As mulheres modernas vivem sob o estresse de uma rotina conturbada, com a jornada dividida entre o trabalho e a casa. Por causa da pressão exercida pela família e pela profissão, os cuidados com a saúde cardiovascular são deixados para segundo plano.
Cerca de 17,5 milhões de pessoas são vítimas fatais de doenças cardiovasculares, conforme dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desse total, aproximadamente, 8,5 milhões são mulheres, sendo que um terço delas morreram devido a complicações no coração — cerca de 2,5 milhões.
Mas por que isso acontece? Neste artigo, mostraremos por qual motivo as mulheres são as mais afetadas pelos problemas cardíacos, sendo tão necessário cuidarem da saúde do coração. Acompanhe!
Por que as mulheres são mais propensas às doenças cardíacas?
O corpo da mulher, geralmente, é menor que o dos homens, com uma estrutura muscular menos robusta e menos firme. Como o coração é um músculo, ele também é, certificadamente, menor nas mulheres; por esse motivo, bombeia menos sangue para o corpo.
Além disso, podemos citar outros fatores, como os ateromas, que podem obstruir as artérias e são mais perigosos em mulheres, devido ao fato de o calibre dos vasos delas ser menor, e a pressão arterial mais baixa.
Essas diferenças são determinadas pelos hormônios femininos, e a proteção cardiovascular promovida por esses hormônios pode ser perdida com o cessar da menstruação. Como consequência, na menopausa, a pressão arterial da mulher se assemelha à dos homens.
Mulheres também têm 50% a mais de chance de infarto em comparação aos homens. Além disso, a doença é a segunda maior causa de morte de mulheres, perdendo apenas para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), segundo o Ministério da Saúde.
Quais as consequências de não dar atenção à saúde do coração?
Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar. A falta de exercícios físicos e de uma alimentação adequada e a obesidade associada ao envelhecimento aumentam a hipercolesterolemia, assim como o risco hipertensivo e outros problemas cardiovasculares. Em mulheres obesas, fumantes e que fazem uso de pílula anticoncepcional, o risco de problemas cardiovasculares é três vezes maior.
Infarto
Quando o fluxo de sangue para o coração é interrompido, subitamente, por algum coágulo, a consequência pode ser um infarto do miocárdio, ou parada cardíaca, com a falta de oxigenação nos vasos. Quase 100 mil brasileiros morreram de infarto em 2017.
Nas mulheres, os sintomas de um infarto, como as fortes dores que ocorrem do lado esquerdo do peito, podem ser entendidos como os de outras doenças do dia a dia. Dessa forma, aos primeiros sinais de ataque cardíaco, deve-se procurar um médico.
Arritmia
Um coração sadio e em repouso bate de 60 a 100 vezes por minuto. Entretanto, podem ocorrer alterações nos batimentos do coração, que são conhecidas como arritmias cardíacas. A taquicardia é quando as batidas são mais aceleradas; já a bradicardia se dá quando os batimentos são mais lentos.
O coração feminino é menor em comparação ao dos homens; por isso, bombeia o sangue mais rapidamente, o que torna as mulheres mais suscetíveis à arritmia. Os sintomas que indicam esse problema podem ser facilmente confundidos com desequilíbrios de cunho emocional.
Aterosclerose
Os acúmulos de gordura nas paredes das artérias formam as chamadas placas ateroscleróticas ou ateromas, caracterizando um quadro clínico conhecido como aterosclerose, que impede a passagem do sangue pelos vasos.
Quais os fatores de risco para os problemas cardíacos?
Existem diversas razões para que surjam doenças cardiovasculares. No caso das mulheres, a queda na produção de hormônios depois dos 40 anos pode agravar o problema. A seguir, listamos os fatores de risco mais relevantes que, sozinhos ou combinados, podem prejudicar a saúde do coração da mulher.
Sedentarismo
As pessoas com colesterol alto, hipertensivas e diabéticas precisam manter uma rotina de atividade física para evitar o sobrepeso, um complicador que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A atividade física ajuda a queimar o excesso de gordura e açúcares acumulados, além de garantir muitos benefícios ao sistema vascular.
Dieta rica em gordura e açúcar
A pressão arterial, assim como níveis elevados de colesterol, podem ser consequência de uma alimentação mais gordurosa, que pode levar à formação de placas nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo.
Além disso, a produção ineficiente de insulina ocasiona o diabetes, o que aumenta a concentração de glicose no sangue. Esse quadro torna as pessoas diabéticas mais propensas a problemas cardiovasculares, principalmente nas mulheres com mais de 50 anos.
Hipertensão
Os altos índices de pressão arterial podem comprometer a integridade dos vasos sanguíneos, favorecendo o surgimento de coágulos, que bloqueiam o fluxo sanguíneo pelos vasos, aumentando os riscos de infarto do miocárdio e de outras doenças cardiovasculares.
Como a hipertensão é assintomática, é preciso cuidado, pois apenas uma pequena parte dos doentes mantêm a pressão sob controle.
Uma dieta rica em alimentos verdes e com pouco sal pode auxiliar na prevenção da doença. O mesmo com relação ao tratamento adequado, com a ingestão dos medicamentos indicados por um cardiologista ou angiologista e aferição periódica da pressão arterial.
Obesidade
Aproximadamente, 600 milhões de pessoas são consideradas obesas, num total de 1,9 bilhão de adultos que estão acima do peso. Para a OMS, trata-se de uma epidemia.
Uma fração significativa dos brasileiros é obesa, conforme dados mostrados numa pesquisa conduzida em 2017 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
Assim, é importante reservar um tempo para se dedicar à atividade física e se informar sobre como manter uma alimentação mais adequada, criando uma rotina saudável.
Além disso, pessoas com obesidade são mais propensas a problemas como pressão alta, hipercolesterolemia, excesso de açúcar no sangue e outras enfermidades.
Portanto, é fundamental que as mulheres façam check-ups regulares e adotem uma rotina saudável para cuidar da saúde do coração. Procure um médico regularmente para realizar exames de rotina e monitorar o funcionamento do sistema cardiovascular.
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