A hipertensão é uma das principais enfermidades que afetam os brasileiros, com cerca de % dos brasileiros com mais de 18 anos tendo pressão alta, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde feita em 2019.
Também segundo a pesquisa, cerca de 47% de pessoas com mais de 60 anos e menos de 65 anos, atingindo de 6 a 10 pessoas com mais de 75 anos.
Já em âmbito mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1 em cada 3 pessoas no mundo sofrem de pressão alta, com 80% dessas pessoas não recebendo um tratamento adequado.
Saiba aqui mais sobre, os tipos de hipertensão e como tratar:
Hipertensão, o que é?
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é um problema de saúde que afeta cerca de 30 milhões de brasileiros atualmente (Ministério da Saúde) e que é caracterizada pela elevação e sustentação da pressão arterial, que se encaixa igual ou superior a 140/90.
A hipertensão é causada principalmente por fatores hereditários. No entanto, demais fatores que motivam a hipertensão envolvem hábitos da qualidade de vida, fazendo com que a prevenção seja ainda mais importante do que o tratamento.
Além disso, deve-se dizer que a hipertensão é uma doença que não possui cura, devendo ser controlada dia após dia. Seus sintomas tendem a aparecer em casos mais graves, fazendo com que, no aparecimento desses, o cardiologista seja consultado com emergência.
Em caso de suspeitas ou de pessoas na família com pressão alta, recorra ao cardiologista o quanto antes. É por meio das visitas regulares a esse especialista que se é possível fazer a medição da pressão arterial com frequência e detectar qualquer alteração, seja pressão baixa ou pressão alta.
O diagnóstico poderá considerar ainda a avaliação do histórico familiar e exames como o exame MAPA.
Mesmo que a hipertensão seja comumente associada a pessoas idosas, vale entender que a doença pode acometer qualquer idade, afetando também crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Tipos de hipertensão
Poucas pessoas sabem, mais a hipertensão pode se classificar em diferentes tipos, de acordo com as suas possíveis motivações por trás:
1. Hipertensão arterial primária
A hipertensão arterial primária é o tipo de pressão alta mais diagnosticado, estando relacionada ao início do envelhecimento, principalmente em casos em que ele está associado ao aumento da rigidez da parede arterial.
É o tipo de pressão decorrente da vivência do indivíduo, que pode ser incitado tanto por fatores genéticos quanto ambientais como vícios e maus hábitos alimentares.
Esse tipo de pressão alta acomete entre 85% e 95% das pessoas hipertensas.
Entre as demais causas da hipertensão primária estão: consumo elevado de sódio (sal) e cafeína, tabagismo, sedentarismo e má alimentação.
2. Hipertensão arterial secundária
A hipertensão secundária possui causa conhecida, seja ela a gestação, estreitamento da válvula aorta, doenças renais, efeitos de medicamentos (analgésicos ou remédios de controle de peso, por exemplo) e transtornos hormonais suprarrenais (que afetam a glândula suprarrenal, responsável pela produção dos hormônios como o cortisol).
É um tipo de causa conhecida, englobando cerca de 5% e 15% das pessoas hipertensas. Cerca de 15% dos casos de hipertensão arterial secundária são causados pelo uso de medicamentos específicos.
Pode ser uma primeira suspeita em casos de pacientes mais jovens ou diante de tratamentos que requerem o uso de diferentes remédios, além de ser uma consequência direta de uma doença ou trauma.
Além dessas definições quanto à causa, a hipertensão pode ser classificada de acordo com seus graus evolutivos:
Pré-hipertensão: em que a pressão sistólica (maior valor verificado durante a medição da pressão) se encontra entre 120 e 129 mmHg ou pressão diastólica (menor valor) menor que 80 mmHg.
Estágio 1 da hipertensão: pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg.
Estágio 2 da hipertensão: pressão sistólica acima de 140 mmHg ou pressão diastólica maior de 90 mmHg.
Crise hipertensiva: pressão sistólica superior a 180 mmHg ou pressão diastólica maior do que 110 mmHg.
Quais os sintomas e complicações da hipertensão?
Uma vez que a doença já está manifestada e evoluída, entre os sintomas da hipertensão que podem ser percebidos estão: tontura, dor de cabeça latejante, dores no peito, zumbido no ouvido, visão turva, dificuldade de respirar e formigamento nos membros.
Na ausência do tratamento adequado, a hipertensão pode proporcionar prejuízos nas veias, artérias e órgãos, podendo proporcionar complicações severas, como aneurisma, infarto, arritmia, angina de peito, falência renal, insuficiência cardíaca e AVC.
Demais complicações estão o aparecimento de lesões nos olhos, redução do fluxo sanguíneo para o cérebro e até mesmo problemas de memória, dificuldade de aprendizado e demência
Quanto maior o tempo a pressão continuar alta, maior o risco de desenvolver uma complicação grave.
Tratamento da hipertensão
O tratamento da hipertensão é feito por cuidados adotados na rotina para o controle da doença e melhora da qualidade de vida:
- Alimentação equilibrada e saudável – evitando o consumo de alimentos ricos em sódio, ricos em carboidratos, frituras, alimentos gordurosos e ultraprocessados.
- Prática regular de exercícios físicos – pelo menos 3 vezes por semana;
- Boa ingestão de água – média de 2 litros por dia;
- Priorizar uma boa jornada de sono;
- Identificação e corte de hábitos estressantes na rotina;
- Adesão de hábitos relaxantes;
- Redução do consumo de cafeína e bebidas alcoólicas;
- Corte do consumo de cigarro e outras drogas.
É também por esses autocuidados que a doença pode ser prevenida, juntamente com a avaliação médica e exames de rotina feitos regularmente.
Dependendo do caso, o médico também poderá fazer a indicação de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores.
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