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Os principais mitos e verdades sobre o anticoncepcional!

6 minutos para ler

A pílula anticonceptiva é um símbolo da emancipação feminina, pois ela modificou o comportamento social e sexual da mulher. Considerada uma verdadeira conquista na farmacologia, ela chegou ao Brasil na década de 1960. Ao longo dos anos, sua composição passou por diversas transformações para possíveis melhorias, mas de certa forma, isso acaba gerando dúvidas, mitos e verdades sobre o anticoncepcional.

O principal objetivo da pílula é a inibição da ovulação. A evolução da composição desse método acompanha as novas descobertas da ciência. No início, as pílulas eram compostas de dosagens hormonais muito altas, por não saberem ao certo a quantidade que bloqueava a expulsão do óvulo. O tempo mostrou que as dosagens poderiam ser menores, diminuindo os efeitos colaterais.

Considerada a melhor amiga da mulher moderna, ela é utilizada diariamente sob orientação médica, pois existem alguns casos específicos em que seu uso é contraindicado. Entre eles, histórico familiar de trombose e de câncer de mama, enxaqueca forte e problemas no fígado.

Neste artigo, abordaremos mitos e verdades sobre esse método contraceptivo. Pretende-se esclarecer algumas crenças populares levantadas ao longo dos anos. Acompanhe a leitura.

Como funciona esse método contraceptivo hormonal?

Amplamente utilizado pelas mulheres, esse medicamento combina os principais hormônios femininos — estrogênio e progesterona —, embora exista algumas formulações apenas com a progesterona. Ele funciona inibindo a ovulação, ou seja, impede que o óvulo seja liberado pelo ovário e, sem isso, a fecundação não acontece.

A pílula começa a fazer efeito desde o primeiro dia em que é tomada, mas é recomendável esperar ao menos um ciclo completo para uma relação sem o uso de proteção. Destaca-se, aqui, que a camisinha, além de evitar uma gravidez indesejada, também protege contra infecções sexualmente transmissíveis, função que o anticoncepcional não tem.

A forma correta de tomá-lo depende do tipo prescrito pelo ginecologista. O mais comum é o de 21 dias, com a pausa de sete dias. A pílula deve ser tomada diariamente, pela manhã, tarde ou noite. O importante é manter horários comuns para evitar a redução do hormônio causado pelo medicamento. Outra opção é o uso da cartela ininterrupta, que consiste em 28 comprimidos, e não se faz a pausa de sete dias.

Mitos e verdades sobre o anticoncepcional: vamos conhecer alguns?

Ao longo dos anos, a composição das pílulas anticonceptivas foi se modificando. Com isso, tivemos melhorias nos efeitos colaterais. Porém, estão longe de ser um método totalmente benéfico, pois, por se tratar de composições químicas, elas levantam questões com relação em tomar ou não tomar no universo feminino.

Vamos descobrir o que é real e falso nos boatos criados socialmente.

Provoca o ganho de peso

Mito. A maioria das marcas disponíveis no mercado apresentam baixa dosagem de hormônio, isso significa que o ganho de peso por esse motivo é pouco. Embora a bula de alguns anticoncepcionais alertem para uma possível oscilação de peso, isso não acontece com frequência.

Algumas mulheres relatam inchaço no corpo, e isso pode causar um leve aumento de peso. Caso haja um aumento muito alto em menos de dois meses de uso da pílula, sem mudança na rotina, um médico deve ser consultado para que a troca da medicação seja realizada.

Pode ajudar no controle da acne

Verdade. Em mulheres que têm um excesso de hormônio masculino, o aparecimento de espinhas e o aumento da oleosidade da pele é maior. Como a composição do medicamento é o hormônio feminino, ele acaba servindo como um tratamento para o controle da acne.

Gera infertilidade

Mito. O que pode acontecer é uma demora maior em comparação às mulheres que não tomam a pílula. Isso porque os hormônios ficam retidos nas células gordurosas, sendo liberados até o corpo se alinhar naturalmente. É importante lembrar que o nível de hormônio do remédio é baixo, podendo o corpo se ajustar dentro de alguns meses.

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Tomar o remédio nos horários errados anula seu efeito

Verdade. Nosso corpo constantemente produz hormônios, logo, ele precisa da sua dosagem extra diária de progesterona e/ou estrogênio para evitar a produção química do LH —hormônio responsável pela liberação do óvulo. Manter a rotina de horários para tomar o remédio garante sua eficácia.

Qualquer mulher pode tomar esse medicamento

Mito. A saúde da mulher é muito particular. Como já foi dito antes, um ginecologista deve acompanhar o uso de qualquer medicamento, inclusive, o anticoncepcional. Existem alguns casos em que ele não é recomendado, como mulheres com histórico de trombose, problemas no fígado, histórico de câncer de mama na família ou pessoal.

Bebidas alcoólicas prejudicam a ação das pílulas

Verdade. O álcool e o anticoncepcional são metabolizados pelo fígado. Quando exageramos no consumo de bebidas, o sobrecarregamos, diminuindo a absorção dos outros alimentos e medicamentos ingeridos. Portanto, o efeito do método contraceptivo é comprometido.

Previne o câncer de ovário

Verdade. Quando acontece o mecanismo de expulsão do óvulo pelo ovário, uma pequena fissura é aberta, precisando ser cicatrizada. Esse processo pode desenvolver tumores.

Com o uso contínuo do anticoncepcional, a ovulação é evitada, portanto, esse fato não acontece. Ainda, ele pode ajudar no controle de algumas doenças femininas, como a endometriose, diminuindo a intensidade das cólicas menstruais.

Pílulas causam varizes

Mito. Atualmente, a composição do remédio apresenta baixas doses hormonais, e o aparecimento de varizes está associado a altas doses. O que conta mais, nesse caso, é a genética da mulher. Caso haja um histórico familiar de varizes, o problema tende a aparecer com mais facilidade.

Alguns remédios anulam o efeito do anticoncepcional

Verdade. Como já dito, o fígado é responsável por metabolizar o que ingerimos. Quando tomamos mais de um remédio, também há uma sobrecarga desse órgão, especialmente, os antibióticos. Os antidepressivos merecem atenção, também. Ao iniciar um tratamento com esse tipo de medicação, o médico deve ser avisado sobre o uso da pílula contraceptiva.

Apesar de haver muitos mitos e verdades sobre o anticoncepcional, é inegável a revolução que esse medicamento trouxe à vida das mulheres. Ele provocou as mudanças que conhecemos no universo feminino. No entanto, seu uso deve ser acompanhado pelo médico ginecologista, pois, como vimos, alguns cuidados são necessários, principalmente, a depender do estado de saúde e histórico da mulher.

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