Você já ouviu falar sobre o autismo ou leu sobre esse transtorno? Tem alguém na família que vive com sintomas? Ou apenas tem curiosidades sobre o tema?
Em qualquer um dos casos, trataremos das informações essenciais que todos devem conhecer quando o assunto é esse. Vamos desde o básico, como o que é o autismo, até os sintomas, como identificar e qual a importância do diagnóstico. Acompanhe!
O que é autismo?
Para iniciar, vamos falar sobre o conceito de autismo. Trata-se de um problema psiquiátrico que apresenta sintomas logo nos primeiros meses de vida, mas costuma ser diagnosticado mais tarde. O desenvolvimento físico das pessoas que têm o diagnóstico é inteiramente normal, o que é afetado é a parte psicológica, podendo aparecer na capacidade de aprendizado, comunicação e adaptação da criança.
Ou seja, o transtorno de desenvolvimento está ligado à dificuldade em se relacionar social e emocionalmente com outras pessoas, o que leva, geralmente, a criança ou o adulto a se isolar do mundo exterior e criar um mundo interno somente dele. Isso prejudica a vida pessoal e profissional, trazendo questões com que precisará lidar ao longo dos anos.
É importante lembrar que, quando falamos de autismo, estamos lidando com diferentes graus de funcionalidade. Antigamente, a questão era até dividida em cinco categorias, mas agora, tem apenas uma classificação. Assim, a maneira com que a família e a comunidade devem lidar com a pessoa que tem o transtorno depende de acordo com o grau, variando também o tratamento.
Por ter esses diferentes graus, chamamos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), que pode vir acompanhado de epilepsia, ansiedade, depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Enfim, são muitas questões que devem ser levadas em consideração.
Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), uma a cada 160 crianças tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). É muito comum as pessoas com autismo serem discriminadas por diversos fatores que aparecem no seu comportamento. Assim, a comunidade inteira deve conhecer os sintomas e auxiliar no tratamento dessas pessoas. Veremos, a seguir, algumas informações importantes sobre o transtorno.
Quais são os sintomas?
A dificuldade de diagnosticar o autismo acontece, pois são vários possíveis sintomas do autismo. Trataremos aqui alguns deles, mas cada pessoa apresenta suas especificidades. Por isso, o papel da família é tão importante: é necessário atenção para perceber se a criança ou o adulto apresenta algum deles.
Como dito, logo nos primeiros meses de vida, a família já pode perceber se o bebê sofre com o transtorno e começar a tratar. Quando ainda muito nova, em fase de amamentação, a criança evita olhar diretamente os olhos da mãe e chora ininterruptamente.
Mas, muitas vezes, o diagnóstico vem mais tarde. Assim, ao se desenvolver fisicamente e crescer, há outros sintomas que podem aparecer. Veja alguns deles!
Inquietação exacerbada
Pessoas que convivem com o autismo não conseguem se concentrar muito tempo em algo e são inquietas. Como falado, os graus variam, mas, no geral, há uma dificuldade em ficar parada, fazendo uma coisa só. Por isso, a família deve prestar atenção se a criança é mais inquieta do que o normal, lembrando que os pequenos são agitados cotidianamente.
A fala se desenvolve com demora
Quando a criança está desenvolvendo a fala, geralmente, há um retardo. Ela não sente vontade de falar e, quando desenvolve, prefere se comunicar menos. É mais quieta e com atitudes menos sociáveis, ou seja, prefere atividades que ela não precise de outras pessoas para fazer.
Surdez aparente
Em muitos casos, o adulto ou a criança não atende aos chamados, apresentando uma “surdez aparente”.
Problemas de linguagem
A linguagem é um sinal que deve ser analisado. A criança que tem autismo, além de desenvolver a fala tardiamente, pode não conseguir falar da forma correta, usar as palavras erroneamente ou não saber expressar o que quer com os termos adequados.
Ou seja, a comunicação é sempre afetada quando o assunto é autismo. Não é algo intencional, a criança não consegue se comunicar com outras pessoas da mesma forma e apresenta características específicas de dificuldades em relação a isso.
