A esofagite é uma condição que pode afetar diretamente o bem-estar e a saúde digestiva. Compreender suas causas, sintomas e formas de tratamento é essencial para aliviar o desconforto e evitar complicações.
Continue a leitura e entende tudo o que precisas saber para lidar com esse problema de forma eficaz.
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ToggleO que é esofagite
Esofagite é uma inflamação no revestimento interno do esôfago, tubo que conecta a garganta ao estômago. Quando essa estrutura é afetada, o processo de engolir pode se tornar doloroso, além de comprometer o funcionamento adequado do sistema digestivo.
A irritação costuma ocorrer devido ao contato com substâncias agressivas, como o ácido gástrico, ou pela presença de agentes infecciosos ou reações alérgicas.
Com o tempo, se não for tratada corretamente, essa condição pode causar lesões mais graves e levar a complicações como úlceras, estenose ou até alterações celulares.
Causas mais comuns da esofagite
Diversos fatores estão ligados ao desenvolvimento da esofagite. O mais recorrente é o refluxo gastroesofágico, em que o conteúdo ácido do estômago retorna ao esôfago, provocando inflamação.
Outro fator comum é o uso prolongado de medicamentos, especialmente anti-inflamatórios não esteroides e antibióticos, que podem agredir o tecido esofágico.
Infecções causadas por fungos, vírus ou bactérias também estão associadas à doença, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido.
Há ainda casos relacionados a alergias alimentares, em especial em indivíduos com esofagite eosinofílica, onde o corpo reage de forma exagerada a determinados alimentos.
Sintomas frequentes da esofagite
A presença de esofagite pode se manifestar por meio de sinais bastante incômodos. Um dos sintomas mais relatados é a dor ou dificuldade ao engolir, sensação que pode se intensificar ao ingerir alimentos sólidos ou bebidas quentes.
Em algumas situações, pode surgir queimação no peito, que se confunde facilmente com sintomas de problemas cardíacos. Náusea, regurgitação, tosse seca persistente e gosto amargo na boca também são sinais comuns.
Em quadros mais severos, pode ocorrer perda de apetite, perda de peso e até sangramentos, perceptíveis por meio de vômitos com traços de sangue ou fezes escurecidas. Esses indícios indicam a necessidade urgente de avaliação médica.
Esofagite Erosiva
A esofagite erosiva é uma inflamação do esôfago que causa lesões visíveis na mucosa esofágica. Essas lesões surgem quando o conteúdo gástrico, principalmente ácido, entra em contato com o revestimento interno do esôfago, provocando irritação e danos.
O problema é mais comum em pessoas que sofrem de refluxo gastroesofágico, mas também pode ocorrer em situações de uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios, consumo excessivo de álcool ou infecções.
Essa condição pode provocar sintomas como dor ou ardência no peito, dificuldade para engolir, sensação de alimento preso na garganta e, em casos mais graves, vômitos com traços de sangue.
A intensidade dos sintomas varia conforme a gravidade das lesões e a resposta individual do organismo. O diagnóstico é realizado por meio de endoscopia digestiva alta, exame que permite visualizar diretamente as erosões e classificá-las conforme o grau de comprometimento.
O tratamento da esofagite erosiva inclui mudanças na alimentação, como evitar alimentos gordurosos, cítricos, café e bebidas alcoólicas, além do uso de medicamentos que reduzem a produção de ácido estomacal.
Nos casos mais leves, a resposta ao tratamento é rápida. Já nos quadros mais avançados, a recuperação exige maior acompanhamento médico e, em certos casos, intervenção cirúrgica.
Esofagite Erosiva Grau A de Los Angeles
A esofagite erosiva grau A de Los Angeles representa o estágio inicial da inflamação esofágica segundo a Classificação de Los Angeles, utilizada para padronizar a avaliação da gravidade das lesões.
Neste grau, observa-se uma ou mais erosões com menos de 5 mm de comprimento que não se estendem entre as pregas da mucosa esofágica. Mesmo sendo o nível mais brando, ainda exige atenção e tratamento adequado.
Embora as lesões sejam pequenas, elas indicam que o revestimento do esôfago já foi agredido pelo ácido gástrico. Ignorar o tratamento nesse estágio pode levar à progressão da inflamação para graus mais severos, com risco de estreitamento do esôfago, hemorragias ou desenvolvimento de condições como o esôfago de Barrett.
