O mês de dezembro foi intitulado como mês de conscientização sobre o tratamento do HIV/Aids. A Lei nº 13.504/2017, da campanha Dezembro Vermelho, tem a finalidade de prezar pelos direitos humanos das pessoas com HIV/Aids e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Muitos ainda não conhecem todas as facetas dessa doença e, algumas vezes, ainda têm preconceitos sobre ela.
A campanha nacional tem a intenção de envolver a sociedade nessa luta para disseminar informações verdadeiras e que auxiliem o conhecimento sobre o vírus. Por isso, conversaremos sobre o que é o HIV e a Aids, as formas de prevenção e tratamento. Continue a leitura e conheça um pouco mais sobre essa campanha tão importante!
Quando surgiu a campanha?
A campanha Dezembro Vermelho surgiu, primeiramente, em 1988. Naquele ano, o Ministério da Saúde seguiu as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU) para criar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids e o HIV.
Tempos depois, em 2007, o governo federal instituiu a Lei nº 13.504, referente à Campanha Nacional de Prevenção ao HIV e à Aids. Essa campanha ficou conhecida como Dezembro Vermelho.
Por que o Dezembro Vermelho é fundamental?
A campanha é essencial para que possamos lidar com a doença precocemente e, também, para saber como se prevenir. Todos estão sujeitos a conviver com a Aids, tanto por conhecer alguém que é soropositivo quanto por ser soropositivo. Como é uma doença sem cura, é dever da sociedade se informar e dar apoio às pessoas que lidam diariamente com essa condição.
Qual é a diferença entre HIV e Aids?
No organismo, o vírus ataca o sistema imunológico, mais especificamente, os linfócitos T-CD4+, que são células de defesa. Depois de se multiplicar utilizando os linfócitos, o vírus enfraquece todo o sistema, deixando o corpo mais propenso a outras doenças. Esse vírus é o HIV (Human Immunodeficiency Virus).
Assim, ao incapacitar o sistema imunológico e deixar as doenças conhecidas como oportunistas atacarem o corpo, há o desenvolvimento da Aids (Acquired Immune Deficiency Syndrome), sendo a síndrome da deficiência imunológica adquirida.
Resumindo, muitas pessoas têm dúvidas de quando utilizar o termo HIV e quando falar Aids. Ao se referir a HIV, estamos tratando do vírus da imunodeficiência humana, que pode acarretar a síndrome da imunodeficiência adquirida, no caso, a Aids.
Como funciona o contágio? Veja formas de se prevenir
Para se prevenir, é necessário entender como a doença é transmitida e, assim, tomar os cuidados para que não haja a infecção. Vejamos as formas de contágio:
- relação sexual sem preservativo, seja vaginal, seja anal ou oral;
- transfusão de sangue contaminado;
- reaproveitamento ou compartilhamento de seringas;
- uso de alicates de unha sem esterilizar corretamente;
- por meio da gravidez, parto e amamentação.
A prevenção é a melhor forma de lidar com a doença, por isso, a campanha Dezembro Vermelho é uma forma de espalhar informações que promovam o diálogo e os cuidados. As maneiras de se prevenir são:
- usar preservativos em todas as relações;
- não compartilhar seringas e agulhas;
- usar luvas descartáveis;
- testar o sangue e hemoderivados antes da transfusão.
Assim como acontece para qualquer condição, o diagnóstico é o melhor caminho a ser seguido para prevenir complicações da infecção pelo HIV. Esse cuidado deve ser iniciado através da realização de exames laboratoriais específicos, que utilizam o sangue ou fluido oral do paciente.
Com essas realizações, há como identificar se os anticorpos estão atuando contra o vírus, a qual costuma ser a prática mais abordada. Em algumas situações, é possível que aconteça a descoberta da existência do próprio vírus no organismo, bem como de suas partículas.
Embora seja difícil receber um diagnóstico de Aids, descobrir a doença de forma precoce é muito melhor do que enfrentar complicações e até mesmo danos irreversíveis. Portanto, é possível buscar esse auxílio até mesmo por meio de testes rápidos que estão disponíveis em todas as unidades de saúde do país.
Nos casos em que o paciente é submetido a uma situação em que houve chances de exposição ao HIV, é importante recorrer urgentemente a uma ajuda profissional. Essa exposição pode ser uma relação sexual sem proteção, o uso de luvas descartáveis e até mesmo o compartilhamento de objetos como seringas e agulhas.
Existe tratamento para a Aids?
A Aids não tem cura, mas sim, tratamentos que permitem a pessoa viver normalmente, mesmo sendo soropositiva. Ter uma boa qualidade de vida e conviver com a doença é possível.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) começaram a ser produzidos na década de 1980. Depois disso, a ciência só avançou e melhorou os tratamentos. A função da medicação é inibir a multiplicação do HIV no corpo e proteger o sistema imunológico. Isso possibilitou o controle da doença.