Resistência de mudança à rotina
Pessoas que têm autismo tendem a preferir um cotidiano sem muitas mudanças. Fazem as atividades iguais todos os dias e, quando são instigadas a fazer alguma coisa diferente, apresentam grande resistência e, muitas vezes, sofrem com isso.
Outras alterações no comportamento
Como cada pessoa apresenta sintomas diferentes, as alterações de comportamento podem variar. Assim, o ideal é perceber se há algo que dificulta a convivência e a interação com outras pessoas e, a partir disso, buscar um médico que possa auxiliar.
Como identificar o autismo?
Não existe um exame laboratorial ou de imagem que possa identificar a síndrome. Por isso, a função da família é tão importante, pois é ela quem está todos os dias com a criança ou adulto, e pode perceber os sintomas. Para a identificação, o médico vai considerar o histórico do paciente, o relato dos pais e a observação de seu comportamento.
Após isso, ele deve consultar alguns critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ou pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde e, assim, diagnosticar se a pessoa tem o autismo ou outro tipo de problema. A partir disso, o paciente será levado ao tratamento, que veremos a seguir.
Como o nome já diz, o Transtorno do Espectro Autista tem vários níveis e, devido a isso, as pessoas que têm um grau baixo podem ser diagnosticadas apenas adultas, por não perceberem os sintomas ainda na infância. Saiba mais sobre os graus do autismo:
- Nível 1: Requer Apoio
- No passado, isso era conhecido como autismo de alto funcionamento ou síndrome de Asperger.
- Indivíduos neste nível podem apresentar dificuldades sociais e de comunicação que são perceptíveis, mesmo que não sejam tão intensas quanto aquelas no Nível 2.
- Eles podem ter dificuldades em iniciar interações sociais, apresentar padrões de comportamento repetitivos e restritos, além de interesses específicos.
- Nível 2: Requer Apoio Substancial
- Pode haver uma maior necessidade de apoio em comparação com o Nível 1.
- Indivíduos neste nível podem exibir déficits significativos na comunicação verbal e não verbal, bem como dificuldades em adaptar o comportamento para se ajustar a diferentes contextos sociais.
- Eles podem apresentar dificuldades na compreensão das emoções dos outros e em expressar suas próprias emoções de forma apropriada.
- Nível 3: Requer Apoio Muito Substancial
- Este nível é associado a deficiências graves na comunicação e nas interações sociais, bem como a comportamentos repetitivos e restritos.
- Indivíduos neste nível podem ter uma capacidade muito limitada de iniciar ou participar de interações sociais significativas.
- Eles podem precisar de apoio constante para lidar com as demandas diárias e podem ter dificuldades significativas em lidar com mudanças na rotina ou no ambiente.
É importante notar que esses “níveis” são apenas uma maneira de descrever o espectro do autismo e não capturam toda a diversidade e complexidade das experiências individuais.
Cada pessoa com autismo é única, com diferentes pontos fortes, desafios e necessidades de suporte. Uma abordagem individualizada e centrada na pessoa é essencial para fornecer o melhor suporte possível.
Qual é o tratamento?
Não existe cura para o autismo, por isso, o tratamento com remédios só ocorre se houver agressividade ou outras doenças, como depressão e altos níveis de ansiedade, como o TDAH. Assim, depende do grau de dificuldade de cada criança ou adulto para que o tratamento funcione de acordo com as especificidades dela.
Como o autismo afeta diversas áreas da vida, podendo vir acompanhado de sintomas diferentes, não existe apenas um tratamento correto. Tudo dependerá de como a pessoa se sente. Por isso, há uma multidisciplinaridade de processos, desde médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos que podem fazer parte do tratamento.
Todo esse trabalho visa a auxiliar a pessoa a fazer as atividades básicas do dia a dia, como comer, escovar os dentes, se vestir e outras. Enfim, questões diárias que afetam diretamente a qualidade de vida e a forma como a criança ou o adulto lida com o mundo. Parece complexo ter que passar por tantos processos, mas com a ajuda de vários profissionais e da família, fica mais simples de lidar.
