Os dias mais longos e as temperaturas mais elevadas no verão criam condições ideais para atrair multidões às nossas belíssimas praias e estimular outras práticas de atividades ao ar livre. No entanto, é preciso maior cuidado com a exposição excessiva ao sol devido ao risco de câncer de pele.
Nesse contexto, vamos apresentar informações relevantes sobre câncer de pele e apontar suas principais causas, sintomas e fatores de risco. Veja, ainda, outras questões que exigem atenção redobrada e saiba como cuidar da pele e evitar a doença. Boa leitura!
Como surge o câncer de pele?
O câncer de pele é provocado pelo crescimento descontrolado de células que compõem as camadas mais internas da pele. Mas o desenvolvimento desse tipo de tumor depende de diferentes fatores que, quando surgem em conjunto, elevam os riscos do surgimento da doença.
No entanto, assim como acontece com as outras neoplasias, se descoberto no início, o tumor na pele tem mais chances de cura. Existem diversos tipos de tumores de pele, que podem ser benignos ou malignos. Para facilitar a compreensão, eles estão divididos em dois grupos principais:
- melanomas: são mais comuns, mas menos perigosos;
- carcinomas: também chamados de câncer de pele não melanoma, são mais agressivos.
O que aumenta os riscos de câncer de pele?
Listamos os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer de pele. Observe:
- exposição prolongada ao sol e à ação dos raios ultravioletas;
- pessoas de pele e olhos claros, com cabelos loiros ou ruivos;
- indivíduos albinos, por serem desprovidos de melanina;
- histórico familiar ou pessoal de câncer de pele;
- histórico de outros tipos de câncer;
- sistema imune debilitado;
- bronzeamento artificial.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Como já descrito, o câncer de pele está subdividido em dois grupos. Veja mais detalhes!
Não melanoma
Esse é o tipo de câncer de pele mais frequente entre a população brasileira. Além disso, esses tumores têm uma incidência de cerca de 30% de malignidade entre os casos registrados no país. Os dados são recentes e foram divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Este tumor apresenta altos índices de cura, desde que seja detectado nos estágios iniciais e tratado precocemente. Entre os tipos de doenças neoplásicas da pele, o tumor não melanoma tem menor mortalidade, apesar de ser mais frequente na população.
Outra característica importante é que essa neoplasia é mais comum em pessoas com idade superior a 40 anos. Esse câncer de pele é raro em crianças e em pessoas afrodescendentes, já que esse grupo apresenta maior quantidade de melanina na pele. Porém, pessoas negras portadoras de outras doenças cutâneas apresentam risco elevado para a doença.
Entre os diferentes tipos de câncer de pele não melanoma, os mais comuns são os seguintes.
Carcinoma basocelular
É o mais comum, porém é o menos agressivo e, por isso, apresenta maior chance de cura. O carcinoma basocelular é caracterizado por lesões que provocam feridas ou nódulos na pele, geralmente na face.
Carcinoma espinocelular
Normalmente, esse tumor surge por meio de feridas ou sobre cicatrizes, sobretudo quando são originadas por queimaduras. A maior gravidade desse carcinoma é o risco de apresentar metástase, ou seja, a capacidade de um câncer de se espalhar para outros locais do corpo.
Melanoma
Os tumores de pele do tipo melanoma recebem esse nome devido à sua origem: eles surgem nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina. Além de dar cor à pele, a melanina é um pigmento escuro que funciona como proteção contra os efeitos prejudiciais da radiação solar, principalmente os raios ultravioleta.
Ainda que os melanomas sejam mais evidentes em brancos, negros e orientais também são susceptíveis à doença, caso não tomem as devidas precauções ou tenham mais fatores de risco associados. Vale frisar que, além da associação com a exposição solar, os melanomas têm forte influência da herança genética.
Como prevenir esse tumor?
