ortopedista ortopedista

Tudo o que você precisa saber sobre o profissional ortopedista!

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Com os avanços da medicina, as especializações se tornam parte indispensável do atendimento médico. Vale lembrar, também, que a automedicação é de enorme risco, e pode gerar graves problemas para a saúde. Assim sendo, a busca pelo profissional cuja especialidade esteja ligada à necessidade apresentada é essencial.

Nesse sentido, o ortopedista se destaca como o profissional responsável pelo entendimento do sistema locomotor humano e todas as suas facetas. A importância da Ortopedia é incontestável, e estudos na área têm auxiliado cada vez mais a boa qualidade de vida.

Continue por aqui para entender um pouco mais sobre a Ortopedia e a grande relevância do médico ortopedista!

O que é a Ortopedia?

Dentro do vasto campo da medicina, a Ortopedia abrange a saúde do sistema locomotor humano. Responsável pelos movimentos, ele é composto por outros dois sistemas: esquelético e muscular.

Diferentemente de áreas da medicina que são voltadas para faixa etárias específicas, a Ortopedia abrange desde crianças até idosos. Na infância, os desafios ortopédicos estão frequentemente mais relacionados às dores do crescimento ou malformações ósseas. Já na velhice, costumam estar ligados a problemas adquiridos ao longo da vida, desgastes musculares ou doenças.

É denominado como ortopedista o médico especialista em Ortopedia. Sua responsabilidade é a prevenção e o tratamento de enfermidades que possam vir a comprometer a mobilidade do corpo.

o que é ortopedista

Para que serve o médico ortopedista?

Quando uma dor atinge suas articulações, deve-se procurar por um ortopedista. Ele vai direcionar você aos exames necessários e traçar o perfil do problema. O profissional pode atuar em consultas e cirurgias, além de estudos para o avanço da área.

Entende-se que uma simples dor no corpo pode ser algo muito mais complexo do que o imaginado. Quanto antes for feita, a consulta ao ortopedista poderá prevenir a evolução de uma possível disfunção ou lesão. Ele indicará o tratamento necessário, seja com a ajuda de medicamentos, sejam as fisioterapias ou uma eventual cirurgia.

Quais são as principais doenças tratadas pelo ortopedista?

De maneira ampla, pode-se dizer que um médico da área ortopédica trata as doenças e lesões que afetam o sistema musculoesquelético. Ou melhor: ossos, tecidos moles, músculos, tendões e ligamentos — estruturas que, quando feridas ou afetadas por doenças, são diagnosticadas e tratadas por um ortopedista ou cirurgião ortopédico.

Os especialistas em Ortopedia também ajudam a prevenir o desenvolvimento de lesões e condições ortopédicas no futuro. Veja, na sequência, algumas das enfermidades mais comuns que esse profissional trata.

Artrose

Diferentemente do que se pensa, a artrose não é classificada como doença. É, na verdade, entendida como uma condição natural que qualquer pessoa, ao longo dos anos, pode desenvolver.

Enquanto a artrite é a inflamação das articulações, a artrose se apresenta como o agravamento delas. Também conhecida como osteoartrose, está relacionada ao desgaste da cartilagem presente nas articulações.

Estando comprometido o revestimento das extremidades dos ossos, acaba-se por gerar o atrito entre eles. Consequentemente, há dor e dificuldade em executar movimentos simples. Por vezes, a artrose é identificada em pessoas mais velhas, cuja cartilagem é comprometida pelo desgaste natural. Contudo, não se limita aos idosos.

É comum que atletas desenvolvam a condição, visto que praticam movimentos repetitivos. Torções e quedas também podem ser responsáveis, assim como a obesidade e trabalhos que requerem esforço físico, que sobrecarregue as articulações.

Em esportes como tênis, vôlei e natação, por exemplo, é comum que os indivíduos desenvolvam a chamada “Síndrome do Ombro de Atleta”. Trata-se de uma inflamação que atinge o membro superior, dificultando os movimentos.

Em muitos casos, é necessário interromper a rotina de treinos. A síndrome pode evoluir de uma inflamação para o desgaste, exigindo intervenção cirúrgica.

Trabalhadores que desempenham funções aparentemente inofensivas, mas que exigem repetição constante, estão suscetíveis à artrose. Secretárias e funcionários de telemarketing, que trabalham sentados, mas têm uma má postura dos ombros e braços, podem desenvolver a condição.