Quando procurar ajuda?
Há necessidade de procurar ajuda quando o autismo atrapalhar a vida da pessoa. Assim, se a fala demorar muito a se desenvolver, se as interações sociais fora (e dentro) da família forem prejudicadas, se a criança não conseguir estudar corretamente e frequentar o ambiente escolar, se os casos de agressividade aparecerem e se houver uma ansiedade fora do “comum”, é hora de iniciar o acompanhamento.
Não existe um momento certo para buscar auxílio, são várias possibilidades, pois o tratamento serve para que o problema seja diagnosticado e olhado de frente, para que a criança ou o adulto possa ter uma melhor qualidade de vida, fazendo as coisas simples do dia a dia. Em um transtorno com questões tão específicas, sempre dependerá de como a própria pessoa e os familiares são afetados para decidir o momento de procurar ajuda.
Qual a importância do diagnóstico?
Quando não sabemos qual é o problema, não temos como cuidar dele. Por isso, o diagnóstico é essencial para “dar nome” e encarar a situação. A partir do momento em que a família e a própria pessoa ficam cientes de que há um transtorno de desenvolvimento, fica muito mais fácil de lidar com ele.
Muitos adultos descobrem mais tarde a questão, e poderiam ter tratado e convivido melhor com os sintomas desde mais cedo na vida. Por isso, ao diagnosticar, a criança tende a ter um apoio maior das pessoas a sua volta, fazendo com que ela se sinta acolhida e entenda melhor como sua mente funciona.
Assim, a importância do diagnóstico não é somente da ajuda médica, mas também, de todas as pessoas que têm relação com quem tem o transtorno. Por exemplo, informar a escola, para que os professores e funcionários possam dar todo o atendimento e o suporte necessários à criança, de acordo com o diagnóstico feito.
Por não ter cura, compreender os sintomas ajuda na convivência com eles. Claro que nem sempre será fácil, mas é uma maneira de não ficar perdido quando a ansiedade e o problema de comunicação aparecerem. Aqui, conhecimento é poder.
Por que acompanhar de perto é importante?
O transtorno de desenvolvimento afeta partes muito essenciais do dia a dia das pessoas: convivência social, comunicação, comportamento alterado etc. Enfim, a partir do momento em que isso acontece, fica muito difícil ter uma rotina considerada normal, pois a pessoa se sente deslocada, e isso só dificulta a relação entre indivíduo e sociedade.
Como não há a opção de não ter vida social, pois todos devem estudar, trabalhar e se relacionar com outras pessoas, essa “barreira” da comunicação acaba interferindo diretamente na autoestima de quem tem a síndrome do autismo, fazendo com que possa desenvolver outras questões, como depressão, ansiedade, crises do pânico, por não se enquadrar “da maneira ideal”.
Assim, quando o diagnóstico é feito e a pessoa não se sente sozinha, e tem uma rede de apoio, fica muito mais fácil de encarar de frente e perceber os sintomas como algo mais natural, e que pode ser atendido de várias formas.
Quando falamos de crianças, tudo é novo. Dependendo da forma como os pais ou responsáveis lidam com a síndrome, o desenvolvimento se torna algo mais coerente na cabeça dela, fazendo com que não sofra tanto com todo o processo de se entender autista e lidar com isso.
Existem campanhas de conscientização?
Sim! Você já ouviu falar em Abril Azul? É um mês especial em que há diversas estratégias visando a divulgar novos estudos sobre o autismo, além de conscientizar a população e engajar mais pessoas contra o preconceito de pessoas que sofrem com esse transtorno. Só por meio da disseminação do conhecimento que conseguiremos diminuir as dificuldades para as pessoas que sofrem com a questão.
