Você conhece a gastrite nervosa? Muitas vezes, surgem incômodos frequentes no sistema digestivo que afetam o dia a dia e a qualidade de vida dos pacientes, mas nem sempre eles conseguem identificar o motivo.
Uma das possíveis causas é a gastrite, uma doença estomacal inflamatória que causa dores, queimações e desconfortos. Contudo, ela pode ter diferentes origens e, em alguns casos, as alterações se devem ao estado emocional ou psicológico do paciente — por isso o uso do termo “nervosa”.
Para esclarecer de que se trata esse problema, quais os sintomas e os tratamentos, preparamos um conteúdo completo sobre o assunto. Continue a leitura e se informe!
O que é gastrite nervosa?
As gastrites são provocadas por processos inflamatórios no estômago, que podem ser causados por bactérias, medicamentos ou consumo de álcool. Todavia, quando a doença está ligada a fatores emocionais, é comum que ela não apresente inflamações nas mucosas estomacais.
Por isso mesmo, o conceito “gastrite nervosa” é alvo de discussão constante já que, sem outros fatores que desencadeiem inflamação, não se caracteriza uma gastrite. Assim, os médicos também podem adotar o termo “dispepsia funcional”, já que ele aborda o surgimento de dores e desconforto, sem que existam alterações estomacais que justifiquem o problema.
No entanto, por ser um conceito com o qual diversos pacientes estão familiarizados, facilitando a compreensão do problema, ele ainda pode ser usado em diagnósticos médicos.
Essa doença se caracteriza quando as questões emocionais desencadeiam reações estomacais, que podem ser confundidas com as gastrites ou, até mesmo, agravam inflamações já existentes que não foram diagnosticadas. Desse modo, é essencial compreender quais são as causas e os sintomas do problema, a fim de identificar o momento certo de fazer um check-up médico.
Quais as possíveis causas?
Como citado, as crises consideradas como “gastrite nervosa” podem ser resultado do agravamento de uma inflamação menor que, normalmente, não gera desconforto. Por isso mesmo, é fundamental procurar atendimento médico para avaliar.
Entretanto, quando a doença tem relações com o estado emocional do paciente, geralmente, está ligada a situações de estresse, nervosismo e pressão em determinadas situações. Entre elas, trabalho ou problemas pessoais, quadros de ansiedade e outras condições psicológicas.
Normalmente, quando se trata de gastrite gástrica, o paciente começa a sentir os sintomas ou tem crises fortes de dor e desconforto após passar por situações desagradáveis ou estressantes.
Quais são os sintomas?
Quando o quadro é classificado como gastrite nervosa, os sintomas enfrentados pelos pacientes são semelhantes aos da doença classificada como comum ou crônica. São eles:
- azia;
- queimação;
- sensação de estufamento ou estômago cheio;
- vômito;
- arrotos frequentes;
- dor no estômago;
- perda de apetite.
Diante da apresentação de qualquer sintoma de gastrite, é comum que o médico solicite diversos exames para confirmar o diagnóstico, antes de prescrever qualquer tratamento. Os testes mais comuns são:
- hemograma completo;
- exame de fezes;
- endoscopia digestiva alta.
Caso encontre alterações durante a endoscopia, o médico responsável faz a coleta de tecidos para enviar para a biópsia. Essa é uma medida importante para detectar tumores ou câncer, que também podem causar alguns dos sintomas comuns na gastrite.
Quais os tipos de tratamentos?
Antes de iniciar o tratamento, é fundamental identificar a real causa do problema: a gastrite agravada por fatores emocionais tem o desconforto potencializado com a ingestão de determinados alimentos, ou distúrbios psicológicos que afetam o funcionamento do organismo. Entretanto, existem algumas indicações comuns para os casos, veja só!
Alimentação
A alimentação do paciente pode agravar os quadros inflamatórios ou trazer desconfortos que se confundem com a gastrite. Nem sempre o organismo tem capacidade para digerir alguns alimentos. Assim, após a ingestão, o paciente começa a sentir os sintomas ou o agravamento do problema.
Diante disso, é comum que parte do tratamento exija atenção aos alimentos ingeridos, evitando ou, ao menos, reduzindo o consumo de diversos itens para evitar crises. Os principais são:
- refrigerante;
- café;
- frituras;
- comidas muito gordurosas;
- chocolate;
- alimentos cítricos;
- bebidas alcoólicas;
- embutidos (salsicha, presunto, mortadela etc.).
Atividades físicas
As atividades físicas são importantes para a saúde do corpo e da mente. Elas garantem resistência, controle de peso, e produzem endorfina, que é um hormônio que aumenta a sensação de bem-estar.
Com a prática, é possível melhorar os sintomas emocionais, reduzindo os impactos do estresse, da ansiedade e de outros distúrbios no organismo, incluindo as crises de gastrite nervosa.
Terapia
Se a causa ou o agravamento do problema tem ligação com as emoções do paciente, é fundamental que ele procure atendimento psicológico para identificar a origem e fazer o tratamento. As consultas são importantes para compreender os motivos dessas alterações e aprender a lidar melhor com as situações desagradáveis.
