A sífilis é uma das doenças mais antigas do mundo, sendo descrita desde os primórdios da humanidade. Durante séculos, foi vinculada à promiscuidade e à falta de cuidados com a saúde, levando à morte de muitas pessoas. Até 1940, era tratada com plantas e substâncias como arsênico, até o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, como a penicilina.
No entanto, mesmo sendo antiga, fácil de ser evitada e tratada, a doença ainda causa preocupação em todo o mundo. Afinal de contas, são mais de 12 milhões de pessoas infectadas, avançando bastante no Brasil nos últimos anos, seguindo o Ministério da Saúde.
Considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), a sífilis tem contaminado cada vez mais pessoas. Muitas delas convivem com a doença por muito tempo, deixando de procurar ajuda médica por falta de informação. Dito isso, neste artigo, mostramos quais são os sintomas, as causas e como é feito o tratamento para sífilis. Confira!
O que é a sífilis?
A sífilis é uma infecção bacteriana, causada pela Treponema pallidum, que se espalha na circulação sanguínea por meio de pequenos cortes ou pelas mucosas da pele. A doença é uma das DSTs mais comuns, podendo afetar diferentes partes do corpo, sendo mais comum na região genital.
Uma característica da sífilis é que ela se diferencia de acordo com o estágio de desenvolvimento, apresentando sintomas específicos. No início da contaminação, ela pode permanecer por muito tempo na forma latente, não apresentando sintomas.
Depois, a doença evolui para a fase primária, em que os sintomas se restringem à região da virilha. Na fase secundária da sífilis, a doença começa a se espalhar pelo corpo, podendo voltar a ficar latente por alguns anos. Já a fase terciária é a mais grave, podendo ter consequências sérias para o indivíduo, inclusive a morte.
Outra característica da doença é que a bactéria pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gravidez. Neste caso, o bebê pode nascer prematuro, ter malformações ou até levar a um aborto.
Quais são as principais causas da sífilis?
Por ser provocada por uma bactéria, existem diferentes formas de transmissão da sífilis, como o contato com o sangue de uma pessoa infectada, nas transfusões de sangue e até da mãe para o filho, como já dissemos.
No entanto, a forma de transmissão mais recorrente acontece por meio da relação sexual. Inclusive, a sífilis é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, preocupando as autoridades sanitárias em todo o mundo.
Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas da sífilis são diferentes de acordo com cada estágio da doença. Com o tempo, tendem a se agravar, manifestando-se no corpo todo. A seguir, veja quais são os sintomas em cada fase.
Sífilis primária
Depois de cerca de 3 semanas da contaminação pela bactéria, o indivíduo apresenta um caroço rígido na região genital, conhecido como cancro duro (nome popular da doença por muito tempo). Nessa fase, a ferida não dói, podendo desaparecer em até 5 semanas.
Sífilis secundária
Com 6 a 8 semanas de infecção, a sífilis volta a ficar ativa se não for devidamente tratada. A bactéria começa a se multiplicar, espalhando por todo o corpo, principalmente pela pele das mãos, da boca e do nariz. Nesta fase, que pode durar até 2 anos, os sintomas mais comuns são:
- manchas avermelhadas na pele;
- descamação da pele e das mucosas;
- ínguas (linfonodos) por todo o corpo;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- dor de garganta;
- mal-estar;
- febre moderada;
- perda de apetite e de peso.
Sífilis terciária
A fase terciária aparece depois de um período de latência da bactéria. Ou seja, depois de mais de 2 anos da infecção, ela fica assintomática por um tempo, voltando a se manifestar de maneira ainda mais grave. Os principais sintomas são:
- lesões grandes na pele, na boca e no nariz;
- falhas nos órgãos internos, como coração, rins e pulmão;
- dor de cabeça intensa e constante;
- náuseas e vômitos recorrentes;
- rigidez do pescoço e da nuca, com dificuldade para movimentar a cabeça;
- convulsões;
- perda da capacidade auditiva;
- insônia;
- reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
- delírios e alucinações;
- redução da memória recente e da capacidade cognitiva.
Esses sintomas podem surgir e persistir até mesmo por 10 a 30 anos depois da infecção inicial. Por fim, se o indivíduo não for tratado, pode sofrer falência de órgãos ou um acidente vascular cerebral (AVC), levando à morte.
Sífilis congênita
Na sífilis congênita, o bebê pode apresentar sintomas desde os primeiros dias de vida ou até 2 anos depois do nascimento. Os principais são:
- manchas avermelhadas na pele;
- irritabilidade;
- perda de apetite e de peso;
- pneumonia;
- anemia;
- fraqueza nos ossos e nos dentes;
- perda da audição;
- deficiência mental.
Quais os fatores de risco?
Durante muito tempo se falou em grupos de risco para a contaminação das ISTs, como no caso da AIDS. No entanto, não existe necessariamente um grupo mais propenso a essas infecções, mas sim, comportamentos que aumentam o risco.
O principal desses comportamentos é a prática de sexo sem o uso de preservativos, sobretudo com múltiplos parceiros. Além disso, o uso de drogas injetáveis pode aumentar o risco. Pessoas infectadas com HIV também têm mais chances, uma vez que o sistema imune já está comprometido.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de sífilis é feito a partir da avaliação dos sintomas físicos e do histórico do paciente. Assim, caso ele tenha alguma ferida na região íntima, por exemplo, e tenha tido relações sexuais sem proteção, o médico pode solicitar os exames laboratoriais. Os testes podem ser indicados mesmo se a pessoa não apresentar sintomas, mas tiver feito contato íntimo sem preservativo.
O teste mais indicado é o VDRL, um exame simples, que verifica a presença da bactéria no sangue. Ele também é feito nas gestantes a cada 3 meses, como parte do pré-natal, para evitar a sífilis congênita. Nas mulheres, a doença pode, ainda, ser identificada durante o exame Papanicolau.
Quais são os tratamentos disponíveis e como evitá-la?
O tratamento mais indicado para a sífilis é o uso de antibióticos, principalmente aqueles à base de penicilina. Uma única injeção já é suficiente para evitar que a infecção evolua nos estágios iniciais ou que a mãe transmita a bactéria para o bebê. Depois, o paciente pode receber novas doses para impedir a reincidência da doença.
Apesar de ser uma infecção simples de ser tratada, a sífilis é uma doença grave. Por isso, o melhor mesmo é evitar a contaminação, por meio do uso de preservativos durante as relações sexuais. Além disso, é fundamental procurar um médico assim que surgirem os primeiros sintomas para fazer um tratamento adequado.
Conseguimos esclarecer suas dúvidas sobre a sífilis? Quer se consultar com um médico e fazer o exame para a doença?
A AmorSaúde é a rede de clínicas populares que mais cresce no Brasil, oferecendo diversas especialidades como cardiologia, oftalmologia, odontologia e ginecologia.
Se você gostou deste conteúdo e deseja investir mais na sua saúde, agende já sua consulta conosco!