A reconstrução mamária é uma cirurgia realizada em mulheres que, por algum motivo de doença ou acidente, precisam regenerar essa região tão delicada do corpo. A paciente pode escolher se esse procedimento será feito de modo imediato ou tardio, conforme a recomendação médica ou desde que se sinta preparada.
Dessa maneira, é fundamental entender todo o processo e os tipos de cirurgia para pensar com atenção a respeito do assunto. A boa notícia é que a tecnologia e o preparo médico estão bastante avançados e os resultados costumam ser satisfatórios. Assim como a recuperação, que é excelente quando os cuidados certos são ministrados.
Que tal se informar um pouco mais sobre o assunto? Tire suas dúvidas e veja outros detalhes explicativos a seguir!
O que é a reconstrução mamária e quais são seus benefícios?
A reconstrução mamária pode ser definida como uma cirurgia plástica reparadora. Ela acontece, normalmente, após a retirada do órgão após o tratamento contra um dos diversos tipos de câncer de mama. Boa parte das mulheres que passam pela mastectomia são encaminhadas para esse procedimento.
Algumas delas enxergam, nessa oportunidade, uma maneira de recomeçar a se valorizar e a se sentir bem com o próprio corpo. Essa abordagem é recorrente em campanhas para o Outubro Rosa, que trata sobre o combate ao câncer de mama. Como existem várias técnicas de reconstrução, a paciente é submetida a exames para que se defina a forma, o tamanho e a localização do tecido utilizado para o implante.
Na reconstrução imediata, a paciente passa pela mastectomia e pela reconstrução de uma única vez, e enfrenta também um único período de recuperação. Na reconstrução tardia, ela se recupera primeiro de suas condições clínicas para depois passar pela cirurgia.
Entre os principais benefícios, podemos considerar:
- simetria estética nas mamas;
- recuperação permanente do formato da mama;
- não ter a necessidade de usar próteses externas;
- renovação da autoestima e da autoconfiança.
É importante, contudo, lembrar-se de que a reconstrução chega muito perto de um resultado perfeito, mas é possível que a mulher carregue ainda pequenas cicatrizes ou mudanças na pele. Tudo deve ser devidamente discutido com o médico para uma boa avaliação de possibilidades. A cirurgia ainda pode ser custeada por diversos planos de saúde, então, estude essa questão, se você usa algum.
Quais são os tipos de cirurgia de reconstrução mamária?
Existem três tipos de cirurgia de reconstrução mamária, indicados para diferentes casos e situações. Saiba um pouco mais sobre cada um deles!
Retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM)
Nessa modalidade cirúrgica, pele, gordura e músculos são retirados da parte inferior abdominal para a reconstrução. O procedimento desenvolve uma espécie de túnel, que transfere o tecido até a mama, mas sem deixar de continuar preso à sua área de origem.
Desse modo, é possível manter a vascularização. As pacientes aptas para essa cirurgia são aquelas que contam com tecido adiposo sobressalente. Como a região de retirada do tecido fica enfraquecida, algumas vezes, é necessária a inserção de uma tela de polipropileno para reforço e segurança.
Retalho perfurante da artéria epigástrica (DIEP)
Aqui, ocorre a retirada de parte do tecido adiposo da barriga e a inserção na mama a ser reconstruída. Não há a utilização de tecido muscular, como acontece na TRAM, então, esse é um processo um pouco mais delicado.
Isso porque é preciso realizar uma microcirurgia durante o procedimento. Seu objetivo é ligar e conectar os pequenos vasos do tecido na região.
Retalho do músculo grande dorsal
Por fim, essa cirurgia realiza a rotação de um retalho ou músculo grande dorsal, ou seja, da região das costas, no mesmo lado da mama que será reconstruída. O procedimento é indicado para quando não existe pele suficiente na região da mama para iniciar a reconstrução.
Ou então, é impossível reconstruir com o retalho das outras regiões, por algum impedimento ou determinante de saúde. Entretanto, é também uma cirurgia segura, como as outras.
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Quais os possíveis riscos durante e após a cirurgia de reconstrução?
Como em qualquer cirurgia, a reconstrução mamária também envolve certos riscos e efeitos colaterais durante e após o procedimento. É importante frisar que o período de recuperação varia, a depender do caso. Em geral, a mulher se recupera em algumas semanas e pode retomar suas atividades dentro de alguns meses.
Entre os riscos mais comuns em relação à cirurgia, estão:
- problemas por causa da anestesia;
- hemorragia;
- formação de coágulos de sangue;
- rejeição ao tecido doado;
- inchaço e dor;
- infecção na região cirúrgica;
- fadiga;
- atraso na cicatrização.
No período de recuperação, o que pode acontecer é o seguinte:
- necrose do tecido, pele ou gordura;
- perda de sensibilidade na área;
- redução de força muscular na região de origem do tecido doado;
- necessidade de novas cirurgias;
- problemas com o implante devido a movimento, ruptura ou cicatrização.
A cirurgia ainda não é indicada para fumantes, uma vez que o tabagismo reduz o calibre de vasos sanguíneos e o envio de nutrientes e oxigênio aos tecidos. Isso pode atrapalhar muito a cicatrização ou gerar a necessidade de uma nova cirurgia.
Ainda é importante mencionar que, durante a volta às atividades normais, somente com orientação médica é possível continuar o uso do sutiã. Por vezes, o modelo cirúrgico é indicado até que adaptação seja feita para o modelo comum.
Atividades físicas e alongamentos também dependem do aval médico para ser retomados. Qualquer alteração percebida na pele, incômodos, dores e nódulos devem ser comunicados imediatamente ao profissional responsável pelo acompanhamento da paciente.
Por fim, é preciso ter disciplina no retorno médico e realizar todos os exames solicitados, como a mamografia periódica. Se algum outro problema se manifestar, como ansiedade e demais questões emocionais, é fundamental procurar ajuda especializada para que essa nova etapa seja compreendida e observada de perto, de modo a proporcionar uma boa adaptação.
A reconstrução mamária, é sem dúvidas, um procedimento que requer muito cuidado e atenção no pré e no pós-operatório. Porém, quando é realizada por profissionais de confiança e tem um bom período de recuperação, a tendência é de que o resultado seja muito positivo, mesmo diante das limitações.
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