O glaucoma é uma condição ocular que acomete mais de 67 milhões de pessoas em nível mundial, sendo que 10% delas são cegas. Na realidade, a doença representa a segunda maior causa de cegueira, ficando atrás apenas da catarata.
Trazendo para a realidade brasileira, a doença chega a atingir 3% das pessoas acima de 40 anos. Por convenção, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e o Ministério da Saúde adotam a prevalência como 1% no geral.
Considerando que 80% dos casos não apresentam sintomas iniciais e que o tratamento não consegue reverter os danos da doença, é indispensável a realização de um diagnóstico precoce. Continue a leitura deste post e saiba mais sobre o glaucoma.
O que é glaucoma?
Antes tudo, vamos explicar o que é a doença e suas principais causas. O glaucoma é uma patologia ocular, tratada pelo oftalmologista. É uma condição crônica e que não apresenta cura, mas é essencial realizar o acompanhamento para manter o controle da situação.
A anatomia ocular inclui diversas estruturas, e para entender sobre glaucoma, é preciso conhecer as 3 principais envolvidas: córnea, íris e humor aquoso. O humor aquoso é um líquido que está localizado entre a córnea e a íris, tendo como principal função nutrir as demais estruturas.
Quando se trata de líquido no interior de uma cavidade, é preciso considerar qual pressão ele está exercendo no órgão. Nas condições ideais, o humor aquoso atua com pressão entre 10 e 21,5 mmHg.
Em pessoas com glaucoma, na maioria dos casos observa-se um aumento na pressão intraocular — e isso, consequentemente, causa danos visuais. A condição decorre em função de uma produção de líquido aumentada ou da redução da drenagem dele. No entanto, em alguns casos a pressão é a causa principal do glaucoma.
Quais são os tipos da doença?
Conforme já dito, a doença em questão pode estar associada a diferentes causas, e a classificação dos tipos se baseia nisso.
Glaucoma primário de ângulo aberto
O glaucoma primário de ângulo aberto é o tipo mais comum, representando cerca de 90% dos casos. Embora seja o mais comum, não apresenta sintomas evidentes quando está no começo. Isso faz com que a doença seja diagnosticada tardiamente, a menos que haja acompanhamento com oftalmologista. Nesses casos, o aumento da pressão intraocular acaba causando danos no nervo óptico.
Glaucoma de pressão normal
Já no glaucoma de pressão normal, não há a elevação habitual, como o próprio nome sugere, mas ainda há acometimento do nervo óptico, que provoca danos visuais posteriores.
Glaucoma de ângulo fechado
O primeiro tipo que foi comentado retratava o ângulo aberto, mas há também o glaucoma de ângulo fechado. O ângulo referido é aquele existente entre a íris e a córnea, portanto, quanto mais fechado, mais difícil é a drenagem do líquido, aumentando a pressão no interior.
Quais são os sintomas da patologia?
Os quadros de glaucoma costumam ser assintomáticos, e as manifestações mais graves retratam lesão no nervo óptico. Nesses casos, a queixa do paciente está associada à perda de visão, principalmente nas regiões mais periféricas do campo.
Quando o tipo de glaucoma é o ângulo fechado, há outros sintomas associados, como dor de cabeça, dor nos olhos, náuseas, visão turva e um característico arco-íris ao redor de luzes no período noturno.
É preciso atentar-se aos sintomas referidos, visto que podem existir casos agudos da condição, contrariando as manifestações crônicas mais comuns.
Como é feito o diagnóstico do glaucoma?
O diagnóstico precoce da doença é difícil de ocorrer justamente pelo fato de os sintomas aparecerem com o avançar do quadro. No entanto, isso não é impossível. Pessoas que realizam acompanhamento oftalmológico pode detectar mais precocemente quando comparadas àquelas que não apresentam o hábito de frequentar o especialista.
O exame de fundo de olho é amplamente utilizado na área. A contribuição dele para o diagnóstico de glaucoma é a detecção de possível alterações no nervo mais associado ao quadro.
Além disso, não podemos esquecer que a causa principal da doença é o aumento da pressão intraocular. Portanto, é necessário realizar o exame de tonometria, que identifica o valor da pressão — lembrando que a faixa considerada ideal é de 10 a 21,5 mmHg.
Para complementar a assistência, por vezes é utilizado o exame de paquimetria, que atua medindo a espessura da córnea. Por vezes, pode ser mais fina ou mais grossa do que o esperado, falseando o resultado obtido.
Quais são as opções de tratamento?
Antes de tudo, é preciso ficar claro que o tratamento não visa reverter os danos já causados, mas impedir a evolução do glaucoma para quadros piores. Portanto, é essencial manter assiduamente a conduta indicada pelo médico, visto que pode haver uma piora progressiva e imperceptível no caso da não adesão ao tratamento.
Alguns colírios são indicados com o intuito de diminuir a produção do humor aquoso ou até mesmo aumentar a drenagem do líquido — o que varia de acordo com o mecanismo de ação do colírio sugerido. Além disso, podem ser utilizados comprimidos associados, capazes de potencializar os resultados.
Embora os medicamentos sejam utilizados como conduta inicial de tratamento, há a possibilidade do uso de lasers, que contribuem para desobstruir os canais de drenagem do líquido. Há, ainda, a possibilidade do tratamento cirúrgico, que deve ser avaliada junto ao médico responsável.
O grande objetivo dos tratamos é, de fato, reduzir a pressão exercida pelo líquido no meio intraocular. Vale ressaltar a necessidade de individualizar cada caso. Apesar de ter a faixa com os valores ideais de pressão, cada condição deve ser analisada para determinar o alvo de cada tratamento.
Concluímos, enfim, que o glaucoma é uma doença silenciosa, mas com consequências severas e irreversíveis. Realizar o diagnóstico precoce e aderir ao tratamento sugerido são medidas indispensáveis para o controle do quadro. Para isso, não deixe de procurar um profissional de confiança e que acompanhe atentamente o caso.
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