Mulher madura medindo sua pressão arterial com um dispositivo médico Mulher madura medindo sua pressão arterial com um dispositivo médico

Autocuidados para Hipertensão Arterial: saiba como se cuidar!

9 minutos para ler

A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição de saúde que, se não controlada e cuidada corretamente, é capaz de trazer prejuízos graves à saúde e qualidade de vida.

A pressão alta é classificada pelo Ministério da Saúde como sendo uma doença crônica, tendo o Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial promovido em 17 de maio anualmente pelo World Hypertension League (WHL) e o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial no dia 26 de Abril.

Saiba mais sobre a hipertensão arterial e os autocuidados necessários neste artigo:

Hipertensão arterial, o que é?

A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pela elevação dos níveis da pressão sanguínea nas artérias, sendo percebida quando os níveis estão acima de 140 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio).

A enfermidade é bastante comum, atingindo cerca de 38,1 milhões de brasileiros acima de 18 anos, ou seja, 23,9% dessa população, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019.

De acordo com a mesma pesquisa, o número se agrava depois dos 75 anos, presente em 62%.

Mesmo com os dados altos relacionados à hipertensão arterial, vale ressaltar que é comum que haja a ausência dos cuidados necessários e tratamento, mesmo com os danos que podem ser causados à saúde.

Sintomas da hipertensão

A hipertensão arterial é uma doença caracterizada por altos níveis de pressão sanguínea, no entanto, existem sintomas que sinalizam esse tipo de condição, podendo assim fazer com que a pessoa busque pelo check-up o quanto antes para a confirmação.

São os principais sintomas da hipertensão:

  • Dor de cabeça;
  • Dor de peito;
  • Palpitações;
  • Alterações da visão;
  • Falta de ar;
  • Tontura;
  • Sangramento nasal.

É importante se atentar a esses sinais, já que a hipertensão tende a ser uma doença silenciosa. Uma vez identificada, os níveis de pressão devem ser conferidos regularmente, já que com a presença dos sintomas, pode-se indicar que os níveis da pressão podem estar muito acima do indicado.

A doença também pode-se manter silenciosa e não apresentar nenhum sintoma, ficando assim por meses e até anos, até que ocorra algum episódio como um derrame cerebral.

Há também fatores de risco a serem considerados, fazendo com que seja possível a premeditação e prevenção da condição.

Entre os fatores de risco que podem ser citados estão estresse, obesidade, envelhecimento e histórico familiar. A obesidade e o sobrepeso podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença, além de que o consumo exagerado de sal, associado a uma má alimentação, também possibilitam que a doença se desenvolva.

 

Autocuidados para hipertensão arterial

Como dito, para reverter a hipertensão arterial, é essencial que sejam tomados cuidados que vão além do consultório médico, que englobam toda a rotina e que impactam significativamente na qualidade de vida do paciente.

Veja aqui quais são os principais autocuidados a serem tomados:

Alimentos de dieta bem equilibrada e controle da pressão arterial para cuidados cardíacos

1. Dieta saudável

A qualidade da alimentação é determinante tanto para a prevenção da hipertensão quanto para o tratamento. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), existem algumas dietas que proporcionam um bom resultado para o controle da pressão alta.

Um exemplo dessas dietas para hipertensão é o padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que deve ser composto de alimentos ricos em minerais, fibras, frutas, hortaliças e laticínios com pouca gordura. De acordo com a SBC, por meio dessa dieta é possível reduzir em até 14% o desenvolvimento da doença.

Outro modelo indicado, que é bastante conhecido, é a dieta do mediterrâneo, que possui em sua composição frutas e hortaliças, com a redução de carboidratos e alimentos gordurosos. Dietas que visam a baixa de gordura tendem a ser excelentes para reduzir a pressão dos pacientes.

No entanto, é importante que a escolha da dieta tenha participação de um profissional da saúde especialista em nutrição, para que assim seja selecionada a dieta ideal de acordo com suas necessidades nutritivas.

Para analisar a eficiência da dieta, é importante que haja o acompanhamento por meio de exames feitos diversas vezes ao ano, para que seja avaliada qualquer deficiência nutricional.

2. Redução do consumo de sódio

Considerando que o alto consumo de sódio é um dos principais motivadores para a hipertensão, é importante que haja a preocupação quanto a diminuição do sódio na alimentação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o brasileiro consome uma quantidade de sódio diária maior do que a recomendada, normalmente o dobro, sendo que a indicação é que ela seja controlada proporcional a 3 colheres de café rasas ou a uma colher de chá (5g).

É importante se atentar em especial a essa questão já que além da diferença no controle da doença, deve-se ter em mente que o sal vai além da comida caseira, estando ligado a quantidade de alimentos processados salgados consumidos.