O acompanhamento médico, juntamente à medicação, não permite que a Aids evolua, e garante alguns benefícios, como:
- aumento da expectativa de vida;
- fortalecimento do sistema imunológico, não permitindo o desenvolvimento de doenças oportunistas;
- mais energia e disposição;
- melhora no apetite.
Podemos considerar o tratamento como forma de prevenção. Isso acontece porque, com a identificação do vírus e o combate a ele, a carga viral suprime e fica indetectável. O SUS (Sistema Único de Saúde) é um aliado ao tratamento da Aids, pois distribui os medicamentos ARV e oferece o suporte necessário para as pessoas que vivem com HIV (PVHIV).
Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, apontam que houve redução de mais de 61% de mortes relacionadas à AIDS desde 2004. Isso comprova que as formas de tratamento são eficazes e devem ser postas em prática o quanto antes. Segundo o Portal do Governo Brasileiro, existem 19 medicamentos no mercado para o tratamento contra a Aids.
Qual é a função da campanha Dezembro Vermelho?
A campanha Dezembro Vermelho tem a função de estimular a circulação de informações e falar sobre tratamento, diagnóstico precoce e como se prevenir contra a doença. É uma forma de organizar e aumentar a testagem da população e distribuir preservativos masculinos e femininos.
Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais eficaz o tratamento. Para isso, as pessoas precisam se conscientizar e fazer exames de rotina. Com isso, fica muito mais fácil descobrir a doença no início, pois o vírus já é detectado após 30 dias de contato de risco.
Além da Aids, outras infecções sexualmente transmissíveis podem ser descobertas por meio dos exames de rotina. Assim, esses preventivos também são parte do papel que a campanha Dezembro Vermelho executa.
Cuidar da saúde é um dever coletivo, e a informação é a grande aliada da sociedade. Ir ao médico, realizar exames, ler sobre as doenças e dialogar sobre elas são formas de conscientizar a população para garantir uma saúde pública de qualidade.
As campanhas de saúde, como o Dezembro Vermelho, servem para incentivar a troca de ideias e mostrar caminhos possíveis para pessoas que precisam de suporte e conhecimento sobre determinada patologia. Se você acha que a saúde deve ser levada a sério por todos, vista a camisa e debata sobre o Dezembro Vermelho. É parte do nosso dever como cidadão se unir contra às doenças e a favor da saúde de todos.
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Quais são as outras infecções sexualmente transmissíveis?
Assim como você viu ao longo do artigo, um dos objetivos da campanha dezembro vermelho é finalidade de prezar pelos direitos humanos das pessoas com HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, veja quais são elas.
- Herpes Genital
- Sífilis
- Gonorreia
- Clamídia
- Cancro mole
- HPV
- Hepatite B
1. Herpes genital
O herpes genital é uma das infecções sexualmente transmissíveis provocada pelo HSV-2, ou seja, pelo herpes vírus tipo 2. Quando um paciente é diagnosticado com essa condição, começa a apresentar lesões na pele e nas mucosas. Vale deixar claro que tanto um homem quanto uma mulher podem ser afetados por esses sintomas.
2. Sífilis
Enquanto isso, a sífilis consiste em uma infecção provocada pela bactéria Treponema pallidum, que possui a capacidade de se manifestar na pele através de feridas ou por meio de lesões nas mucosas. Essa é uma condição extremamente perigosa, visto que pode aparecer de forma silenciosa e logo em seguida agravar-se.
3. Gonorreia
A gonorreia é uma das infecções sexualmente transmissíveis, mas nesse caso ela é provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, causando sintomas como dor na parte inferior do abdômen, dor durante a micção ou relação sexual, corrimento amarelado que aparece fora do período menstrual e menstruação irregular.
4. Clamídia
A clamídia é provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis e costuma não apresentar sintomas em seus estágios iniciais. No entanto, a partir do momento em que não recebe os devidos cuidados, começa a apresentar diversos riscos para a saúde do homem e da mulher.
Alguns exemplos disso são desconforto na região genital ou abdômen, dor ou ardência ao urinar, vontade constante de ir ao banho e dor durante a relação sexual. À medida em que a doença progride, os sintomas são ainda mais graves.
5. Cancro mole
Enquanto isso, o cancro mole é provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, afetando tanto homens quanto mulheres. Quando os pacientes são acometidos, começam a enfrentar desconfortos como formação de feridas na região genital, dor ou ardência ao urinar e sangramento ao urinar.
6. HPV
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar verrugas em todo o corpo, especialmente na região genital e anal. Os seus sintomas mais frequentes também são prurido e sensação de ardência, o que causa um forte incômodo.
7. Hepatite B
A hepatite B também é uma doença viral, porém nesse caso ela é responsável por acometer o funcionamento do fígado, provocando lesões por todo o órgão. A condição deixa o paciente com a pele amarelada, sensação de cansaço constante, enjoo, alteração no apetite e dor no abdômen. Por isso, a campanha de dezembro vermelho se faz tão importante.
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