embrião de uma gravidez ectopica embrião de uma gravidez ectopica

Gravidez ectópica é perigosa? Descubra aqui os riscos!

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Quando a fecundação gera o grupo de células conhecido como embrião, o ideal é que ele se desloque para a cavidade uterina, a fim de promover o desenvolvimento da gestação. A partir do momento em que isso não acontece, a gravidez ectópica é gerada. 

Essa condição é capaz de provocar diversos riscos à vida de uma mulher, por isso, se faz necessário buscar uma ajuda médica o mais rápido possível. Por ser bastante complexa, iremos responder as principais dúvidas neste artigo.

Saiba mais aqui o que é gravidez ectópica, tipo, diagnóstico, tratamentos e perguntas frequentes:

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é a consequência da implantação errônea do embrião. Em resumo, acontece no momento em que ele apresenta um desenvolvimento que não acontece na cavidade uterina – que corresponde a onde é possível encontrar um revestimento interno conhecido como endométrio. 

Em condições normais, os gametas feminino e masculino deveriam entrar em contato dentro da trompa para que a fecundação seja feita, até que o grupo de células cresça e passe a situar-se dentro do útero. 

Porém, quando existe alguma desordem funcional nas trompas, como é o caso de estreitamento ou bloqueio, a alteração é ocasionada. Embora seja uma intercorrência rara, o problema pode estar no próprio embrião. 

Isso significa que não é possível que a gestação se desenvolva normalmente, ou seja, seus termos de duração são afetados, evoluindo apenas por algumas semanas. 

O motivo é disso é que nas trompas de Falópio – onde geralmente ocorre –  não existe uma quantidade suficiente de sangue, oxigênio e nutrientes que possam ajudar no crescimento do feto, assim como também não há um espaço ideal. 

Grande parte das vezes, o saco gestacional  (estrutura que abriga o feto) sofre com sua ruptura entre a 6ª e 16ª semanas de gravidez ectópica, aproximadamente. À medida que as estruturas demoram para se romperem, maiores são as chances de que haja uma perda muito grande de sangue, podendo ser fatal. Entretanto, trata-se de um fator bastante raro. 

Geralmente, as gestantes que passam por essa alteração são aquelas que possuem ou já possuíram infecções sexualmente transmissíveis, endometriose ou até mesmo uma gravidez ectópica. 

Existe mais de um tipo de gravidez ectópica?

Existem diversos tipos de gravidez ectópica, que podem ser distinguidos a partir do local onde acontece a implantação do óvulo fecundado. Confira a seguir:

  1. Gravidez tubária: considerada a variedade mais frequente dessa condição, consiste no desenvolvimento do embrião na trompa, independente se está situado na parte mais interna ou mais externa;
  2. Gravidez ectópica abdominal: corresponde ao desenvolvimento do embrião na região abdominal, aderindo-se no peritônio, além de áreas como os intestinos e a bexiga;
  3. Gravidez cervical: condição na qual o embrião se desloca da cavidade uterina para situar-se no colo do útero;
  4. Gravidez ovariana: acontece quando o embrião se instala no ovário;
  5. Gravidez heterotópica: embora seja uma condição rara, ocorre quando existe uma gestação ectópica simultânea a uma gestação intra-uterina

embrião situado nas trompas de Falópio na gravidez ectópica

Como saber se a gravidez é ectópica?

Os sintomas de gravidez ectópica ajudam a identificar a sua presença, sendo semelhantes à gestação comum, como:

  • irregularidades no ciclo menstrual;
  • cólicas abdominais;
  • crescimento e sensibilidade das mamas;
  • enjoos;
  • fadiga
  • tonturas. 

No entanto, a partir de algumas semanas os sinais mais severos começam a manifestar, como presença de sangue anormal saindo da vagina, vômito, palidez, desmaios e hemorragia. Por esse motivo, é muito importante que a paciente faça exames capazes de confirmar a gestação, além de testes de gravidez. 

É possível que sejam feitos exames complementares de diagnóstico. Estamos falando do exame de sangue que mede o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG), auxiliando na detecção da presença da condição. 

Um outro exemplo de diagnóstico da gravidez ectópica é o ultrassom transvaginal. Nesse procedimento, há como verificar se o feto não está situado no útero e posteriormente esperar para procurá-lo em outras regiões, como a trompa. 

O exame de laparoscopia costuma ser útil para visualizar essa presença de forma direta. Ele conta com o auxílio de um laparoscópico, que transmite precisão para os tratamentos. 

É importante ressaltar que é preciso medir os níveis de hCG no sangue regularmente nos casos em que não há confirmação da condição em nenhuma das hipóteses, sem haver uma manifestação de sintomas severos. 

