Mãos de criança segurando coração de quebra-cabeça colorido em fundo branco Mãos de criança segurando coração de quebra-cabeça colorido em fundo branco

Sintomas de autismo em bebê: saiba como descobrir de forma precoce!

7 minutos para ler

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que compromete diretamente na qualidade de vida e no desenvolvimento da criança

É essencial que os pais se atentem a comportamentos atípicos da criança para que o diagnóstico seja feito de forma precoce, permitindo um melhor desenvolvimento a partir de seu diagnóstico clínico.

Saiba mais sobre o autismo e conheça quais são os sintomas de autismo em bebê:

Autismo, o que é?

Antes de qualquer alarde, é importante entender o autismo e que por meio do tratamento multidisciplinar adequado é possível que a pessoa com autismo consiga lidar da melhor maneira possível com as atividades cotidianas, ambientes e pessoas de seu meio.

Sabendo disso, o autismo é um transtorno que compromete a comunicação, socialização e o comportamento da criança, fazendo com que seja percebido um desenvolvimento atípico.

Os primeiros sinais do autismo podem aparecer já nos primeiros meses de vida, no início da comunicação, normalmente a partir dos 12 meses de idade. Por meio da suspeita, os pais ou responsáveis devem levar a criança até um pediatra, neuro ou neuropediatra, para que seja relatada a suspeita e os sinais percebidos.

Desde o primeiro contato, é feita a observação em consultório médico, com o diagnóstico sendo feito cerca dos 2 a 3 anos de idade.

O diagnóstico é de suma importância para o desenvolvimento da criança, sendo mais comum no sexo masculino. Segundo relatório recente do CDC (Center of Deseases Control and Prevention – Centro de Controle e Prevenção de Doenças) 1 em cada 36 crianças nos Estados Unidos é autista, estimativa que em 2021 acometia 1 em cada 44 crianças.

No Brasil, o cálculo feito em relação a população estadunidense é que se tenha cerca de 5.997.222 autistas no país, número que aumenta a cada dia e pode ser representado no aumento de 48% de alunos com autismo matriculados nas escolas, isso de acordo com  Censo Escolar 2023, divulgado em 22 de fevereiro de 2024.

Sintomas de autismo em bebê

Os sintomas de autismo em bebê se assemelham bastante aos sintomas de autismo percebidos em crianças. No entanto, a percepção nos primeiros meses e anos de vida, tende a ser mais complicada, já que o desenvolvimento nessa faixa etária já é limitado.

Contudo, é importante se atentar os sinais, são eles:

1. Ausência de reação a sons

Nos primeiros meses de vida, é normal querer chamar a atenção do bebê por meio de estímulos sonoros. É normal que uma criança com autismo não acompanhe com olhar a origem de sons, tal como para objetos como chocalhos.

É normal que a criança não vire o rosto na direção de algum som, não reaja e nem demonstre nenhum tipo de interesse. O teste da orelhinha pode ser feito para tirar a suspeita de algum comprometimento auditivo.

Logo, é um dos primeiros sinais que podem ser percebidos e que ajudam no diagnóstico.

2. Ausência de expressões faciais

É comum que recém-nascidos expressem reações faciais, seja de satisfações e insatisfações. Esse é um sintoma percebido em toda a vida do autismo, uma vez que não costumam compreender bem da comunicação gestual.

Bebês tendem a começar a sorrir com cerca de 2 meses, mesmo que não saibam ainda o seu significado, treinando estes movimentos faciais principalmente quando estão perto de adultos e outras crianças.

Crianças autistas não costumam mudar de expressão e não costumam corresponder sorrisos e acenos com a mão, sendo muito difícil decifrar o que a criança está pensando ou sentindo.

No entanto, bebês autistas tendem a chorar constantemente e demonstrar irritabilidade, mesmo com o descarte de causas comuns, como cólicas e infecções.

3. Possuem dificuldade e não tentam falar

Além da falta da reação a sons, é comum que a criança também não costume a emitir sons, sendo perceptível a dificuldade na fala e não costumam falar. Esse fato tende a ser percebido no futuro por meio da dificuldade de se relacionar com as pessoas e estabelecer conexões.

Crianças autistas também não gostam de chamar a atenção das pessoas à sua volta, não proferindo gritos e gemidos com esse intuito, sendo esse um ponto a ser considerado em casos da ausência de nenhum comprometimento da fala.

Logo, sons e palavrinhas comuns no início do desenvolvimento da fala, por volta do primeiro aninho e segundo ano de vida, não são comuns no dia-a-dia da criança autista, que tendem a ser menos comunicativas e que tendem a se expressar somente em casos de necessidade e por meio de frases curtas.

Por volta dos 2 anos de idade, crianças com o transtorno tendem a se comunicar usando o dedo de um adulto ou repetindo palavras que lhe são ditas várias vezes seguidas.

4. Não realiza contato visual

Crianças autistas tendem a não olhar quando são chamadas, o que é uma expectativa dos pais. Esse sinal já pode ser percebido com mais intensidade no primeiro ano de vida.

O normal é que uma criança nessa idade atenda ao chamado de 70% a 80% das vezes, considerando as vezes que está totalmente entretida.

Quando o bebê não atende, não emite nenhum tipo de som e não se direciona a quem o chama, o ignorando totalmente como se não tivesse ouvido nada, o sintoma pode sim estar relacionado ao autismo.

5. Recusam atos de afeto

Bebês e crianças autistas tendem a recusar atos de afeto como beijos e abraços, apresentando certa repulsa a essas demonstrações por conta da proximidade. Também não gostam de ficar no colo por conta do contato.

Apresentam essa repulsa mesmo com pessoas de convívio diário, se diferenciando das demais crianças que normalmente gostam de demonstrações de carinho por se sentirem seguros e amados.

Bebê brincando na biblioteca de escolinha com peças de lego

6. Não gostam de brincar com outras crianças

Crianças que têm o transtorno do espectro autista tendem a não gostarem da convivência com outras crianças, preferindo ficar longe delas.

Costumam a desenvolver apego a brinquedos e objetos, o que não é percebido em relação a outras crianças.

Por conta disso, crianças autistas preferem brincar sozinhas, fugindo de qualquer interação.

7. Movimentos repetitivos

Um dos sinais mais percebidos do autismo, é a realização de movimentos estereotipados, que são aqueles que são realizados de forma constante.

Entre esses principais movimentos repetitivos estão: ficar balançando para frente e para trás, bater na cabeça, bater a cabeça na parede, mexer as mãos, balançar os pés, entre outros movimentos característicos.

LEIA TAMBÉM: 25 sinais de autismo que todo pai e mãe devem conhecer!

Tratamento

Uma vez que um ou mais sintomas como esses forem percebidos, não hesite em levar a criança para um acompanhamento médico.

Normalmente o diagnóstico do autismo é feito pelo pediatra, juntamente com a observação de um psiquiatra clínico ou neurologista pediatra.

O tratamento é multidisciplinar, com as vertentes clínicas envolvidas dependendo do grau de autismo, das particularidades e necessidades do caso.

O tratamento pode envolver o acompanhamento por um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional ou um fisioterapeuta, por exemplo. Mudanças na rotina e a orientação de pessoas próximas ao autista também estão entre as medidas recomendadas.

A AmorSaúde é a rede de clínicas populares que mais cresce no Brasil, oferecendo diversas especialidades como cardiologia, oftalmologia, odontologia e ginecologia.

Se você gostou deste conteúdo e deseja investir mais na sua saúde, agende já sua consulta conosco!

Posts relacionados

Deixe um comentário