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Tratamento de tabagismo: por que e como parar de fumar?

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, a principal causa de morte evitável é o tabagismo. Diante disso, percebe-se a importância de medidas capazes de evitar que pessoas passem a fumar e, para os fumantes, incentivar a perda do hábito.

No dia 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi estipulada em 1986 e, desde então, a causa teve alguns avanços. Em 1996, 10 anos depois, foi instituída a Lei nº 9.294, que proibiu a veiculação de propagandas associadas ao tabaco — antes muito comuns.

Apesar dos esforços e da redução do número de fumantes, as estatísticas sobre o tema ainda são preocupantes. Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para mostrar como é possível fazer o tratamento de tabagismo. Continue a leitura e saiba mais!

Quais são os dados sobre o tabagismo no Brasil?

Conforme mencionamos, os dados sobre o tabagismo no Brasil ainda retratam o motivo de tamanha preocupação com as campanhas. Aproximadamente 85% dos casos de câncer de pulmão tiveram como precursor o hábito de fumar.

Contudo, os pulmões não são os únicos órgãos prejudicados, pois a fumaça faz um percurso desde a boca até o final das vias aéreas. Então, além dos tumores malignos de pulmão, o tabagismo é responsável por outros tipos de câncer.

As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) também sofrem grande influência do tabaco. Na verdade, o hábito de fumar representa a principal causa para desenvolvimento da enfisema e da bronquite crônica, além de agravar condições asmáticas.

Por fim, as substâncias do cigarro também são muito prejudiciais para o sistema cardiovascular. Diante das alterações que causam nos vasos, há um aumento do risco de formação de trombose, resultando em 45% das mortes de infarto.

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O que leva as pessoas a fumarem?

Diante de tantos malefícios causados pelo cigarro, por qual motivo as pessoas continuam com esse hábito? Para responder a este questionamento, é preciso fazer uma análise psicossocial e biológica.

A adolescência, por exemplo, é uma faixa etária propícia para o primeiro contato com o cigarro. Nessa fase da vida, alguns fatores podem tornar as pessoas suscetíveis ao ato de fumar, como a necessidade de pertencimento e aceitação por determinado grupo.

A dependência é o principal fator que leva as pessoas a continuar fumando. O simples acesso à compra do produto e as substâncias contidas no cigarro são alguns aspectos que facilitam e desencadeiam esse vício. Nesse sentido, vale ressaltar o que a nicotina provoca no organismo, destacando o âmbito biológico.

Na verdade, não apenas a nicotina, mas também grande parte dos demais compostos presentes no cigarro, são substâncias psicoativas, que provocam alterações no sistema nervoso central.

Com o passar do tempo, essas alterações fazem com que seja necessário consumir cada vez mais cigarros para atingir a sensação de prazer e relaxamento que era obtida antes. Dessa forma, a pessoa fumante desenvolve a dependência química.

Existe tratamento eficaz contra o tabagismo?

Parar de fumar pode ser muito difícil no início, mas não é impossível! Veja, a seguir, quais são as dificuldades mais comuns e algumas dicas que podem auxiliar no processo.

Dificuldades

Dependendo do grau de dependência, alguns sinais de abstinência são marcantes, como:

  • dor de cabeça;
  • tonteira;
  • irritabilidade e agressividade;
  • alteração do sono.

Pode haver, também, uma alteração no padrão alimentar. Isso acontece devido ao aumento do apetite e à melhora do paladar.

Por fim, é importante mencionar a possibilidade de episódios de fissura. Geralmente, são rápidos, não durando mais que 5 minutos, mas exigem autocontrole e suporte para que o indivíduo não recorra ao cigarro.

Dicas

Com o objetivo de superar as dificuldades mencionadas, veja quais são as principais dicas para começar bem o processo:

  • estabeleça um dia para parar de fumar, fazendo dele uma data especial;
  • evite café, bebidas alcoólicas e outros gatilhos para o fumo;
  • receba apoio de pessoas queridas;
  • faça atividades físicas regularmente;
  • procure a ajuda de profissionais.

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Tratamentos reconhecidos pela comunidade médica

A partir do momento em que a pessoa encontra auxílio dos profissionais da saúde, suas opções de tratamento são ampliadas. É responsabilidade do profissional reforçar a importância de parar de fumar, ressaltando que podem haver recaídas, mas sempre orientando e oferecendo o apoio necessário.

Inicialmente, é feita uma análise capaz de classificar o grau de dependência. Com isso, é possível determinar a intensidade do tratamento, ou seja, se a abordagem será apenas com a mudança de hábitos, se contará com grupos de apoio ou até mesmo de medicamentos.

A função dos principais medicamentos que podem ser utilizados é fazer a reposição da nicotina obtida previamente com o cigarro. Ao longo do tratamento, são administradas doses cada vez menores até chegar à total retirada da substância.

A nicotina para tratamento é encontrada, principalmente, em adesivos transdérmicos e gomas de mascar. Com sua atuação nos neurotransmissores, a ânsia pelo fumo diminui e isso oferece maior confiança para seguimento do processo.

Papel do cardiologista no tratamento de tabagismo

Considerando os prejuízos que o tabagismo causa para a saúde, principalmente no âmbito cardiovascular, é de suma importância que o cardiologista seja um parceiro do dependente não apenas durante o tratamento, mas também antes dele.

O primeiro passo para determinar as condutas é saber que o indivíduo fuma. Portanto, cabe ao médico questionar os hábitos de vida do paciente, ou seja, identificar o que fuma, quando fuma e por qual motivo fuma.

A partir disso, o processo do tratamento é iniciado. A princípio, há apenas a sugestão para a pessoa parar de fumar. Ao aceitar a proposta, são realizados a avaliação, esclarecimentos e determinação das condutas.

É possível obter diversos benefícios ao parar de fumar. Veja, a seguir, como o corpo reage, com o passar do tempo, quando uma pessoa abandona o hábito.

  • 20 minutos sem fumar: a pressão sanguínea e a pulsação voltam à normalidade;
  • 8 horas sem fumar: já não há nicotina circulando na corrente sanguínea;
  • 3 semanas sem fumar: respiração mais facilitada;
  • 9 meses sem fumar: risco de morte por infarto reduzido pela metade, se comparado a um fumante.
  • 10 anos sem fumar: risco de infarto é o mesmo de pessoas que nunca fumaram.

Iniciar o tratamento para tabagismo tem diversos benefícios. Ainda que seja um processo difícil, com o suporte adequado é possível vencer o vício. Mesmo após recaídas, é importante manter o esforço para concretizar a mudança de hábitos e de vida.

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