Entenda como se prevenir do surto de sarampo que ocorre no Brasil

Causado por um vírus chamado Morbillivirus, o sarampo é uma das doenças que mais provocam a mortalidade infantil. Essa é uma enfermidade contagiosa que deixa manchas no corpo e vem acompanhada de febre. Por isso, necessita de tratamento para minimizar esses sintomas.

Com o surto de sarampo no país, é preciso tomar algumas medidas para não se tornar mais uma vítima. Se você deseja saber como fazer a prevenção, continue lendo este artigo, no qual abordaremos as principais informações sobre esse assunto. Confira!

Surto de sarampo no Brasil

O último surto de sarampo no Brasil aconteceu em 2018, na região Norte, afetando mais de 10 mil pessoas. Agora, o país enfrenta um surto da doença que chegou primeiro ao estado de São Paulo devido ao contágio de pessoas que tiveram contato com a Europa e a Ásia. Por isso, é importante destacar que o sarampo é uma epidemia global. Apenas em 2017, a doença fez 110 mil vítimas fatais em todo o mundo.

O que é o sarampo

O sarampo é uma doença contagiosa que pode ser transmitida pelas secreções das vias respiratórias, como o espirro, fala, beijo, tosse e até mesmo a respiração. Com isso, é uma enfermidade altamente contagiosa.

Ela é transmitida em sua fase mais ativa, quando o paciente tem sintomas como febre alta e mal-estar. Vale lembrar que o tempo entre o contágio e o surgimento dos sintomas pode durar cerca de 10 dias.

As vítimas mais vulneráveis dessa doença são as grávidas e os bebês. Isso porque, no primeiro caso, pode provocar o aborto ou o parto prematuro. Já no segundo, pode ser desenvolvida a surdez, pneumonia ou levar a criança à morte. Outros grupos frágeis são os desnutridos e as pessoas que têm imunodeficiência.

Sintomas e tratamentos do sarampo

As manchas vermelhas são os sinais mais comuns do sarampo, mas nem sempre elas aparecem em todos os pacientes. Geralmente, essas pintas começam no rosto e vão se alastrando até chegar aos pés, podendo durar de três a quatro dias.

Quem só tomou uma dose da vacina contra o sarampo costuma não apresentar esse sintoma ou, em alguns casos, tem apenas manchas bem claras. Além dessas pintinhas, existem outros sinais da doença, como:

• febre;
• tosse;
• coriza;
• perda do apetite;
• mal-estar;
• pneumonia;
• otite;
• encefalite (inflamação no cérebro);
• conjuntivite;
• fotossensibilidade.

Para diagnosticar a doença, basta que um médico examine o paciente. No entanto, o sarampo também pode ser comprovado por exames laboratoriais, como o IgM para Sarampo ou PCR para analisar se o vírus está presente.

Depois de verificar que o paciente tem a doença, não existe um tratamento específico para ela e sim para a atenuação dos sintomas. Dessa forma, tanto para bebês, crianças e adultos, o procedimento é o mesmo.

Nesse caso, é necessário aderir à alimentação saudável, hidratar-se constantemente, fazer suplementação de vitamina A, limpar os olhos com água morna e ingerir medicamentos para sintomas como náuseas, vômitos e febres.

O paciente também deve ficar de repouso durante todo o quadro de infecção, inclusive até quatro dias depois do surgimento das manchas para evitar a propagação da doença. Se for necessário, o médico pode solicitar um aumento no tempo de descanso.

Como se prevenir?

Como foi possível perceber, o sarampo não deve ser encarado como uma doença branda e, portanto, necessita de prevenção para que não se dissemine ainda mais. Para isso, a medida mais recomendada é tomar a vacina contra o sarampo, que é eficaz em 97% dos casos, podendo ser a dupla viral (sarampo e rubéola), tríplice viral (rubéola, sarampo e caxumba) e a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora).

Geralmente, essa vacina deve ser aplicada em duas doses, sendo a primeira a partir do 12º mês do bebê e a segunda entre o 15º e 24º mês. No entanto, com o surto da doença no país, é necessário que as crianças tomem a dose zero entre os seis meses de vida até um ano e, depois, sigam para a primeira e segunda dose normalmente.

Crianças com mais de dois anos e adultos com até 29 anos que não têm comprovação vacinal ou não tomaram a vacina devem ir a um posto de saúde para tomar as duas doses, cujo intervalo entre cada uma é de 30 dias.

Quem tem até 29 anos e se vacinou apenas uma vez também deve se dirigir a um posto para tomar a segunda dose da vacina. Já pessoas entre 30 e 49 anos que não se lembram, perderam o cartão de vacinação ou sabem que não se vacinaram contra o sarampo devem tomar apenas uma dose.

A vacina não é indicada para as grávidas, já que existe o vírus do sarampo vivo, o que pode afetar a gestação. Portanto, quem pretende engravidar precisa se organizar quanto à vacinação anteriormente.

É importante lembrar que, devido à baixa taxa de vacinação, a rubéola, cujo último surto ocorreu em 2009, também pode voltar ao país. Por isso, tomar essa medida também é fundamental para evitar a propagação de outra doença altamente contagiosa.

Além desse método de prevenção, que é o mais eficaz, existem outros cuidados que podem ser tomados para evitar o sarampo, como:

• estar ciente sobre o estado de saúde das crianças que convivem no mesmo ambiente que os seus filhos;
• estar em dia com o programa de vacinação dos seus filhos;
• levar a criança até um posto de saúde caso surjam manchas vermelhas pelo corpo, ainda que ela tenha sido vacinada;
• descobrir se você teve a doença ou se tomou a vacina quando era criança.

Como o sarampo pode provocar sequelas irreversíveis, como cegueira, surdez e diminuição da capacidade mental, é fundamental levar essa doença a sério e procurar evitá-la. Com isso em mente, lembre de sempre divulgar essas informações entre amigos e familiares para, dessa forma, promover a redução no risco de mais pessoas contraírem a doença.

Agora que você já conhece os riscos da doença e sabe que medidas tomar para preveni-la, compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais e ajude o país a se livrar do surto de sarampo!

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