O autismo, como é chamado o transtorno do espectro autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta diretamente o desenvolvimento da pessoa.
A estimativa é que 2 milhões de pessoas no Brasil tenham autismo, sendo que, de acordo com o Censo Escolar de 2023, havia 636 mil alunos com autismo no Brasil.
Saiba mais sobre o autismo, suas possíveis motivações, sintomas e tratamentos:
Autismo, o que é?
Como vimos, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente chamado de autismo, é uma disfunção neurológica que compromete a evolução da linguagem, o comportamento das pessoas, interação social e promove dificuldades de comunicação.
A expressão “expectro” indica o fato de que os sintomas dessa desordem serem capazes de se manifestar em diferentes intensidades, são elas baixa, média e alta, fazendo com que a desordem possa ser classificada em 3 níveis.
As causas do autismo não são confirmadas por estudos. Contudo, existem alguns fatores que os especialistas acreditam que podem levar ao TEA, são eles: fatores hereditários, desordens genéticas, fatores biológicos, gestação em idade avançada e complicações na gravidez.
O diagnóstico do autismo pode ser feito por um pediatra ou neuropediatra, e uma vez que os sinais do autismo costumam aparecer nos primeiros meses e aninhos de vida, pode ser dado com a criança com 2 a 3 anos de idade.
Sintomas de autismo
Os sinais do autismo podem ser observados pelos pais ou responsáveis e pessoas da convivência da criança, conduzindo assim a consulta com o especialista assim que possível.
Entre os principais sintomas do autismo podemos citar:
1. Dificuldades na comunicação
Uma das principais formas de perceber o autismo é pela dificuldade na comunicação que em casos mais graves pode estar presente na mudez completa.
Crianças autistas possuem dificuldade de se expressar verbalmente e principalmente não verbalmente, fazendo com que não costumem a entender certos gestos e entender as emoções de outras pessoas.
Possuem dificuldade em iniciar conversas e prosseguir com elas, podendo até mesmo se isolar em alguns casos, respondendo diretamente as respostas que as são direcionadas.
Caso o seu filho já tenha idade de verbalizar, mas não o faça e possua dificuldades para se expressar com palavras, você pode contatar um profissional.
2. Movimentos e falas repetitivas
Um dos sinais do autismo também é a realização de movimentos e falas repetitivas.
Entre os movimentos mais característicos podemos citar: balançar o corpo para frente e para trás, bater a cabeça na parede, bater os pés no chão, estalar os dedos, balançar as mãos e os braços, entre outros.
Repetição de falas e expressões que ela escutou, seja que falaram com ela, que ouviu de alguma conversa ou desenho. Para esse sintoma, chamamos de ecolalia.
3. Dificuldade de fazer contato visual
Outro sinal do autismo está no fato da criança evitar fazer contato visual, podendo fazê-lo de forma rápida ou simplesmente não fazê-lo.
Uma motivação para isso se deve ao fato de elas se sentirem irritadas e intimidadas diante do olhar de outra pessoa.
É um dos primeiros sintomas do distúrbio, podendo ser percebidos já nos primeiros meses da criança.
4. Não gosta de contato físico
Crianças autistas não gostam de contato físico e evitam o quanto podem, mesmo com pessoas mais próximas.
Também desde pequenas demonstram não gostar de colo.
5. Não respondem quando chamadas pelo nome
Diante do distúrbio, crianças autistas também tendem a não responderem quando chamadas pelo nome, mesmo quando escutam ou quando a pessoa se dirige diretamente a elas.
Caso esse evento seja algo comum, os pais ou responsáveis devem não se irritar com a criança, mas recorrer ao especialista ao perceberem que esse comportamento está errado.
6. Sensibilidade nos sentidos
Crianças autistas são sensíveis quanto a sons, luzes, gostos e cheiros, o que pode resultar em várias irritações e reclamações.
Sons muito altos podem causar um forte estresse na criança, o que faz com que ela tenda a se manter irritada em festas e não se socializar nelas.
Luzes de cores muito ofuscantes e vibrantes também podem promover um forte incômodo. Por fim, a dieta aceita pelo autista pode ser bem restritiva.
7. Afeição a determinado objeto
Crianças autistas tendem a preferir brincar sozinhas do que com outras crianças e não gostam de receber a atenção de adultos, tendendo a se afeiçoar mais a objetos do que pessoas.
Costumam ter um brinquedo ou objeto que não se desgrudam.
Além disso, pode-se perceber que a criança autista tende a interagir diferente com os seus brinquedos, os enfileirando e organizando-os por cores e tamanhos, por exemplo.
8. Interesses específicos
Como forma de aliviar o estresse, crianças autistas tendem a desenvolver um intenso interesse em temas específicos, como computação e astronomia.
Aprofundam realmente no assunto e costumam a serem especialistas no assunto, se diferenciando das demais crianças.
Tratamento do autismo
O tratamento do autismo vai variar de acordo com o grau do distúrbio percebido e das particularidades do caso.
Uma vez que as dificuldades de desenvolvimento afetam diretamente em todos os âmbitos da vida, o tratamento do autismo é multidisciplinar, podendo envolver vários profissionais.
Entre os profissionais que podem estar envolvidos estão o pediatra, psiquiatra, neurologista, psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, etc.
A psicoterapia é essencial para o sucesso do tratamento, instigando a comunicação, concentração, a melhora da aprendizagem, etc.
O tratamento deve começar o quanto antes, a partir do diagnóstico, para a melhora do desenvolvimento e da qualidade de vida da criança, diminuindo as suas barreiras em meio ao dia-a-dia.
É importante que as pessoas ao redor da criança sejam orientadas quanto a condição e as melhores práticas.
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