Diversos problemas de visão podem afetar as pessoas de todas as idades, desde o nascimento até a terceira idade. Os mais comuns são a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo, que prejudicam a capacidade de enxergar e focar os objetos, a chamada acuidade visual.
Apesar de algumas semelhanças, esses problemas não são a mesma coisa, gerando muitas dúvidas nas pessoas. Por isso mesmo, muita gente ainda usa os termos dificuldade para “ver de perto” ou “ver de longe”. No entanto, essas são apenas algumas características dessas condições, que também costumam ter outros sintomas.
Assim, é fundamental procurar um oftalmologista para fazer o diagnóstico correto, seguido pelo tratamento mais adequado. A seguir, explicamos um pouco mais sobre a hipermetropia e suas diferenças para o astigmatismo e a miopia. Continue lendo e saiba como se prevenir!
O que é hipermetropia?
A hipermetropia, ou hiperopia, é uma condição em que a luz passa por uma refração, formando uma imagem atrás da retina. Isso acontece por uma deformação no globo ocular ou na córnea, que tendem a ter uma curvatura maior do que o normal.
Dessa forma, do mesmo modo que acontece na presbiopia, há a dificuldade para enxergar de perto, sendo que os objetos mais próximos são vistos sem foco, embaçados. Por outro lado, os objetos mais distantes são vistos perfeitamente.
Qual a diferença do astigmatismo e da miopia?
Antes de tudo, é bom esclarecer que tanto a hipermetropia quanto o astigmatismo e a miopia estão relacionados a causas hereditárias. Ou seja, ainda que alguns fatores de risco possam influenciar, é a genética que determina a ocorrência ou não desses problemas.
Além disso, todos esses problemas são considerados erros de refração. Assim, a luz sofre uma alteração no seu percurso natural dentro do olho, formando uma imagem diferente do que seria em uma pessoa com visão normal.
No entanto, enquanto na miopia a imagem se forma antes da retina, na hipermetropia a imagem é processada depois. Portanto, no primeiro caso temos uma dificuldade maior para enxergar os objetos distantes e no segundo, para ver os objetos mais próximos.
Por sua vez, o astigmatismo se destaca pela perda de foco visual, formando uma imagem dupla na retina. Com isso, a imagem dos objetos fica desfocada e borrada tanto de longe quanto de perto.
Uma pessoa pode ter os três problemas ao mesmo tempo, desde que não seja no mesmo olho. Pode acontecer de haver miopia e astigmatismo em um, e hipermetropia e astigmatismo em outro, mas nunca miopia e hipermetropia juntos.
Quais são os principais sintomas?
A principal característica da hipermetropia, e também seu sintoma mais marcante, é a dificuldade para enxergar de perto. No entanto, isso acontece de maneira diferente nas pessoas. Vai depender bastante da capacidade de acomodação visual, ou seja, a adaptação visual do cristalino para compensar o foco. Isso costuma acontecer melhor em indivíduos mais jovens.
Com o tempo, a tendência é que ocorra uma perda gradual dessa capacidade de acomodação, fazendo com que o erro de refração seja mais percebido. Assim, é comum que a hipermetropia se agrave com a idade, mesmo que existam as condições para a sua ocorrência desde cedo.
Conforme a hipermetropia se agrava, outros sintomas podem ocorrer, como:
- visão embaçada de perto e de longe;
- dores de cabeça;
- dores nos olhos;
- ardência;
- irritabilidade dos olhos;
- náuseas.
Como é feito o diagnóstico?
Primeiramente, é utilizada a projeção de letras e números de tamanhos diferentes, que testam a acuidade visual do indivíduo, que precisa conseguir fazer a leitura à distância. Esse teste dá indícios de que existe um erro de refração.
O diagnóstico definitivo da hipermetropia é obtido por meio de um exame oftalmológico simples, conhecido como exame de refração. Nele, o médico usa um aparelho chamado autorrefrator, que analisa o grau de refração de modo automático.
Outro aparelho, o Greens, tem um conjunto de lentes refrativas. Quando posicionadas no olho do paciente, ajudam o oftalmologista a entender qual o grau mais adequado para melhorar a visão da pessoa.
Além deles, exames complementares podem ajudar na obtenção de um diagnóstico mais preciso, como o mapeamento da retina, que verifica o fundo do olho e a tonometria, que afere a pressão intraocular.
Quais são os tratamentos?
De modo geral, o oftalmologista costuma recomendar o uso de lentes corretivas, na forma de óculos ou lentes de contato. Elas compensam a curvatura da córnea ou o tamanho maior do globo ocular. Essa não é uma solução definitiva, sendo que o indivíduo precisa trocar as lentes regularmente para se adaptar ao aumento no grau da hipermetropia.
O tratamento definitivo acontece apenas com a cirurgia refrativa, na qual um cirurgião refaz a curvatura da córnea. Existem diferentes métodos, incluindo o implante de uma lente intraocular. No entanto, o procedimento cirúrgico não é uma opção para todas as pessoas, pois é necessário atender a alguns critérios, como a estabilidade no aumento do grau.
É possível perder a visão?
É muito difícil uma pessoa perder a visão em decorrência da hipermetropia. Porém, ela pode aumentar as chances de ocorrência de outros problemas que levam à cegueira, como a catarata e o descolamento de retina. Até mesmo porque o problema já provoca muito desconforto visual desde o início, fazendo com que a pessoa busque uma solução logo que aparecem os primeiros sintomas.
O fato é que a hipermetropia é uma condição gradual, que tende a evoluir com os anos. No entanto, costuma se estabilizar depois dos 22 anos, quando o indivíduo completa o seu desenvolvimento, podendo retornar a piorar depois dos 40, quando ocorre a perda da capacidade de acomodação visual.
Portanto, é bem comum que os pacientes comecem a usar óculos ainda na infância ou na adolescência, mudando o grau de acordo com a evolução do problema. Na idade adulta, a cirurgia se torna uma opção.
Como prevenir a hipermetropia?
Um grande mito associado à hipermetropia é que ela acontece em decorrência dos hábitos de vida. Dessa forma, por ter causas genéticas, não pode ser evitada, já que as pessoas nascem com o problema.
A diferença é que a dificuldade para enxergar pode evoluir bastante com o tempo, principalmente se não forem adotadas medidas corretivas. Assim, é fundamental procurar um médico oftalmologista para exames de rotina todos os anos, principalmente depois do diagnóstico.
De todo modo, é possível conviver bem com a hipermetropia. Para tanto, consulte um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas e faça um check-up anual para evitar que esta e outras doenças oftalmológicas se desenvolvam.
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