Você sabe o que é papanicolau? Este exame ginecológico é feito para preservar o estado geral de saúde de mulheres que já iniciaram a vida sexual, sendo capaz de evitar diversos problemas.
Por esse motivo, é indicado que sua realização seja feita de acordo com a indicação do médico ginecologista. Sendo assim, a periodicidade varia de pessoa para pessoa.
Saiba mais aqui sobre o que é papanicolau, para que serve, como é feito, quando fazer e resultado:
O que é papanicolau?
Também conhecido como exame citopatológico do câncer do colo do útero, o exame papanicolau é o exame ginecológico que deve ser feito a cada ano para rastrear e detectar alterações que envolvem a saúde genital da mulher.
Sua coleta é feita em consultório de forma simples, rápida e indolor. Para algumas mulheres, a realização causa um pequeno desconforto. Para realizá-lo, o ginecologista usa uma espátula e escovinha que coleta células do colo uterino.
Então, o material é enviado para laboratório. Assim, as células são visualizadas no microscópio, de maneira a obter os resultados. Com isso, é possível identificar diversas irregularidades. Por essa razão, entende-se que a estratégia é adotada para evitar que determinadas lesões sejam encontradas somente tardiamente.
Para que serve o papanicolau?
Agora que você já sabe o que é papanicolau, pôde entender que o exame é importante para a detecção precoce do câncer de colo do útero. Mas, a realização não se limita a essa descoberta.
Também é possível descobrir alguma inflamação ou infecção que precisa ser tratada ligeiramente. Neste momento, saiba quais irregularidades podem ser identificadas e quais doenças o exame papanicolau pode detectar:
1. Clamídia
Clamídia corresponde a uma infecção sexualmente transmissível provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Ela é mais comum em mulheres jovens, mas também pode infectar pessoas do sexo masculino. Além do mais, é possível que seja transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.
Os sintomas incluem corrimento amarelado ou claro, sangramento sem razão aparente, dor ao urinar e aumento da frequência urinária, dor no pé da barriga e dor durante a relação sexual.
2. Candidíase
Enquanto isso, a candidíase é uma infecção que atinge a vagina depois da manifestação do fungo Candida albicans. Ela é responsável por causar uma coceira intensa que pode estar acompanhada de ardor e corrimento vaginal de cor branca. Fora que, acarreta um forte incômodo durante a micção.
3. Sífilis
A sífilis é outra infecção sexualmente transmissível que pode ser identificada durante o exame papanicolau. Essa infecção é provocada pela bactéria Treponema pallidum. Estamos falando de um quadro extremamente perigoso, tendo em vista que é capaz de “enganar” as pacientes.
Uma mulher infectada pela sífilis apresenta fortes sintomas durante os dois primeiros estágios da doença, podendo transmiti-la facilmente. Logo, os sinais somem durante um grande espaço de tempo. Isso faz com que a paciente pense que está curada. O período em que a condição fica estacionada pode durar meses ou anos.
Depois dessa etapa, é possível observar danos bastante severos, como perda completa de visão, paralisia, doença cerebral e doenças cardíacas. Inclusive, estamos falando de uma IST que pode ser fatal.
4. Câncer do colo do útero
Um dos principais motivos pelo qual o exame papanicolau é feito consiste na identificação de nódulos e cistos no colo do útero. Com a realização, lesões precursoras do câncer são reveladas de uma maneira bastante detalhada. É ideal realizar o exame antes mesmo que os sintomas do problema se tornem evidentes.
5. Gonorreia
Gonorreia consiste em mais uma infecção sexualmente transmissível que pode ser identificada pelo exame papanicolau. Nesse caso, o fator responsável é a bactéria Neisseria gonorrhoeae. Esse microrganismo é capaz de provocar dor ou ardência ao urinar, aumento do corrimento, sangramento anormal fora do período menstrual e dor e/ou sangramento durante relação sexual.
6. Vírus do papiloma humano
Também conhecido pela sigla HPV, o vírus do papiloma humano é o causador de diversas verrugas espalhadas por várias partes do corpo. Os sintomas dessa infecção sexualmente transmissível se caracterizam por coceira, ardência e irritação. Por existir mais de um tipo de vírus, alguns acarretam mais chances de desenvolvimento de câncer do que outros.