Logo, evite consumir alimentos industrializados e opte sempre por temperos naturais em suas refeições, como orégano, ervas finas e pimenta. Além disso, evite consumir congelados pela mesma questão.

3. Parar de fumar

O tabagismo é um dos principais fatores que levam a hipertensão, além de ser extremamente prejudicial à saúde por diversos outros motivos.

Uma vez que o consumo de tabaco aumentou, desde o primeiro cigarro já é possível perceber o aumento da pressão.

Logo, quem é fumante deve optar reduzir drasticamente o hábito e optar por eliminá-lo de vez.

4. Reduzir o consumo de álcool

Reduzir o consumo de álcool também é de suma importância para o controle da hipertensão. Diante de um consumo excessivo, além da elevação da pressão arterial, também se aumenta consideravelmente a chance de AVC e infarto.

Logo, assim como o hábito de fumar e o tabagismo, o ideal é que o consumo de álcool seja reduzido consideravelmente e eliminado de sua vida.

Vale ressaltar que mesmo que de início as bebidas alcoólicas baixarem a pressão depois de ingeridas, em um período de algumas horas já é possível perceber a sua elevação.

O recomendado pela SBC a pessoas hipertensas é um consumo de no máximo 700 ml de cerveja, 300 ml de vinho e 50 ml de vodka, uísque ou destilados.

5. Controle do estresse

O estresse também está por trás da hipertensão arterial e deve ser controlado com cautela. Pessoas hipertensas devem buscar formas de controlar o estresse psicossocial em seu cotidiano, de acordo com possíveis gatilhos e situações recorrentes.

Existem técnicas que podem ser aplicadas ao longo da semana que podem ajudar bastante e diminuir de forma moderada a pressão arterial, tal como meditação, yoga, musicoterapia e biofeedback.

Além do controle do estágio físico-mental, é possível perceber um impacto positivo em relação a enxaquecas e dor de cabeça.

Outras dicas que podem ajudar a controlar o estresse são não levar problemas do trabalho para casa, relaxar ao chegar em casa, tomar banho quente antes de dormir, manter uma rotina de sono adequada e praticar regularmente atividade física.

6. Prática regular de atividades físicas

É muito importante que a prática regular de alguma atividade física esteja presente em sua vida, indo além do controle da pressão alta e estresse.

É recomendada a prática de exercícios aeróbicos, como caminhadas ao menos 3 vezes na semana por cerca de 30 minutos por dia. Exercícios aeróbicos são mais indicados, uma vez que diante do processo ocorre a dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos que normalmente são contraídos e estreitos.

Por meio de uma simples caminhada diária possibilita um efeito redutor da pressão arterial por cerca de 24 horas.

No entanto, antes de iniciar a constância com a atividade física, não deixe de fazer um check-up com um médico para saber a condição do corpo e o organismo, para assim saber o ritmo ideal de começar.

Doutor que escuta o coração do paciente com estetoscópio

7. Exames em dia

Se tratando dos cuidados quanto à hipertensão, é importante que todas as medidas a serem tomadas sejam mediadas pelo médico. Logo, os cuidados também começam ali, no consultório.

É importante que os cuidados de controle partam de um princípio, e no caso, esse princípio é a sua condição atual de saúde.

É ainda a partir da consulta que o médico pode analisar a necessidade de medicamentos.

LEIA TAMBÉM: O que é hipertensão gestacional e quais as consequências?

8. Tratamento por medicamentos

Pacientes que possuam algum fator de risco e possuam um nível médio de pressão arterial acima do ideal, o médico cardiologista poderá solicitar a associação do tratamento pela mudança dos hábitos cotidianos com o tratamento medicamentoso ou farmacológico.

No entanto, aqui cabe um tratamento passado considerando as particularidades do paciente, suas necessidades e comorbidades.

Entre os medicamentos que podem ser indicados estão: diuréticos, betabloqueadores, antagonistas do canal de cálcio e Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) ou Bloqueadores de receptores da angiotensina (BRA).

9. Controle de peso

Por fim, considerando que a obesidade é um dos fatores de risco da hipertensão arterial, além de todas as suas motivações que levam à enfermidade, um hipertenso e uma pessoa propensa à hipertensão deve se manter de olho e controlar o seu peso buscando sempre mantê-lo no ideal.

O índice de massa corporal de hipertensos deve permanecer entre 18,5 e 24,9 kg/m². O cálculo do IMC é feito a partir do cálculo: peso / (altura)².

Quanto às medidas de circunferência abdominal recomenda-se abaixo de 102 cm em homens e abaixo de 90 cm em mulheres.

Não deixe de cuidar da sua saúde e lembre-se, o melhor tratamento é a prevenção.

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