os sintomas a serem observados estão:
- Não atender quando chamado pelo nome, mesmo de forma persistente;
- Não conseguir manter contato ocular;
- Não saber expressar emoções ou sentimentos;
- Não entender e saber usar linguagem não-verbal, como gestos e expressões;
- Não gostar de chamar a atenção;
- Preferir objetos a presença de pessoas, podendo se isolar em alguns casos;
- Dificuldade em iniciar e continuar conversas;
- Dificuldade em sair da rotina;
- Não conseguir dar tchau com a mão;
- Não conseguir manter o contato ocular;
- Afeição a algum brinquedo ou objeto;
- Realização de movimentos repetitivos e estereotipias (repetições e rituais na rotina);
- Uso inadequado e repetitivo dos brinquedos;
- Repetição das mesmas palavras – que foram faladas para ela ou que ela ouviu de alguma conversa ou programa;
- Reações inadequadas a sons, cheiros, sabores ou texturas.
Em bebês a identificação do autismo é mais difícil, considerando a fase de desenvolvimento limitada que se encontram. Nessa fase, o distúrbio é mais fácil de ser descoberto por conta das comorbidades, são elas: atraso motor, convulsões, hipotonia (diminuição do tônus muscular), entre outras.
Vale considerar que a casos em que até certo período, a criança possui um desenvolvimento adequado, fazendo com que não haja nenhuma suspeita quanto ao problema. Depois de certo tempo, há um retardo do desenvolvimento, fazendo com que haja a percepção da perda de habilidades, iniciando assim o quadro e impossibilitando o diagnóstico precoce.
Causas do autismo
É importante entender que as causas do autismo não são comprovadas e descobertas cientificamente, sendo apontados fatores genéticos, hereditários e ambientais.
Entre as possíveis causas e fatores de risco considerados estão:
- Causa hereditária – o risco aumenta caso algum parente tenha o distúrbio;
- Doenças genéticas – como síndrome de Rett, síndrome de Down, síndrome do X frágil e esclerose tuberosa;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Tabaco;
- Certos medicamentos e outras drogas em meio a gestação;
- Gravidez de alto risco;
- País com idade avançada;
- Parto induzido ou baixo peso ao nascer;
- Sexo masculino – meninos são de quatro a cinco vezes mais propensos a desenvolver o autismo do que meninas;
- Problemas de saúde específicos como epilepsia e esclerose tuberosa.
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Diagnóstico e tratamento
Para que haja o diagnóstico, e a partir dele o problema, é importante levar a criança até o pediatra ou neuropediatra. O profissional irá levar em conta o comportamento da criança, além do relato dos pais e pessoas e profissionais da convivência do paciente
Além disso, podem ser usados instrumentos específicos para a vigilância do desenvolvimento infantil, que são sensíveis para a detecção sugestivas de TEA. Devem ser aplicados em meio a consulta de puericultura na Atenção Primária à Saúde.
O tratamento do autismo tende a variar quanto as necessidades do tratamento, tendo como objetivo principal a amenização dos sintomas do autismo e o estímulo das habilidades sociais, comunicativas, de desenvolvimento e aprendizado.
A abordagem é multidisciplinar e entre as especialidades que podem ser associadas estão medicações, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição e terapias (seja de comunicação ou comportamentais).
Medicações também estão associadas ao tratamento para o tratamento de condições que podem ser comuns, como ansiedade, agressividade, hiperatividade, compulsões extremas, impulsividade, hiperatividade, irritabilidade, alterações no humor e dificuldade para dormir.
O autismo pode estar associado a outros distúrbios que afetam o cérebro, como déficit intelectual, esclerose tuberosa e síndrome do X frágil, além de que algumas pessoas podem desenvolver convulsões pelo autismo.
O tratamento terapêutico também pode ser necessário para familiares e cuidadores da pessoa com autismo, por conta das complicações sociais e emocionais.
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