Segundo dados de 2020 do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata ocupa o segundo lugar da lista de tumores malignos mais comuns no Brasil entre os homens. Além disso, a doença está na segunda posição entre as que levam pessoas do sexo masculino ao óbito no país.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, o seu crescimento é lento, o que leva o tumor a demorar anos para causar algum sintoma. Dessa forma, garantir um diagnóstico nas fases iniciais é fundamental para evitar estágios mais graves da doença. Para tanto, é preciso realizar exames de rotina que cobrem o rastreamento do câncer de próstata. Nesse caso, pode-se citar o toque retal e a dosagem de PSA.
O toque retal é um exame rápido, simples e eficiente para detectar problemas nessa área do corpo masculino. No entanto, muitos homens têm vários preconceitos e temem esse exame. Dessa forma, o evitam, o que prejudica o diagnóstico precoce.
Combater o preconceito pode salvar vidas! Para inspirar você a realizar o exame de toque retal na faixa etária indicada, contamos, neste artigo, 3 histórias de homens que ultrapassaram o receio do exame e conquistaram uma nova vida, provando que o câncer de próstata tem cura. Confira!
1. A nova chance de Jorge Elias
Em 1992, o pai de Jorge faleceu devido a um câncer de próstata. O diagnóstico foi tardio e, apesar de se submeter a vários tipos de tratamentos, infelizmente não foi possível salvá-lo. Jorge sabia que a história familiar positiva para a doença era um importante fator de risco e, por esse motivo, passou a realizar o exame de toque retal e o de PSA.
Com 55 anos, o exame de PSA veio com resultado alterado. Para uma melhor investigação, o médico pediu uma biópsia da próstata, o que não foi acatado por Jorge. Após seis meses, o PSA veio novamente alterado e o policial resolveu que deveria realizar a biópsia. O resultado foi positivo para câncer de próstata.
Jorge afirma que, nesse momento, reconheceu o erro de não realizar a biópsia e adiar o diagnóstico. Além disso, afirma ter mergulhado em sentimentos ruins e desespero, mas decidiu procurar ajuda médica para tratar o câncer o mais rapidamente possível. Felizmente, o tumor maligno ainda estava nos estágios iniciais, em que há maior chance de cura.
Após realizar cirurgias, o policial ficou curado e sem nenhuma sequela física ou emocional. A fim de motivar outros homens a se cuidar, Jorge criou um blog para falar da importância de realizar os exames periódicos e quebrar o preconceito, o medo, a vergonha e os tabus. Ele afirma que homens que se preocupam verdadeiramente com a sua família não a deixam por meros preconceitos. A entrevista completa está disponível neste link.
2. O apoio da família de José
José Marcos Paula Theodoro, contador residente em Catanduva, contou ao G1 que foi diagnosticado com câncer de próstata aos 49 anos. A descoberta foi possível graças ao toque retal, que detectou uma glândula endurecida. Ele é fundamental, visto que o tumor pode estar presente mesmo com níveis sanguíneos de PSA normais.
Felizmente, ele afirma que o toque nunca foi encarado como um constrangimento. Por esse motivo, realizava rotineiramente o exame retal após completar 45 anos de idade. Atualmente, ele estimula outros homens a incorporar esse hábito na rotina de cuidados com a saúde.
Segundo José, “todos os homens devem entender que o preconceito deve ser deixado de lado, visto que ele pode acabar com a vida de uma pessoa”. Afinal, não vale correr o risco de perder momentos preciosos pelo medo ou vergonha de se submeter a um procedimento.
Com tantas inseguranças, é bastante difícil aceitar a notícia e o abalo psicológico é grande. Nesse momento, ele afirma que o apoio da família foi fundamental, transformando o momento triste em um estágio momentâneo. A vida continua e, felizmente, José está curado.
3. A superação do medo de Fernando
Em 2008, Fernando Maia, então, com 42 anos, descobriu uma alteração no PSA em seus exames de rotina. Com isso, foi feito o toque retal, que indicava normalidade no tamanho e na textura da próstata. Por esse motivo, o médico urologista que o acompanhava pediu uma biópsia, para verificar qual seria a alteração da glândula e elucidar o caso.
Com medo do diagnóstico, Fernando trocou várias vezes de médico, a fim de tentar uma alternativa com outras opiniões. Três anos se passaram e ele notou uma redução no volume urinado, o que indicava o aumento da próstata. Sendo assim, Maia reuniu coragem para, enfim, realizar a biópsia, que revelou um câncer ainda em estágio inicial.
Ele afirma que correu um grande risco adiando o diagnóstico, o que poderia ter levado o câncer para estágios mais graves. Além dos sintomas urinários, o tumor de próstata pode se espalhar para outros tecidos e órgãos, como os ossos e os pulmões, o que torna o quadro de difícil tratamento.
A biópsia é um procedimento relativamente simples, sendo normalmente realizado por punção com agulha diretamente na glândula. Após realizar a cirurgia para retirada da próstata, Fernando está curado e sua recuperação acontece a cada dia. A conclusão dele é que o câncer não escolhe o paciente e que a vergonha ou o machismo podem matar.
Para alertar outros homens, ele afirma que “é melhor ser uma pessoa que precisará conhecer outras formas de amar uma mulher do que sofrer e até ir a óbito com uma doença que atualmente tem cura”. Ele contou a sua história em depoimento para a Rede Câncer.
É preciso acabar com o preconceito e desmitificar esse exame tão importante no diagnóstico do câncer de próstata e no cuidado com a saúde do homem. A grande maioria dos pacientes reage muito bem após realizar o primeiro exame, enxergando que o receio era exagerado. Isso porque o toque é um exame rápido e indolor — e pode salvar vidas.
Gostou de saber sobre as histórias desses três homens e descobrir que câncer de próstata tem cura? Então, que tal incentivar outras pessoas a realizarem o exame de toque retal, compartilhando este artigo em suas redes sociais?
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