Lombalgia

Na atualidade, a lombalgia se enquadra como uma das principais causas do afastamento da rotina de trabalho. Embora a famosa “dor nas costas” seja normalizada, ela pode ser perigosa, e deve acender o sinal vermelho quando aparece.

Para isso, o acompanhamento de um ortopedista se torna indispensável. A lombalgia é, mais especificamente, a dor sentida na região lombar inferior, e pode ser diagnosticada como aguda, subaguda ou crônica.

Para os casos de lombalgia aguda, a dor costuma aparecer depois de um esforço feito para além dos limites do corpo. Ela é repentina e forte, mas costuma desaparecer depois de alguns dias.

Já para a lombalgia aguda, o tempo de duração da dor é mais longo, podendo se arrastar por até três meses. Também pode ser causado por esforço excessivo e, até mesmo, por uma má postura viciosa. A melhora, assim como na aguda, é natural, desde que haja a interrupção da atividade causadora.

Por sua vez, a lombalgia crônica, mais comum entre idosos, provoca dores que podem ser sentidas por um período maior do que três meses. Nesses casos, a causa do problema se torna mais difícil de ser apontada, visto que pode estar relacionada a vários fatores. Dentre eles, encontram-se histórico de trabalho, estresse, obesidade e tabagismo.

É possível, no entanto, que a lombalgia aguda evolua para a crônica, caso não sejam tomadas as devidas providências. A identificação do agente causador é essencial para que medidas sejam tomadas, tais como o afastamento e a escolha do tratamento adequado. A fisioterapia, por exemplo, é uma das mais comuns, mas deve ser supervisionada para não agravar o estado.

O médico ortopedista poderá identificar a razão do desconforto, bem como determinar o grau de seriedade. Poderá ser feito um atencioso exame físico e, para casos mais complexos, pede-se uma radiografia.

O diagnóstico de lombalgia entre pessoas mais velhas, como já dito, costuma envolver uma série de fatores que ocasionam a condição. No entanto, quando o quadro é apresentado por crianças e adolescentes, requer uma dose a mais de atenção. Como não é algo costumeiro, pode apontar para uma deformidade no desenvolvimento ósseo.

Joanete

Embora algumas pessoas pensem que joanete é um defeito genético, isso não é verdade. É uma patologia que pode ser desenvolvida, afetando, em maioria, pessoas adultas, e sem uma causa bem definida. As mulheres são dez vezes mais afetadas do que os homens. O uso de sapatos com bico fino, como saltos e sapatinhas, contribui para a evolução da deformidade.

Ela poderá ser tanto unilateral quanto bilateral. É mais comum que a deformidade se apresente como bilateral, afetando tanto o pé direito quanto o esquerdo.

A joanete é identificada em dois tipos: hallux valgus e Sastre. A hallux valgus é a mais comum, sendo a que afeta o “dedão” do pé. O nome em latim foi proposto pelo cirurgião Carl Heuter, em 1871.

O desalinhamento da articulação do pé provoca o alargamento ósseo. Isso faz com que o primeiro dedo se curve ao lado, entrando em choque com os outros, o que causa dor ao andar. Além do incômodo constante, a saliência óssea também impede o uso de determinados modelos de calçados.

Por outro lado, o tipo Sastre, ou joanete de alfaiate, afeta o quinto dedo, também conhecido como dedo mínimo. A condição foi relacionada à profissão do alfaiate pelo uso constante das máquinas de costura, que acabava gerando a joanete. Embora não seja tão comum quanto a hallux valgus, a Sastre também afeta uma porcentagem da população. Causa a deformidade na articulação lateral do dedo mínimo, deixando-o curvado ao lado interno do pé.

Nenhum dos dois tipos tem origem genética, diretamente. Mas existem predisposições, como pé plano, que direcionam para um funcionamento anormal dos pés. Em uma situação como essa, o quadro pode ser desenvolvido antes da idade adulta.

A joanete é tratável e o ortopedista, após avaliar o quadro, decidirá pelo meio conservador ou cirúrgico. O meio conservador objetiva atenuar os sintomas, impedindo que o desvio se agrave. A cirurgia opta pela correção, sendo reservada aos casos mais graves.

Pé diabético

O pé diabético é uma condição desenvolvida exclusivamente por pessoas cuja doença já evoluiu à neuropatia diabética. Tendo atingido esse quadro, o paciente não sente o aparecimento de escoriações, feridas ou lesões mais graves nos pés. O excesso de glicose e o baixo fluxo sanguíneo comprometem a capacidade de cicatrização, o que aumenta as chances de infecções.

