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Vacinas na gravidez: quais vacinas tomar e quais não tomar

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As vacinas são uma das principais descobertas científicas, uma vez que combatem infecções graves, que chegaram a dizimar populações. A partir do desenvolvimento da vacinação é que algumas doenças se tornaram menos graves, deixando de vitimar inúmeras pessoas, sendo fundamentais para a manutenção da nossa saúde. Porém, ainda existem muitas dúvidas sobre a aplicação de vacinas na gravidez e como elas podem afetar as gestantes e os bebês.

Afinal de contas, enquanto algumas vacinas são essenciais para proteger mãe e filho, outras oferecem riscos, devendo ser evitadas no período gestacional. Assim, muitas mulheres ficam sem saber se devem tomar ou não determinada vacina em caso de gravidez.

O fato é que algumas doenças são transmitidas da mãe para o feto durante a gestação, como no caso de infecções virais e bacterianas. Algumas, como a rubéola, impõem graves riscos à vida do bebê ou podem provocar uma má formação.

Por isso, neste post esclarecemos quais são as necessidades e riscos das vacinas na gravidez. Acompanhe:

Qual a importância de cuidar da saúde na gravidez?

Já é de senso comum que a gravidez não deve ser tratada como uma doença. Pelo contrário, ela pode trazer inúmeros benefícios de longo prazo para a mulher, como a redução do risco de desenvolver um câncer de mama. Mas isso não significa que a gestante não deva ter alguns cuidados: a gestação também pode aumentar os riscos de acontecerem outros problemas.

Entre os cuidados fundamentais estão físicos, uma vez que o ganho de peso aumenta as chances de quedas, fraturas e problemas na coluna e na postura. Assim, a mulher precisa ter mais consciência corporal e mais atenção ao andar, dormir e praticar exercícios físicos.

Além disso, é necessário atentar para os índices corporais, pois as alterações no peso, na quantidade de hormônios e no metabolismo podem desencadear algumas doenças ocasionais. É o caso do diabetes gestacional, que pode se tornar uma condição crônica com o tempo.

Outras doenças, como a hipertensão gestacional, podem ocorrer nas mulheres que já têm uma maior propensão a desenvolver o problema. Ou seja, é preciso ter atenção redobrada, com um acompanhamento médico intensivo e um pré-natal bem-feito.

No caso específico das vacinas na gravidez, elas são muito importantes para evitar o contágio de algumas doenças graves, principalmente aquelas que podem trazer algum risco para o bebê e a gestante. No entanto, é necessário observar que algumas são proibidas, exatamente por serem elas a trazerem mais riscos, como veremos mais adiante.

Quais vacinas tomar na gravidez?

As vacinas que são permitidas na gravidez são importantes para evitar complicações graves no período. A seguir, veja quais são as recomendadas.

Tríplice bacteriana 

Neste caso, pode ser tanto a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (DTPA) quanto a dupla do tipo adulto (DT). Essa vacina imuniza contra três tipos diferentes de bactéria, que oferecem sérios riscos para as gestantes e os bebês.

Uma delas é a bactéria que causa a coqueluche, doença caracterizada por febres muito altas. A vacina protege ainda contra o tétano, infecção que afeta o sistema nervoso central do feto, provocando contrações e espasmos, e a difteria, que atinge o nariz e a garganta. Todas elas podem levar à morte do feto.

Hepatite B

O vírus da Hepatite B provoca uma inflamação aguda no fígado, que aumenta o risco de partos prematuros. Por isso, é muito importante que as gestantes recebam a vacina e atualizem o cartão de vacinação.

Por sinal, um dos exames que fazem parte do pré-natal é para identificar a presença do vírus no organismo da gestante, uma vez que ele pode ficar latente por muito tempo. Caso a mulher já tenha tomado alguma das doses da vacina para hepatite B antes da gravidez, deve tomar apenas as complementares.

Influenza (gripe)

A vacina da gripe na gravidez por mais que a gripe pode parecer uma doença muito simples, é importante tomar, pois pode trazer complicações graves em gestantes, como bronquite e pneumonia. Por isso é necessário receber a vacina contra os diferentes tipos de Influenza, vírus causador da doença. 

O imunizante é aplicado em dose única em qualquer momento da gestação ou logo depois do parto. Uma grande vantagem é que a imunidade é transmitida para o bebê, evitando que ele contraia a gripe nos primeiros meses de vida. A única ressalva é para o caso das mulheres com alergia a ovo, que não devem receber essa vacina.

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Vacinas indicadas em casos especiais

Hepatite A: o ideal é que as grávidas não recebam a vacina, mas no Brasil ela costuma ser indicada devido ao alto risco de exposição à doença. 

Pneumocócicas: no caso de infecções por pneumococos, podem ser administradas vacinas específicas nas gestantes.

Meningocócica conjugada ACWY e meningocócica B: também pode ser usada em situações especiais ou no caso de regiões endêmicas e situações epidêmicas.

Quais não devem ser tomadas?

Pelo grave risco ao feto, as mulheres não devem receber vacinas na gravidez de imunizantes feitos com organismos vivos (inativados), como ocorre com as antivirais abaixo.

Febre amarela

Na verdade, não existe um consenso se a vacina da febre amarela deve ou não ser aplicada. O fato é que ela traz riscos para o feto, porém, deve-se analisar se eles são maiores do que a contaminação pela doença. Por isso, costuma ser indicada em casos especiais, como em regiões endêmicas.

Tríplice viral 

Essa é a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, uma das mais comuns, imuniza contra doenças que podem trazer grandes riscos ao feto. No entanto, não deve ser aplicada durante a gestação, podendo ser administrada apenas na fase do puerpério (resguardo) e na amamentação.

HPV e catapora

No caso das vacinas contra o HPV e da catapora, elas também podem ser aplicadas no puerpério e na amamentação. Mas o ideal é que isso seja feita apenas em último caso, pois elas devem ser recebidas pela mulher ainda na adolescência.

Diante dos riscos para as gestantes, o ideal é que qualquer mulher que deseje engravidar atualize o cartão de vacinas antes. É importante destacar, ainda, que cada uma dessas vacinas na gravidez deve seguir um calendário de vacinação específico, de acordo com o período gestacional. Por isso, é fundamental realizar um pré-natal bem-feito, com um acompanhamento do médico em todas as fases e seguir todas as recomendações do profissional.

Agora queremos saber de você? Já teve algum problema com vacinas na gravidez? Conte sua história nos comentários!

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