Quanto mais gente falando sobre o tema e descobrindo os sintomas, os diferentes graus e como fazer para contribuir positivamente no tratamento de quem precisa conviver com o autismo, mais a sociedade conseguirá inseri-las no cotidiano e tratá-las corretamente, com todo o suporte necessário.
São muitas informações sobre o tema, não são? Para que você não se esqueça, listamos em tópicos os sintomas mais comuns:
- dificuldades de comunicação;
- problemas ao se comportar socialmente;
- comportamentos repetitivos de interação;
- dificuldade no uso da imaginação;
- necessidade de rotina.
O autismo, transtorno de desenvolvimento, tem muitas especificidades e traz consequências grandes para a vida das pessoas que precisam lidar com ele. Assim, quanto antes for diagnosticado, mais fácil de conviver com ele e ter uma vida saudável.
A família, na infância, tem o papel fundamental de enxergar os sintomas e buscar médicos. Porém, toda a sociedade precisa trabalhar para incluir os autistas no cotidiano, em vez de segregá-los. É um trabalho em equipe para que as pessoas se sintam amadas e com o suporte necessário para viver bem e com saúde.
Hoje em dia, há diversos estudos e aprofundamentos que permitem às pessoas conhecer um pouco mais sobre o assunto e não depender de opiniões e “achismos”. Isso é muito importante, pois quanto mais conhecimento tivermos, mais fácil lidaremos com o autismo e outras questões de saúde.
Você sabia sobre todas essas informações? Já conviveu ou convive com pessoas diagnosticadas com a síndrome? Ou você mesmo tem? Deixe o seu comentário para que possamos aumentar cada vez mais o diálogo e trabalhar sobre o que é o autismo e como lidar corretamente com ele, desde sintomas até tratamentos e diagnósticos. Com muita conversa e estudos científicos, fica mais tranquilo de lidar com o tema.
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Não gostei do atendimento no largo do tanque, tem meninas super mal educadas, tirando a parte odontologica que são ótimas atendentes, mas a outra parte algumas pessoas super grossas, ate pra tirar duvida ,nem na nossa cara olha e fora doutora Ursula uma medica que atende clinico geral e ortopedia, nem examina, muito cheio o local. contratem funcionario que tratem os clientes bem porque se ficarem de cara feia é melhor não ir trabalhar.
Olá Juceline, Bom dia. Tudo bem? Poxa! Pedimos desculpas, pois esse não é o cuidado que tanto pregamos. Por favor, poderia entrar em contato conosco através das nossas redes sociais? facebook.com/amorsaudebrasil ou Instagram: @amorsaudebrasil. Lá iremos saber mais sobre a sua situação, registrar e realizar os encaminhamentos necessários, visando as melhorias em nossos atendimentos. 😊
estou insatisfeita com a forma que somos tratados, ate a recepção na area de consultas umas meninas de cara feia nem olha pra cara do cliente.
Olá Janice, Bom dia. Tudo bem? Poxa! Pedimos desculpas, pois esse não é o cuidado que tanto pregamos. Por favor, poderia entrar em contato conosco através das nossas redes sociais? facebook.com/amorsaudebrasil ou Instagram: @amorsaudebrasil. Lá iremos saber mais sobre a sua situação, registrar e realizar os encaminhamentos necessários, visando as melhorias em nossos atendimentos. 😊
Dr andre péssimo medico fiz um parece psicológico com a psicologa ele se que olhou ate hoje não tenho laudo do meu filhos porquê ele não olha o exame mais passa remédio mais não da o laudo vocês mantem ele ninguém merece ser tratado desta maneira
Olá, Viviane!
Lamentamos por esse ocorrido, te encaminhamos um e-mail no dia de hoje para mais informações sobre esse assunto.
Pedimos que por gentileza, nos responda para que possamos ajudá-la.
Gostaria de saber se tem algum médico que pode avaliar e emitir o laudo de autismo no Amor e Saúde
Olá, Mirian!
Nós temos sim, para o diagnóstico médico o ideal é procurar pelo clínico geral ou pediatra que vai direcionar a área necessária. 😉
Um abraço!