Durante a gravidez, a mulher precisa redobrar a atenção e os cuidados com a saúde. Afinal de contas, seu corpo está gerando uma nova vida. Alguns fatores podem contribuir para o surgimento de complicações, como é o caso do diabetes gestacional, que pode acometer qualquer mulher, especialmente, aquelas com maiores fatores de risco.
De maneira geral, é normal que as taxas hormonais das mulheres sofram alterações nesse período e uma das consequências disso pode ser o desenvolvimento da doença. Quando o problema é tratado e as futuras mamães seguem as recomendações médicas, a gestação tem tudo para ter um desfecho feliz, tanto para a mãe como para o bebê.
Para você que tem dúvidas sobre o tema, não sabe a diferença entre os diferentes tipos de diabetes, causas da doença no período gestacional e como fazer a prevenção, explicamos os principais tópicos sobre o assunto. Confira!
O que é diabetes gestacional?
Para começar, é bom entender o que é o diabetes e a diferença entre os seus tipos, pois cada um têm características, causas e fatores de risco. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, há o diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
Um importante órgão no corpo humano é o pâncreas, que fica próximo ao estômago e tem uma função vital no nosso dia a dia. É ele que produz hormônios e controla o nível de glicose na corrente sanguínea.
Falando sobre o diabetes tipo 1, ele acomete cerca de 10% das pessoas que lidam com a doença. Ocorre porque o organismo não consegue liberar insulina suficiente para transformar a glicose em energia — que é usada nas diferentes atividades que o corpo tem ao longo dos dias.
Esse tipo de diabetes pode ser diagnosticado tanto na infância quanto na juventude e na vida adulta. O seu tratamento envolve dieta equilibrada, atividades físicas, medicamentos e insulina, que ajudam a adequar a taxa de glicose no corpo.
Já o diabetes tipo 2 é o que mais afeta a população que tem a doença, cerca de 90% dela. Nessa situação, o corpo não produz de maneira suficiente ou mesmo falha ao usar a insulina para equilibrar os níveis de glicose. Em alguns casos, uma melhora na alimentação e atividades físicas já controlam o problema, mas dependendo da gravidade, será preciso usar insulina e/ou medicamentos.
Os dois primeiros tipos de diabetes precisam ser controlados e o paciente, seguindo as orientações médicas, pode ter uma vida saudável. Já o diabetes gestacional, que afeta cerca de 4% das grávidas, é uma situação temporária, mas que requer atenção.
Por conta da diferença nos níveis hormonais durante a gravidez, a placenta acaba interferindo e reduzindo a ação da insulina. Para equilibrar isso, o normal é que o pâncreas produza mais insulina, no entanto, em algumas mulheres isso não acontece e o nível de glicose no sangue aumenta, resultando em diabetes gestacional.
Quais são os sintomas?
Uma mulher grávida precisa visitar o médico com mais regularidade que outras pessoas. Isso já ajuda a diminuir as chances de ter doenças e mesmo fazer diagnósticos precoces, que ajudam no tratamento das mais variadas condições de saúde.
No caso do diabetes gestacional, muitas vezes, a grávida nem percebe os sintomas ou mesmo os confunde com sinais típicos de uma gravidez. Para identificar esse tipo de diabetes, os médicos fazem testes, geralmente, por volta do sexto mês de gestação.
No entanto, em alguns casos em que há fatores de risco ou mesmo histórico em gestações anteriores, o exame pode ser feito com maior antecedência. Normalmente, os sintomas mais comuns de diabetes gestacional são:
- fome e/ou sede excessiva;
- cansaço além do normal;
- a mulher e/ou bebê ganham peso além do normal;
- vontade de urinar com maior frequência;
- inchaço nos membros inferiores.
Quais são as causas?
Durante as consultas de pré-natal, o próprio médico estará atento para os possíveis fatores de risco de diabetes gestacional. No entanto, é interessante que a grávida também conheça as situações que podem favorecer o desenvolvimento da doença para cuidar ainda mais da saúde.
O que pode causar a doença nesse período, geralmente, envolve os seguintes fatores de risco:
- idade avançada da gestante;
- ganho de peso além do recomendável durante a gestação;
- obesidade ou sobrepeso antes mesmo da gravidez;
- histórico de gestação com diabetes ou mesmo bebê que tenha nascido com peso superior a 4 quilos;
- histórico de diabetes gestacional na mãe da grávida;
- pressão alta durante a gravidez;
- mulher com síndrome dos ovários policísticos;
- gravidez de gêmeos.
Viu só como existem múltiplos fatores que podem influenciar no surgimento da doença? Claro que alguns deles são controláveis, como o caso do aumento de peso excessivo. No entanto, quando há histórico familiar ou mesmo gravidez de gêmeos, a gestante não tem muito o que fazer.
Como prevenir?
Depois de saber alguns dos principais fatores de risco que favorecem a doença, já dá para se ter uma ideia sobre os cuidados de prevenção. Entre eles, manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios regularmente — desde que autorizado pelo médico.
Podemos dizer que os cuidados de prevenção não são tão difíceis de ser seguidos e, normalmente, o que a grávida precisa fazer é o seguinte:
- visitar o médico com a frequência recomendada durante todo o pré-natal;
- cuidar da alimentação e seguir uma dieta saudável e equilibrada antes mesmo de engravidar;
- manter uma rotina de atividades físicas antes mesmo da gravidez e continuar com ela durante a gestação, seguindo as orientações do médico;
- diminuir a ingestão de açúcar, principalmente, de fontes que não são saudáveis, como doces, refrigerantes e sobremesas em geral;
- consumir mais fibras presentes nos legumes, frutas, vegetais e cereais.
Quais os tratamentos?
Em cada caso, o médico da gestante vai determinar o melhor tratamento a ser seguido, sempre baseado nos exames feitos periodicamente para avaliar a curva glicêmica. Normalmente, a recomendação será relacionada à alimentação.
Para manter os níveis de açúcar normais no sangue, a grávida vai precisar ingerir alimentos saudáveis, fazer refeições fracionadas durante todo o dia, diminuir o consumo de gordura e açúcar. Caso não tenha problemas, exercícios físicos leves também serão recomendados.
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de insulina. A boa notícia é que essa condição termina no parto, no entanto, quem passa por isso, tem mais riscos de desenvolver diabetes tipo 2. Então, é preciso ter atenção!
Depois deste post, com certeza, você já sabe muitas informações importantes sobre diabetes gestacional, não é mesmo? De toda forma, se sentir qualquer dos sintomas de diabetes apontados, não deixe de procurar o seu médico.
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