7. Tricomoníase
A Tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível provocada por Trichomonas Vaginalis. Os sintomas que acometem mulheres infectadas correspondem ao corrimento amarelado ou amarelo-esverdeado, coceira, cheiro forte e desagradável, irritação da vulva, dor e dificuldade para urinar.
Papanicolau é o mesmo que preventivo?
Sim, o papanicolau é o mesmo que preventivo e deve ser feito em um local onde há profissionais qualificados e propostos a orientar sobre a importância da realização desse exame.
A partir do momento em que é feito periodicamente, existem maiores chances de detecção precoce de lesões que indicam a presença do câncer do colo do útero, o que diminui o risco de mortalidade.
Para isso, é aconselhado que o preventivo seja realizado entre o 10º e o 20º dia depois do primeiro dia de menstruação. Além de que, existem algumas recomendações fundamentais, as quais são:
- Não ter relações sexuais nos três dias anteriores ao exame;
- Evitar o uso de duchas na região íntima;
- Evitar o uso de medicamentos vaginais nos dois dias anteriores ao exame;
- Evitar o uso de anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame.
Diante disso, é válido ressaltar também que não existem grandes contraindicações para realizar o papanicolau. No caso de mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e gestantes com mais de 20 semanas de gestação, o indicado é que procurem um profissional de ginecologia para uma avaliação mais detalhada.
Fora isso, não há mais nenhum pré-requisito. Basta apenas levar os documentos pessoais e o encaminhamento médico para o laboratório na data e horário marcado. Dessa forma, o exame é concluído depois de cinco minutos.
Como é feito o papanicolau?
Para que o papanicolau seja realizado, a paciente deve estar em posição ginecológica. Ou seja, ela precisa ficar com as duas pernas separadas e apoiadas em um suporte. Dito isso, o ginecologista avalia visualmente a vulva e a vagina para verificar se existe alguma alteração.
Logo, o profissional introduz o espéculo vaginal para obter uma análise da parte interna da vagina e do colo do útero. Dessa forma, utiliza uma espátula especial e uma escova endocervical para colher as amostras do tecido do colo uterino. Depois disso, encaminham o material para um laboratório. Por fim, os resultados serão obtidos de uma maneira precisa.
Quando fazer o exame papanicolau?
De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres entre 25 a 64 anos devem fazer o exame papanicolau de maneira regular. Dependendo de quando a vida sexual for iniciada, é possível que elas façam o primeiro preventivo mais cedo.
De qualquer forma, o exame deve ser feito anualmente. Depois de duas realizações, o intervalo é estendido para três anos, caso a realização não seja tão acessível. Contudo, o espaço é ainda menor quando há presença de HPV. Nesse caso, a frequência ideal é a semestral. Mas, é o médico ginecologista quem decide o melhor período.
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Como é o resultado do exame papanicolau?
Como você viu, depois que o papanicolau é feito, o material é encaminhado para um ambiente laboratorial. Dessa forma, os resultados podem ser diversos. A seguir, confira um pouco mais sobre eles.
- Normal ou negativo para câncer: significa que não existem células neoplásicas. Mas, se houver alguma infecção ginecológica, é possível que o laudo descreva o germe invasor.
- ASC-US ou ASCUS: Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado. Ou seja, mostra que há presença de células anormais sem características evidentes de malignidade.
- Sendo assim, a presença de câncer é afastada. No entanto, não há como descartar a presença de lesões pré-malignas. Portanto, é crucial fazer a análise da infecção pelo HPV.
- ASC-H ou ASCH: em que não é permitido descartar a existência de atipias malignas. Por isso, o resultado é indeterminado e necessita de um maior esclarecimento por meio da colposcopia e da biópsia do colo do útero.
- LSIL: Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau que indica uma lesão pré-maligna com baixo risco de ser câncer. Nesse caso, pode ser provocada por quaisquer tipos de HPV. Contudo, quando a amostra é negativa para HPV, as chances de evolução para câncer são praticamente nulas.
- HSIL: Lesão intraepitelial escamosa de alto grau que demonstra grandes chances de lesões pré-malignas moderadas ou avançadas. Há ainda a possibilidade de indicar um câncer já estabelecido. Sendo assim, as pacientes que possuem esse resultado necessitam de uma maior investigação por meio da colposcopia e da biópsia.
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