Azia, queimação constante e mal-estar após as refeições. Se você se identificou com algum desses sintomas, é provável que esteja sofrendo de refluxo gástrico. Sim, de vez em quando exageramos um pouco na alimentação, ou não digerimos muito bem certos alimentos. Porém, se essa situação é recorrente, saiba que tem algo errado aí, que precisa ser verificado.
O refluxo em adultos é uma condição comum, mas ninguém precisa viver com os incômodos dessa doença. Ela pode ser facilmente diagnosticada e tratada. Neste post, você vai entender quais são as causas, os sintomas e os tratamentos mais adequados para o refluxo gástrico. Acompanhe a leitura e saiba como identificar e se livrar desse problema. Confira!
O que é o refluxo gástrico em adultos?
O refluxo gastroesofágico — doença popularmente conhecida como azia — consiste no retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago. Ele acontece quando a barreira entre os dois órgãos, que se abre para a passagem do alimento, chamada de válvula esofágica, não funciona de forma correta.
Dessa maneira, em vez de seguir o fluxo normal da digestão, o conteúdo retorna para o esôfago, levando, com ele, suco gástrico, substância ácida com a qual a mucosa desse órgão não está habituada a lidar. Por essa razão, há a sensação de desconforto e queimação, sintomas desagradáveis para quem sofre de refluxo.
Quais são as causas do refluxo gástrico?
O refluxo é uma enfermidade comum em adultos e afeta entre 12% e 20% da população brasileira. Pode ser causado por diversos fatores. O principal deles, já citado, está ligado ao mau funcionamento da válvula esofágica. Mas existem outras causas.
A hérnia de hiato, por exemplo, pode causar o refluxo, já que é provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago. Dessa forma, o estômago invade a cavidade torácica, gerando sintomas característicos do refluxo gástrico.
Outros agentes provocadores do refluxo são o aumento da secreção gástrica, a fragilidade das musculaturas existentes na região do sistema digestivo, o aumento da pressão intra-abdominal e a condição de estômago muito cheio por tempo prolongado.
Por isso, no que se refere a essa última causa, não é recomendado que nos deitemos após ingerir uma grande quantidade de alimento. Nesse caso, a chance de sofrermos um episódio de refluxo é bastante alta.
Quais são os fatores de risco do refluxo gástrico?
A obesidade é considerada um fator de risco do refluxo gástrico. Isso porque o excesso de peso causa o aumento da pressão sobre a válvula esofágica e, assim, o conteúdo do estômago se movimenta no sentido errado. Por essa razão, quando há o fator obesidade, os episódios de refluxo são mais recorrentes. Isso também pode ocorrer durante a gravidez, devido ao aumento do útero.
Também são considerados fatores de risco para ocasionar refluxo em adultos:
- diabetes;
- tabagismo;
- asma;
- atraso no esvaziamento do esôfago;
- distúrbios do tecido conjuntivo, como esclerodermia;
- determinados alimentos consumidos em excesso, como café, fritura, chocolate, bebidas alcoólicas e comidas ácidas.
Quais são os sintomas do refluxo gástrico?
Agora que você entendeu as causas e os principais fatores de risco do refluxo gástrico, é muito importante ficar atento aos sintomas, pois a falta de cuidados pode levar a complicações mais graves, caso a doença não seja devidamente tratada. Entre elas, podemos citar a síndrome conhecida como esôfago de Barret.
Trata-se de uma alteração nas células do esôfago, causada pelo acúmulo do ácido que volta do estômago durante vários anos sem que seja feita uma intervenção por meio de tratamento. Essa é uma condição pré-maligna, que pode resultar no desenvolvimento de um câncer.
Confira, portanto, quais são os principais sintomas do refluxo gástrico:
- azia;
- sensação de queimação — que, além do estômago, pode atingir a garganta e o peito;
- laringite;
- regurgitação;
- arroto;
- indigestão;
- dificuldade de engolir;
- tosse, asma e bronquite, em alguns casos.
Além desses sintomas, há também relatos de dor torácica intensa. Os sintomas tendem a ser mais intensos quando nos deitamos de barriga para cima depois de comer, ou quando dobramos o corpo para baixo, como se fôssemos pegar algo no chão, por exemplo.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico de refluxo geralmente é feito por um especialista, o gastroenterologista. Ele leva em conta os sintomas clínicos e pode também solicitar exames para um diagnóstico mais preciso, como a endoscopia digestiva alta.
Outra maneira de diagnosticar é fazer a medição da quantidade de ácido que volta para o esôfago quando há o refluxo. Esse exame é conhecido como pH-metria esofágica, no qual o médico insere um medidor no interior do esôfago do paciente. Dessa maneira, observam-se, em 24 horas, as alterações de acidez do suco gástrico para que, assim, seja determinado o número de vezes em que ocorre o refluxo.
Como os sintomas do refluxo gástrico são comuns a várias outras doenças — como a gastrite nervosa — e podem ser facilmente confundidos, é fundamental procurar um médico quando há sinais de incômodo para um diagnóstico definitivo. Assim, além de resolver as queixas, faz-se a prevenção de possíveis complicações graves, como úlcera, infecções e o próprio esôfago de Barret que citamos.
Quais são os possíveis tratamentos?
O tratamento indicado para sanar os sintomas do refluxo em adultos pode ser clínico, em que são adotadas medidas simples, como adequação da alimentação e o uso de medicamentos — como antiácidos, que neutralizam a acidez presente no estômago. Em casos mais graves, quando há a existência da hérnia de hiato ou esofagite, a cirurgia é o caminho mais indicado.
De qualquer maneira, o médico tende a recomendar algumas mudanças nos hábitos alimentares. Como exemplo, temos o fracionamento da dieta, a diminuição da ingestão de alimentos que contribuem para o refluxo e a prática de aguardar 3 horas após as refeições para se deitar. Também não é indicado o consumo excessivo de álcool, nem o hábito de fumar, e a prática de atividade física é sempre incentivada, assim como a redução do estresse.
Como vimos neste artigo, o refluxo em adultos é uma condição que pode afetar a vida de muitas pessoas e causar transtornos se não for devidamente tratada e diagnosticada com precisão. É importante buscar tratamento ao observar a recorrência dos sintomas, caso contrário, a doença pode evoluir para complicações mais sérias.
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bom dia/ boa tarde,
tudo bem?
tenho parente com barret e possui azia, boca amarga, queimação. a cirurgia é solução?
Att.
claudia lucia
Olá, Claudia!
Apenas em casos mais graves, quando há a existência da hérnia de hiato ou esofagite. Mas cabe ao médico avaliar o caso e encaminhar para uma cirurgia. Se ainda não procurou um profissional, agende um em uma de nossas clínicas, você pode agendar pelo nosso site https://paciente.amorsaude.com.br/ 💙❤️