Quando essas infecções não são devidamente tratadas, o pé diabético leva à amputação. Por isso, é essencial que pessoas com essa condição visitem periodicamente o médico e façam uma vistoria regular nos pés. O sintoma mais comum é a ausência de cicatrização, mas outros também podem ser percebidos, por exemplo, pele grossa, cheiro forte, perda de sensibilidade e formigamento constante.

Atualmente, o método mais utilizado para classificar a evolução do pé de diabético é a Classificação de Texas. Nessa metodologia, a condição varia do grau 0 ao grau 3, que podem evoluir no estágio A,B, C e D. O grau 0 é o mais tratável, resumindo-se a lesão epitelizada pré ou pós-ulcerativa, sem infecção. A mais grave, e de difícil tratamento, é a de grau 3, em estágio D.

Ela é caracterizada como um ferimento que afeta a articulação ou o osso e traz isquemia e infecção. É fundamental que a lesão, independentemente do seu grau e estágio, seja avaliada pelo ortopedista.

Somente o médico especializado será capaz de determinar os meios para tratamento de maneira responsável. Vale lembrar que tentativas de cuidado que não se enquadrem no recomendado podem não só retardar a melhora, como propiciar o agravo.

LEIA TAMBÉM: Veja 8 tipos de cirurgia ortopédica e quando são indicadas!

o que é ortopedia

Qual é a importância das consultas com o ortopedista?

Um dos bens mais preciosos do ser humano é a capacidade de se movimentar. Quando isso é comprometido, mesmo que da forma mais sutil, o cuidado se torna essencial. As consultas a um ortopedista garantem o tratamento responsável. Possíveis complicações, como inflamações nos ombros, joelhos e na coluna, devem ser investigadas a fim de que se compreenda a causa.

Sendo essa a sua especialidade, o ortopedista estudará a origem do problema, desde o sistema esquelético até o muscular. Caso o exame de contato não seja suficiente para compreender o problema, outras avaliações serão solicitadas.

Por vezes, o agente causador do desconforto pode ser simples e presente no dia a dia, cuja prática não desperta atenção. Reconhecê-lo e corrigi-lo é imprescindível para que se alcance a melhora pretendida, até mesmo, para os casos cirúrgicos.

Consultar o ortopedista ao primeiro sinal de desconforto permite que a busca seja iniciada de imediato. Quando se trata de saúde, quanto antes as providências forem tomadas, melhor! O especialista atende em clínicas e hospitais e pode ser solicitado por meio do encaminhamento de um clínico geral ou agendado por busca própria.

Como o ortopedista pode ajudar a desenvolver bons hábitos?

O ortopedista trabalhará desenvolvendo o perfil clínico do paciente para compreender a origem do mal causado e todos os desdobramentos posteriores. O tratamento, por sua vez, será decidido com base nas limitações específicas.

Tendo um conhecimento mais aprofundado a respeito dos limites do seu corpo, saberá o que pode ou não fazer. O autoconhecimento e o entendimento acerca das nossas capacidades e limites são essenciais para que não se cruze uma barreira prejudicial.

Além disso, o médico ortopedista poderá indicar exercícios que auxiliem não só na melhora, como no alcance da boa qualidade de vida. Pessoas que desenvolveram lesões graves não devem praticar esportes ou, até mesmo, ir à academia sem supervisão médica. A autorização do ortopedista é essencial, evitando que o esforço excessivo reacenda o problema ou o agrave.

O bem-estar a longo prazo não se limitará ao tratamento imediato, mas a profilaxia constante para que não ressurja. Desde medicamentos de uso contínuo até fisioterapias periódicas, o auxílio médico é a única forma segura de colocá-los em prática.

A consulta periódica ao especialista em Ortopedia é tão importante quanto ao cardiologista, ao ginecologista e outras especialidades. O auxílio médico específico para o seu problema, seja ele qual for, é imprescindível.

Agora, você já sabe as funções do ortopedista e os benefícios que a visita a esse especialista traz à sua vida. Portanto, não perca tempo. Ao primeiro sinal de qualquer dor fora do comum que comprometa sua locomoção, marque uma consulta. A espera é a maior inimiga de um bom tratamento e, diretamente, da cura.

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