Psoríase: conheça suas causas, sintomas e tratamentos

Você já ouviu falar em psoríase? Trata-se de uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, que atinge homens e mulheres de todas as idades. Por sinal, ela é bastante comum, afetando mais de 125 milhões de pessoas no mundo todo, sendo 5 milhões só no Brasil.

A doença afeta a pele, sendo caracterizada por lesões grossas e avermelhadas, geralmente em forma de placa, que descamam e podem aparecer em qualquer parte do corpo. Porém, é mais comum nos cotovelos, nos joelhos, nas unhas e no couro cabeludo.

Exatamente por ser tão comum, muitas pessoas não tratam o problema de forma adequada, não procurando ajuda médica. Por isso, neste post, explicamos um pouco mais sobre a psoríase e por que é necessário buscar tratamento adequado. Vamos lá?

O que é psoríase?

A psoríase é um tipo de inflamação na pele. Tem origem autoimune, ou seja, quando o próprio organismo começa a atacar as células da pele, provocando lesões. Por isso mesmo, não é contagiosa, não podendo ser transmitida de uma pessoa para outra.

As células afetadas formam uma placa espessa, de cor avermelhada e que descama. As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, inclusive em grandes extensões da pele, mas são mais comuns em regiões que tendem a ficar ressecadas ou recebem mais atrito, como joelhos e cotovelos.

A psoríase pode se manifestar de formas diferentes nas pessoas, desde casos leves até outros bem mais graves, em que as inflamações formam bolhas de pus. Também existem diversos tipos:

• psoríase vulgar: a forma mais comum, em que se formam placas avermelhadas e que soltam escamas esbranquiçadas, que ficam irritadas e podem coçar;
• psoríase invertida: na qual são formadas manchas vermelhas em partes mais úmidas, como axila, virilha e órgãos genitais;
• psoríase gutata: a mais comum em crianças e adultos com menos de 30 anos, surgindo em decorrência de infecções por bactéria;
• psoríase ungueal: que atinge principalmente os dedos e as unhas, fazendo com que elas fiquem grossas e amareladas, podendo até descolar;
• psoríase pustulosa: mais rara, em que são formadas manchas e bolhas em pequenas áreas, como as mãos e os pés;
• psoríase eritrodérmica: na qual a maior parte do corpo é coberta por manchas avermelhadas, sendo bastante rara;
• psoríase artropática ou artrite psoriásica: aparece nas articulações, provocando o enrijecimento progressivo e dores intensas;
• psoríase palmo-plantar: surge na forma de fissuras na palma das mãos e na sola dos pés.

Quais as causas da psoríase?

As causas da psoríase são desconhecidas, assim como em qualquer doença autoimune. No entanto, acredita-se que as células T, responsáveis por combater invasores no organismo, passam a combater as células saudáveis da pele, como se houvesse uma infecção. Esse ataque faz com que os vasos sanguíneos se dilatem, aumentando a quantidade de glóbulos brancos na área, o que provoca lesões avermelhadas. 

Além disso, alguns fatores podem ser relevantes, como a genética. Há também outros que podem contribuir para o desenvolvimento da psoríase:

• infecções de garganta e na pele;
• lesões cutâneas provocadas por queimaduras, machucados etc.;
• estresse;
• variações climáticas;
• tabagismo;
• excesso de bebidas alcoólicas;
• uso contínuo de alguns medicamentos;
• alterações metabólicas na pele.

Quais são os sintomas da psoríase?

Os sintomas da psoríase variam de uma pessoa para outra e também de acordo com o tipo da doença e a localização no corpo. De todo modo, é possível destacar como os principais:

• lesões avermelhadas e cobertas por uma camada branca espessa que descama;
• pequenas manchas na pele;
• pele ressecada, que pode se romper e sangrar com facilidade;
• unhas grossas, amareladas e esfareladas, que se descolam dos dedos;
• inchaço, rigidez e dor nas articulações;
• descamações e placas em diversas partes do corpo.

Como o diagnóstico da psoríase é feito?

O exame físico da área afetada é o principal método para o diagnóstico da psoríase. O dermatologista analisa o aspecto da parte do corpo que apresenta os sintomas, considerando o relato do paciente.

Afinal de contas, é preciso avaliar o histórico familiar e do próprio paciente para entender as causas do problema. Mas, em alguns casos, exames diferentes podem ser solicitados, como uma biópsia, para descartar outras doenças e confirmar o diagnóstico.

Quais são os tratamentos para a psoríase?

Para tratar a psoríase, é necessário entender quais fatores de risco podem ter contribuído e os sintomas. Por exemplo, se for motivada por algum medicamento, pode-se substituir o produto ou cessar o seu uso. Se o estresse for o problema, deve-se buscar um tratamento psicológico complementar.

De todo modo, o tratamento visa sempre reduzir as inflamações e a formação das placas, normalizando a aparência da pele, uma vez que não há uma cura definitiva. Assim, é importante atuar de maneira preventiva para que não surjam novas inflamações.

Para tanto, o médico pode indicar um tratamento tópico, com o uso de cremes e pomadas, sistêmico (medicamentoso) e por fototerapia. Vai depender de cada caso e de como a psoríase se manifesta no paciente.

As formas mais leves costumam ser tratadas com medicação tópica, para aliviar os sintomas, como corticoides e outras substâncias. Também podem ser recomendados hidratantes e protetores solares para prevenir novas infecções e uma rotina de cuidados com a pele. 

Em casos mais graves e generalizados, pode ser necessário um medicamento sistêmico, via oral ou intravenosa, que trate e combata novas lesões. Os mais indicados são anti-inflamatórios corticoides e imunossupressores. No entanto, devem ser usados por um curto período e apenas com recomendação médica, devido ao risco de efeitos colaterais.

Já a fototerapia é indicada como um tratamento complementar, em que a pele é exposta aos raios ultravioleta de maneira controlada. Pode ser usada tanto para tratar casos atuais quanto para prevenir a formação de novas placas.

O fato é que a psoríase pode parecer simples nas primeiras ocorrências, muitas vezes sendo negligenciada pelas pessoas. No entanto, é fundamental buscar tratamento quanto antes para evitar infecções maiores e mais persistentes. Portanto, procure um médico logo que surgirem os primeiros sintomas.

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