É essencial adotar medidas que impeçam o agravamento da esofagite erosiva grau A de Los Angeles. O uso de inibidores da bomba de prótons, como o omeprazol, é bastante eficaz nesse estágio.
Além disso, manter uma rotina alimentar equilibrada, evitar deitar-se logo após as refeições e reduzir o estresse contribui significativamente para a recuperação e prevenção de recorrências.
Mesmo nos casos mais leves, o acompanhamento médico é indispensável para garantir que o tratamento esteja surtindo efeito. O monitoramento contínuo por meio de exames de imagem e avaliação clínica ajuda a evitar complicações futuras e melhora a qualidade de vida.
Como é feito o diagnóstico da esofagite?
Para confirmar a presença de esofagite, o médico avalia os sintomas relatados e pode solicitar exames específicos. A endoscopia digestiva alta é o principal procedimento utilizado, pois permite visualizar diretamente o interior do esôfago e identificar sinais de inflamação, erosões ou outros danos.
Durante o exame, é comum a realização de uma biópsia, em que pequenos fragmentos do tecido esofágico são retirados para análise laboratorial.
Outros exames complementares, como o pHmetria esofágica, ajudam a medir o nível de acidez no esôfago, especialmente em casos relacionados ao refluxo. A radiografia com contraste também pode ser indicada para observar alterações na estrutura do órgão.
Tratamentos indicados para esofagite
O tratamento da esofagite depende da causa identificada e da gravidade do quadro. Em situações causadas por refluxo ácido, os inibidores de bomba de prótons, como o omeprazol, são amplamente utilizados para reduzir a produção de ácido estomacal.
Medicamentos que promovem o esvaziamento gástrico também podem ser indicados para facilitar a digestão e diminuir o contato do ácido com o esôfago.
Quando a esofagite tem origem infecciosa, o uso de antifúngicos, antivirais ou antibióticos é necessário, conforme o agente identificado.
Já nos casos de esofagite alérgica, o tratamento envolve a exclusão dos alimentos desencadeantes e, em alguns casos, o uso de corticoides. Mudanças no estilo de vida são essenciais para manter os resultados a longo prazo.
Alimentação recomendada para quem tem esofagite
A escolha dos alimentos certos é uma etapa fundamental no controle da esofagite. Itens com baixo teor de gordura e de fácil digestão devem ser priorizados, como legumes cozidos, frutas não ácidas, grãos integrais e carnes magras.
Evitar alimentos que estimulam a produção de ácido gástrico, como café, chocolate, bebidas alcoólicas, refrigerantes, frituras e comidas muito temperadas, ajuda a reduzir os sintomas e prevenir novas crises.
É indicado realizar refeições menores ao longo do dia e evitar deitar logo após comer, pois isso favorece o refluxo. Mastigar bem os alimentos e comer devagar também contribuem para uma digestão mais eficiente e menos agressiva ao esôfago.
Possíveis complicações da esofagite não tratada
Quando a esofagite não recebe o tratamento adequado, pode evoluir para quadros mais graves. Uma das complicações mais comuns é a formação de úlceras no revestimento do esôfago, que causam dor intensa e sangramentos.
Em alguns casos, ocorre a estenose esofágica, que é o estreitamento do canal esofágico, dificultando a passagem dos alimentos. Existe ainda o risco de desenvolvimento da condição conhecida como esôfago de Barrett, em que as células do esôfago sofrem alterações e aumentam a probabilidade de câncer esofágico.
A inflamação crônica e contínua compromete a qualidade de vida e exige acompanhamento constante para evitar danos permanentes.
Formas de prevenir a esofagite
Adotar hábitos saudáveis é uma das melhores maneiras de prevenir a esofagite. Manter uma alimentação equilibrada, evitando alimentos que favorecem o refluxo, como frituras, alimentos muito condimentados e bebidas gaseificadas, ajuda a proteger o esôfago.
Controlar o peso corporal reduz a pressão sobre o estômago e minimiza o risco de retorno do ácido gástrico. Praticar atividade física com regularidade e evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro também faz diferença.
Durante o sono, elevar a cabeceira da cama e evitar refeições próximas ao horário de dormir contribui para evitar o refluxo. Realizar exames de rotina e buscar orientação médica ao notar sintomas são atitudes que fortalecem a prevenção.
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