Mesmo que todo câncer de pele não seja igual, as medidas preventivas são as mesmas para todos. Isso torna o diagnóstico precoce fundamental para uma resposta mais positiva ao tratamento desses tumores. Ficar de olho nos sinais, em manchas na pele ou em pintas com aspecto diferente é importante para evitar a progressão da doença.
Enumeramos algumas práticas relevantes para prevenir o câncer de pele. Confira!
Utilize filtro solar adequado ao seu tipo de pele
Como vimos, a exposição excessiva ao sol em horários inapropriados eleva os riscos para a doença. Por isso, é necessário se conscientizar quanto a esses cuidados e usar protetor adequado ao tipo de pele.
Além disso, o uso de filtro solar deve ser inserido na rotina diária de cuidados com a pele em outras estações também. Como nosso clima é tropical, há dias quentes o ano inteiro e, por isso, o uso do bloqueador solar é imprescindível.
Investigue manchas e pintas na pele
Para ajudar os grupos de risco na percepção de alterações na pele — como o surgimento de manchas e de pintas — a chamada regra do ABCDE é muito útil. Por meio dela, é possível fazer uma avaliação de cinco características dos sinais que podem aparecer na pele. Veja bem:
- Letra A, de assimetria: significa que a forma da lesão é irregular;
- Letra B, de borda: ajuda a observar se as bordas são irregulares ou apresentam limites normais;
- Letra C, de coloração: indica se a lesão apresenta variação na cor;
- Letra D, de diâmetro: auxilia na observação do tamanho da lesão. Quando maior que seis milímetros, há maior risco para o câncer;
- Letra E, de evolução: atenção às mudanças nas características da mancha ou da pinta. Observar formato, coloração, sangramento e se elas crescem ou não.
Por fim, vale ressaltar que o câncer de pele surge silenciosamente e nem sempre apresenta sintomas. Logo, é de extrema importância desenvolver o autocuidado e observar o aparecimento de sinais sugestivos da doença. Na dúvida, o ideal é procurar um dermatologista para avaliar os riscos e manter a pele saudável.
Tratamento do câncer de pele
O tratamento do câncer de pele pode variar dependendo do tipo e estágio da doença. Aqui estão alguns dos principais métodos de tratamento utilizados:
- Cirurgia: A remoção cirúrgica é comumente realizada para tratar o câncer de pele. O procedimento pode envolver a excisão do tumor e uma margem de tecido saudável ao redor, para garantir a remoção completa do câncer. Em casos mais avançados, pode ser necessário realizar uma cirurgia mais extensa, como a remoção de gânglios linfáticos.
- Criocirurgia: Nesse procedimento, o câncer de pele é tratado por meio do congelamento das células cancerígenas com nitrogênio líquido. A área afetada é congelada e as células cancerígenas são destruídas. Geralmente é usado para tratar lesões menores.
- Terapia fotodinâmica: É um tratamento que envolve a aplicação de um medicamento fotossensibilizador na pele afetada, seguido pela exposição à luz laser. A combinação do medicamento e da luz ajuda a destruir as células cancerígenas.
- Radioterapia: Nesse método, feixes de radiação são direcionados à área afetada para destruir as células cancerígenas. A radioterapia pode ser utilizada quando a cirurgia não é uma opção adequada ou quando o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos.
- Quimioterapia: Embora menos comum no tratamento do câncer de pele não melanoma, a quimioterapia pode ser usada em casos mais avançados ou quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo. Os medicamentos quimioterápicos são administrados por via oral ou intravenosa para destruir as células cancerígenas.
É importante destacar que o tratamento do câncer de pele deve ser personalizado de acordo com o paciente e as características específicas da doença. É fundamental consultar um dermatologista ou oncologista para avaliar o melhor plano de tratamento para cada caso individual. Além disso, a prevenção, incluindo proteção solar adequada e exames regulares da pele, é essencial para evitar o desenvolvimento de câncer de pele.
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