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Desmistificando o exame de toque retal: entenda sua importância e realização

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Já vamos começar o post de hoje com uma verdade inconveniente, mas extremamente reveladora: segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Exatamente por isso, é fundamental atentar para as medidas de prevenção da doença, incluindo o toque retal.

Como é bastante comum que os homens encarem esse exame como tabu, na maioria das vezes fazendo brincadeiras a respeito, resolvemos abordá-lo aqui, agora, sem meias-palavras. Afinal, um procedimento tão importante para a saúde não pode ser tratado como piada. Vamos juntos desfazer essa aura de mistério envolvendo o toque retal? Confira!

Antes de mais nada, o que é o toque retal?

Localizada na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e na frente do reto, a próstata é uma glândula presente no organismo dos homens responsável pela produção de parte do sêmen. Em formato de maçã, é pequenina, do tamanho de uma noz.

O toque retal permite que o médico sinta a consistência da próstata a fim de detectar (ou não) a presença de anomalias, como inchaços ou nódulos, que podem indicar o desenvolvimento do câncer e outros problemas de saúde. Para fazer o exame, o médico utiliza uma luva descartável com lubrificante, introduzindo o dedo indicador no reto. 

O procedimento é indolor e rápido, com duração entre 15 segundos e 2 minutos. Eventuais desconfortos normalmente estão ligados à presença de algum problema inflamatório — mais uma confirmação, portanto, da necessidade do exame. Além da prevenção ao câncer, o toque retal serve para investigar a origem de problemas urinários ou perturbações intestinais, complementar o diagnóstico de apendicite e identificar a presença de hemorroidas.

Apesar de ser mais conhecido pelos homens, as mulheres também podem ter que se submeter ao toque retal a fim de investigar problemas no útero, nos ovários ou no canal vaginal, viu?

Quando é preciso fazer o toque retal?

Apesar de 75% dos casos de câncer de próstata surgirem a partir dos 65 anos de idade, os riscos de desenvolvimento da doença aumentam significativamente após os 50 anos. Por volta dessa idade, portanto, o homem já pode começar essa nova rotina de fazer o toque retal periodicamente.

Além disso, também é importante fazer o exame de sangue Prostate Specific Antigen (PSA), que em português significa Antígeno Prostático Específico. O PSA detecta a presença de uma glicoproteína que pode indicar a existência de tumores benignos e malignos.

Vale ressaltar que há uma certa controvérsia a respeito da frequência de repetição do exame de toque, tendo em vista que esse procedimento não é sinônimo de 100% de sucesso em relação ao diagnóstico. No entanto, como ele aumenta as chances de detecção e conseguiu ajudar na redução da mortalidade pela doença, o ideal é repeti-lo anualmente ou sempre que identificar sintomas como:

  • diminuição do fluxo de urina;
  • dificuldade ao urinar;
  • aumento da frequência de urina;
  • desconforto ou dor nos ossos pélvicos.

Por que é importante fazer o exame?

Quando o paciente sente algum tipo de sintoma, como obstrução e dificuldade de urinar ou necessidade de ir ao banheiro mais vezes ao dia, normalmente se trata de um tumor benigno. Nos casos de câncer, infelizmente, os sintomas costumam aparecer já em estágios mais avançados da doença, pois sua evolução é silenciosa. Nesse cenário, além dos sintomas relacionados à urina, a doença também pode provocar dor óssea, infecção generalizada ou insuficiência renal. 

Não tem como fugir: o exame é simplesmente fundamental para tentar garantir um diagnóstico precoce, aumentando assim as chances de recuperação total do paciente. Não dá para bobear.

Enquanto alguns tumores apresentam um desenvolvimento rápido e podem se espalhar para outros órgãos, aumentando os riscos de óbito, a maioria tem um crescimento lento, oferecendo menos riscos à saúde do homem. Também é preciso ficar de olho nos fatores de risco que vão além da idade. São eles:

  • incidência da doença no pai ou irmão antes dos 60 anos, o que pode acontecer por fatores genéticos, hábitos alimentares ou estilo de vida;
  • exposição a arsênio, aminas aromáticas, produtos de petróleo, Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), motor de escape de veículo, fuligem e dioxinas;
  • excesso de gordura corporal.

Nos casos de histórico familiar, os exames devem ser feitos a partir dos 40 anos, pois as chances de desenvolvimento da doença são 3 vezes maiores. Para os demais fatores de risco, consulte um médico e veja qual a indicação do profissional!

Em caso de alterações nos exames, o médico pode solicitar alguns procedimentos complementares, como a ultrassonografia transretal, exames de urina, fluxometria ou biópsia.

Quais os principais mitos sobre o toque retal?

Principalmente devido a alguns mitos que teimam em se disseminar, esse exame ainda gera diversas dúvidas nos homens. Para acabar de uma vez por todas com os boatos, reunimos e explicamos aqui os principais. Confira!

O toque retal dói

Como já dissemos, o exame é indolor e bastante simples, mas pode sim causar certo desconforto caso o homem tenha alguma inflamação ou não esteja suficientemente relaxado. Por mais que o toque possa ser feito com o homem em pé, deitado é melhor para garantir mais conforto. E o melhor de tudo é que dá para ter uma noção do diagnóstico na hora!

Se não há sintomas, não é preciso fazer o exame

Apesar de haver indicações para só realizar o toque quando surgirem sintomas, é preciso ter em mente que os exames preventivos são fundamentais para identificar o câncer em seus estágios iniciais. Na dúvida, consulte um médico para que ele avalie seu histórico e, a partir daí, indique a idade e a frequência ideais para dar início aos exames.

O PSA substitui o toque retal

Apesar de ser um exame importante, o ideal para garantir um diagnóstico completo é fazer os 2 procedimentos, pois um complementa o outro. O toque consegue identificar tumores bem pequenos, o que não acontece com o exame de sangue. Juntos, tais procedimentos conseguem detectar cerca de 90% dos casos de câncer.

Os exames de imagem podem substituir o toque

O câncer de próstata não surge com um foco concentrado, mas em diversos pontinhos pequenos. Por isso, é mais facilmente identificado com o toque feito pelo urologista, podendo passar despercebido nos exames de imagem.

Pronto! Agora que você já sabe da importância do toque retal e esclareceu as principais dúvidas sobre o assunto, é hora de marcar uma consulta para definir quando deve dar início aos exames! Lembre-se de que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e reduz os riscos de sequelas após o tratamento. Então o que ainda está esperando?

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