Além disso, o psicólogo pode encaminhar o paciente para atendimento psiquiátrico, a fim de garantir um acompanhamento com medicamentos. Nesses casos, é comum a indicação de calmantes e outros fármacos que ajudem no controle dos sintomas emocionais.
Medicamento
Uma das principais causas da gastrite é a bactéria Helkicopacer pylori, também conhecida como H. pilory. Nem sempre ela faz com que o paciente apresente sintomas, mas pode estar presente em casos que, inicialmente, parecem ter apenas ligação emocional.
Nessa situação, o paciente precisará fazer um tratamento com antibióticos e remédios que ajudem a controlar a acidez do estômago para combater a bactéria. Em todos os casos, também é comum a indicação de tratamentos que ajudem a controlar a acidez estomacal para aliviar sintomas e evitar crises de gastrite.
Quando há relação com transtornos psicológicos, o paciente pode receber indicação de medicamentos pelo psiquiatra.
Como é feita a endoscopia?
A endoscopia é o exame mais utilizado para examinar o estômago, esôfago e parte do intestino, para encontrar causas de desconfortos abdominais. O preparo para o exame é fazer jejum de oito horas e evitar medicamentos antiácidos, que podem interferir no resultado. É permitido tomar água até quatro horas antes do exame.
O paciente se deita de lado na maca e um fino tubo, chamado de endoscópio, é inserido pela boca. Para evitar o desconforto pelo uso do tubo, o paciente recebe, antes, uma dose de sedativo para que relaxe.
As imagens obtidas podem ser gravadas, e o médico responsável pode usar o mesmo procedimento para recolher material para biópsia, retirar pólipos e aplicar medicação, caso seja necessário.
Por conta dos sedativos aplicados no paciente para o exame, recomenda-se que a pessoa tenha um acompanhante para sair do laboratório, e que não dirija ou trabalhe com máquinas após o exame.
É possível evitar a gastrite nervosa?
Se a gastrite nervosa é resultado de um estilo de vida estressante e má alimentação, é possível evitá-la? Sim, se houver modificações na forma de conduzir sua rotina.
O primeiro passo é procurar ajuda para cuidar de sua saúde mental, com um psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais poderão ajudar a identificar que pontos de sua vida estão causando o estresse que se manifesta nos sintomas da gastrite nervosa.
Outro ponto importante que deve ser levantado é melhorar sua alimentação, evitando alimentos que potencializem a gastrite, como café, alimentos ácidos, álcool, açúcar e cigarro. Uma dieta balanceada, com “comida de verdade”, é o caminho para uma vida mais saudável.
Alguns alimentos são recomendados para aliviar os sintomas da gastrite. Legumes e verduras cozidos ajudam no processo de mastigação e digestão, reduzindo as funções do estômago. Por conta de seu efeito antiácido, a maçã deve ser consumida com frequência.
Peixes de água fria, como o salmão e a sardinha, têm a substância ômega 3, que reduz a inflamação no estômago. Outros alimentos que ajudam são as frutas vermelhas. As mais conhecidas são morango, amora e framboesa, que têm flavonoides em sua composição, antioxidantes que auxiliam na cicatrização.
Existem, ainda, alimentos que devem ser evitados, para reduzir as chances de se desenvolver uma gastrite nervosa. O primeiro da lista é o café, já que seu principal ativo, a cafeína, ataca as mucosas do estômago.
Bebidas ácidas, como refrigerantes e sucos de frutas como abacaxi e limão, precisam ser evitadas. Bebidas alcoólicas podem causar irritação na mucosa gástrica, podendo causar sangramentos.
Não é recomendável beber nenhum líquido nas refeições. O estômago já produz um suco ácido para digerir os alimentos e, com a ingestão de líquidos, ele fica mais diluído e leva a uma digestão mais lenta.
Embutidos como salsicha, linguiça, salame e outros podem causar inflamações no estômago, por conta de seu alto teor de sódio, devendo ser evitados por quem sente queimação e pode desenvolver gastrite.
Como procurar atendimento médico?
Caso apresente algum sintoma de gastrite, é fundamental procurar atendimento médico para que ele avalie a condição, solicite os exames necessários e prescreva o melhor tratamento. O ideal é procurar especialistas em Gastroenterologia, que é a área focada no sistema digestivo.
Para facilitar, você pode contar com o suporte de uma rede de clínicas populares, que oferecem atendimento de qualidade por um preço acessível. No AmorSaúde, por exemplo, é possível marcar consulta com médicos das diversas especialidades, facilitando o acesso aos tratamentos necessários.
Agora que você já sabe o que é a gastrite nervosa, fique de olho em qualquer alteração e marque uma consulta, caso sinta algum sintoma. Assim, é possível garantir o diagnóstico correto e, se necessário, os tratamentos mais adequados.
Para mais informações de como ter uma vida saudável e encontrar atendimento médico de qualidade, assine nossa newsletter para entender como o AmorSaúde pode ajudar você!
A AmorSaúde é a rede de clínicas populares que mais cresce no Brasil, oferecendo diversas especialidades como cardiologia, oftalmologia, odontologia e ginecologia.
Se você gostou deste conteúdo e deseja investir mais na sua saúde, agende já sua consulta conosco!