Os níveis são elevados ligeiramente, então, quando não aumentam de acordo com o ideal, tudo indica que a paciente esteja enfrentando uma gravidez ectópica.

Tratamentos gravidez ectópica

Uma vez que a gravidez ectópica é identificada, a mulher precisa imediatamente recorrer às assistências médicas definidas pelo profissional de saúde responsável pelo seu diagnóstico. 

Os tratamentos podem ser feitos à base do uso de medicamentos ou da realização de intervenções cirúrgicas. Ambos visam manter a saúde da mulher, impedindo que complicações irreversíveis aconteçam. 

Uso de medicamentos 

Com os avanços diagnósticos, os recursos de tratamento para gravidez ectópica foram aprimorados, assim como seus meios de detecção. Essa mudança significativa trouxe a possibilidade de realizar procedimentos menos invasivos, resolvendo a situação apenas com o uso de medicamentos.

Em situações leves, que não apresentam rupturas, uma medicação é injetada para que não se precise utilizar a cirurgia. Dessa forma, uma redução progressiva da condição é contida, até que ela desapareça completamente. 

Após tal administração, é crucial que o profissional de saúde faça exames de sangue para medir os níveis de hCG semanalmente, a fim de verificar se houve sucesso durante a realização. 

Quando a hCG não é identificada, significa que tudo ocorreu bem. Ao contrário, é possível que seja necessário passar por outra administração ou até mesmo uma intervenção cirúrgica. 

Laparotomia e laparoscopia 

Visto que os métodos menos invasivos, como acontece na administração de medicamentos, são feitos quando não há presença de ruptura, as intervenções cirúrgicas, obviamente, serão realizadas quando ela existir. O feto e a placenta são retirados por meio de uma cirurgia, que também pode ser indicada quando os resultados dos exames de sangue estão alterados. 

Uma abertura cirúrgica na cavidade abdominal, chamada de laparotomia, é feita quando a mulher está apresentando um quadro severo que necessita de um tratamento imediato. Enquanto isso, um exame endoscópico na mesma cavidade pode ser indicado nos casos em que a mulher não apresenta maiores complicações. 

Contando com o auxílio de um laparoscópico inserido nessa região por meio de uma incisão abaixo do umbigo, a laparoscopia permite que a gravidez ectópica seja removida. 

Esse procedimento pode ou não consertar as trompas de Falópio, mas isso vai depender de cada situação. Por fim, as pacientes que estão enfrentando danos mais agressivos na cavidade uterina podem precisar de uma histerectomia, que consiste na remoção completa do útero. 

LEIA TAMBÉM: O que é gravidez psicológica? Saiba como ela é diagnosticada

embrião na gravidez ectópica

Perguntas frequentes sobre gravidez ectópica

Por ser um quadro extremamente complicado, a gravidez ectópica é capaz de gerar dúvidas na maioria das pessoas. Mulheres gestantes possuem medo de passar por essa situação, até mesmo quando tudo está ocorrendo bem com a gestação. 

No entanto, as assistências médicas durante o período gestacional fazem toda a diferença para um parto saudável. Confira a seguir as perguntas frequentes sobre a situação.

1. Na gravidez ectópica o bebê mexe?

Não é comum que o bebê se mexa na gravidez ectópica, levando em consideração o fato de que ele não é capaz de se desenvolver como acontece em uma gestação normal. Nesse caso, o feto permanece na região onde está alocado por poucas semanas. 

2. Gravidez ectópica aparece no teste de farmácia?

Tendo em vista que se trata de uma gestação, é possível que a mulher descubra que está grávida com o auxílio de um teste de farmácia. Contudo, a presença de uma gravidez ectópica só é detectada por meio da ultrassonografia, urgindo a necessidade de buscar ajuda médica.

3. Quem teve gravidez ectópica pode ter parto normal?

Outro questionamento frequente é se quem teve gravidez ectópica pode ter parto normal. Se a mulher conseguir engravidar mesmo depois de ter feito exames que detectam a presença do embrião nas trompas e realizado os devidos tratamentos, é possível que ela tenha um parto normal.   

Por mais que seja raro, existe a possibilidade de que o embrião se desenvolva no colo do útero, situação em que a paciente precisa fazer a histerectomia, retirando completamente o seu útero através da cirurgia. 

Embora se trate de um momento delicado, esse método só é feito em último caso para salvar a vida da mulher, evitando danos irreversíveis. De fato, há casos passíveis da retirada da gravidez ectópica, mas dessa forma o parto normal não pode ser feito. 

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