Entre os tipos mais comuns de cânceres existentes está o câncer de tireoide, que acomete as glândulas tireóideas e causa diversos incômodos na região do pescoço e garganta.
Continue a leitura do artigo e saiba mais sobre os sintomas da doença e como diagnosticá-la:
O que é câncer de tireoide?
O câncer de tireoide é um dos tumores mais comuns existentes, e pode causar o aparecimento de carcinomas por toda a região da cabeça e pescoço e afeta cinco vezes mais as mulheres do que os homens, numa faixa etária entre 20 e 65 anos.
Entre os carcinomas pode haver o papilífero, ou folicular e de células de Hürthle, além dos carcinomas pouco diferenciados e indiferenciados.
Pela frequência e aumento dos casos desse tipo de câncer, orientar a população sobre os cuidados de profilaxia, assim como estar sempre atento às inovações de tratamentos e variações da doença, deve ser um papel do endocrinologista e de outros profissionais da saúde envolvidos.
Sobre a separação do estadiamento do tumor é utilizada uma combinação de letras (T, N e M) e números (0 a 4), T de tumor, N de nódulos e M de metástase.
Os números vão de 0 (que significa ausência de tumor ou metástase) a 4, sendo o 4 o estágio mais grave, com presença de um ou mais tumores e metástase.
O que é tireoide?
A tireoide é uma glândula com formato de borboleta que possui aproximadamente 5 centímetros de diâmetro, e é localizada no pescoço abaixo do pomo de adão.
A função dessa glândula é estimular e controlar a liberação de hormônios que auxiliam no funcionamento do metabolismo, respiração, frequência do coração, alterações de humor e temperatura do corpo.
Os tumores presentes na tireoide são os chamados carcinomas, que se formam pelas células epiteliais presentes na pele e em vários órgãos, e podem ser divididos em 3 categorias: os diferenciados (carcinoma papilífero, folicular, e células de Hürthle), pouco diferenciados e indiferenciados (ambos apresentam poucos diagnósticos).
Ao falar da tireoide, vale lembrar que o diagnóstico de hiper e hipotireoidismo não possui relação com o câncer, necessitando de tratamentos diferenciados.
Quais são as causas e fatores de risco do desenvolvimento de câncer de tireoide?
- Sobrepeso e obesidade;
- Alimentação pobre em iodo;
- Pessoas com síndromes genéticas;
- Histórico familiar de câncer de tireoide;
- Pessoas que realizaram aplicação de radiação na região do pescoço como tratamento de alguma doença;
- Profissionais que trabalham expostos à radiação;
- Histórico de bócio na família;
- Sobreviventes de acidentes nucleares.
Quais os sintomas de câncer na tireoide?
Alguns tipos de tumores, como o carcinoma papilífero e o folicular geralmente são assintomáticos no início, e os primeiros sinais aparentes são nódulos palpáveis e visíveis na tireoide e/ou no pescoço.
Quando o estágio é mais grave, os gânglios linfáticos podem aumentar, assim como o volume do pescoço, além de rouquidão, tosse contínua, dificuldades para deglutir alimentos e sensação de fechamento da traqueia.
Qual exame de sangue detecta câncer de tireoide?
Existem vários tipos de exames de sangue que podem detectar a presença do câncer de tireoide. São eles:
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Dosagem do TSH
A dosagem dos níveis sanguíneos do hormônio tireoestimulante verifica a função da glândula tireoide. Caso o nível de TSH esteja alto, significa que a produção de hormônios não é suficiente.
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Dosagem de T3 e T4
A triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4) são os principais hormônios que a tireoide produz, e a alteração ou não de seus níveis pode auxiliar na avaliação da atividade da glândula.
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Dosagem de calcitonina
A dosagem de calcitonina auxilia a investigar se há presença de câncer medular de tireoide. Como o histórico familiar tem relevância no aparecimento desse tipo de tumor, o exame geralmente é indicado com o intuito de rastrear e observar os pacientes com esse fator de risco.
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Antígeno carcinoembrionário
A dosagem de CEA é indicada nos casos em que os pacientes apresentam histórico familiar para câncer medular de tireoide, e caso o diagnóstico apresenta níveis elevados de CEA pode ser um indicativo da presença da doença. Saiba mais sobre os exames de sangue que detectam câncer de tireoide.
Somente o exame de sangue é suficiente para diagnosticar a doença?
Não, esse tipo de exame é apenas uma parte do processo de investigação e diagnóstico, pois indica alterações na função da tireoide e não a presença do tumor.
Logo, é necessário seguir o diagnóstico com outros exames de imagem para complementar a suspeita detectada pelos exames de sangue.
Quais exames de imagem são realizados para continuar a investigação?
Após a realização e diagnóstico pelos exames de sangue, o médico irá decidir qual tipo de exame de imagem será escolhido para investigar a região com suspeita da presença tumoral, com intuito de localizar e determinar a extensão da doença.
Os exames de imagem que são indicados com mais frequência são:
- ultrassom da tireoide, que verifica a quantidade de nódulos presentes, a densidade e se os linfonodos próximos aos nódulos estão aumentados ou não;
- cintilografia da tireoide, que checa as áreas suspeitas e alteradas da glândula, analisando a presença de nódulos que podem ser malignos ou benignos;
- radiografia de tórax, que analisa se houve metástase para a região dos pulmões;
- ressonância magnética da tireoide, que observa o tamanho e a localização dos tumores, além de averiguar se houve metástases;
- PET scan (tomografia por emissão de pósitrons), que verifica a presença de metástase para os linfonodos ou outras áreas, sejam elas próximas ou distantes);
- laringoscopia, que vai avaliar a funcionalidade das cordas vocais que podem ser causadas pela presença de tumores dentro da garganta.
É preciso fazer biópsia para concluir o diagnóstico?
Sim, a biópsia é um passo extremamente importante para fechar o diagnóstico, pois ela retira amostras de tecidos presentes na glândula tireoide para análise laboratorial.
Geralmente é feita uma biópsia aspirativa, através de uma agulha fina (PAAF) guiada por ultrassom, procedimento que pode ser realizado em consultório médico ou em ambiente hospitalar.
Quando o laudo da biópsia não consegue determinar se a lesão é benigna ou maligna, podem ser solicitados testes para avaliar se os genes BRAF ou RET/PTC sofreram algum tipo de mutação, ou a biópsia cirúrgica, que pode analisar uma maior quantidade de tecido da tireoide.
Por ser um procedimento mais invasivo, é realizado em centro cirúrgico.
O câncer de tireoide tem cura? Quais tratamentos podem ser realizados?
Sim, há alta porcentagem de cura para o câncer de tireoide. Geralmente o tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico, pela tireoidectomia total ou parcial, que será decidida de acordo com o diagnóstico da gravidade da doença.
Por exemplo, em casos onde as células malignas comprometeram os gânglios cervicais, é necessária a remoção dos gânglios. Após 4 a 6 semanas de tratamento, o paciente recebe doses terapêuticas de iodo radioativo em hospital para eliminar restos de tecidos de células tumorais no corpo e evitar metástases.
Quando os carcinomas papilíferos e foliculares não respondem a esse tratamento, outra possibilidade é a terapia antiangiogênica, que bloqueia a formação de novos vasos sanguíneos, impedindo que as células tumorais recebam nutrientes e oxigênio através da circulação.
Após, é indicada a reposição hormonal com levotiroxina por via oral, que substitui os hormônios que deixaram de ser produzidos pela tireoide.
Radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é recomendada em casos onde os tumores são mais agressivos, como o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico.
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