No final de 2019, foi descoberto um novo tipo de coronavírus — família de vírus que provoca doenças respiratórias. Os primeiros casos ocorreram na China e já se espalharam para diversos outros países, que estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde.
O assunto está entre os mais comentados nos noticiários e, ainda que seja uma pandemia em potencial, a doença já tem sido alvo de inúmeras “fake news”, que disseminam inverdades e informações irrelevantes.
Pensando nisso, organizamos este guia para explicar o que é a doença e como ela é transmitida, desvendando todos os mitos a respeito do assunto. Confira!
O que é o novo coronavírus?
O novo coronavírus é uma mutação de uma linhagem viral descoberta em 1937. Desde então, foram isolados os primeiros coronavírus humanos, mas apenas em 1965 ele foi descrito por meio de microscopia.
Ele provoca uma doença respiratória denominada COVID-19, que ficou conhecida após ocorrências na China.
Quais são os tipos de coronavírus?
Existem diversos tipos de coronavírus, que podem infectar humanos e animais com sintomas mais ou menos graves. Até o momento, estes são os conhecidos:
- Alpha coronavírus 229E e NL63;
- Beta coronavírus OC43 e HKU1;
- SARS-CoV (Síndrome Respiratória Aguda Grave);
- MERS-CoV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio);
- SARS-CoV-2, o novo coronavírus.
A SARS, identificada em 2002, e a MERS, identificada em 2012, são infecções graves causadoras de epidemias recentes. Já os dois primeiros, Alpha e Beta, são vírus mais comuns, que não costumam provocar grandes danos aos infectados.
Quais são os sintomas do novo coronavírus?
Os sinais de uma infecção por coronavírus são muito parecidos com os de uma gripe comum. Apesar de ser uma infecção leve, pode levar ao óbito, quando ocorrem complicações respiratórias.
Os principais sinais e sintomas são:
- febre:
- tosse;
- falta de ar;
- dor de garganta;
- fraqueza.
Como se dá a transmissão do vírus?
Assim como a gripe e o resfriado comum, o coronavírus é transmitido quando uma pessoa doente tosse ou espira. Ou seja, basta apenas um infectado para contaminar diversas pessoas ao seu redor.
O tempo entre a infecção e o surgimento dos primeiros sintomas é chamado de período de incubação. No caso do coronavírus, esse período pode ser de 2 a 14 dias e, durante esse tempo, não há o contágio.
A transmissão do coronavírus ocorre durante a persistência dos sintomas, entretanto, a duração do período de transmissibilidade ainda é desconhecido.
Como se prevenir contra o novo coronavírus?
Existem muitas dicas relevantes para a prevenção da doença, que é a melhor forma de impedir a disseminação do vírus. Por isso, é importante seguir as seguintes recomendações:
- lavar as mãos com frequência;
- usar lenço descartável para higiene nasal;
- evitar tocar os olhos, nariz e a boca
- usar álcool em gel também sempre que possível;
- evitar o compartilhamento de objetos pessoais;
- limpar frequentemente o ambiente e mantê-lo arejado;
- evitar sair de casa e multidões em caso de doença;
- manter alimentação saudável e praticar atividade física regularmente;
- evitar o contato com pessoas doentes;
- vacinar-se contra outras doenças.
Existe um tratamento para o coronavírus?
O coronavírus não tem tratamento específico, no entanto, alguns medicamentos têm apresentado benefícios. Além disso, não há vacina contra a COVID-19 (doença provocada pelo novo coronavírus).
Os pacientes infectados podem usar medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos, para dor e febre, respectivamente. O Ministério da Saúde recomenda, ainda, que o paciente se hidrate bastante, fique em repouso e umidifique o ambiente para aliviar a tosse e a dor de garganta.
As pessoas com suspeita de coronavírus estão sendo internadas não apenas para tratamento dos sintomas, mas também para evitar a contaminação de outros indivíduos. Além disso, é muito importante evitar a automedicação, em grande parte, motivada pela falta de informações.
Quais são os mitos sobre coronavírus?
Desde que foi descoberto, o novo coronavírus foi alvo de muitas notícias falsas. Veja, a seguir, as principais fake news que estão sendo disseminadas sobre o caso.
Tomar vitamina D evita o vírus
Uma pesquisa feita pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e publicada no periódico Clinical Infectious Diseases, desmente o boato de que um reforço na imunidade com altas doses injetáveis de vitamina D previne infecções respiratórias.
Chá de erva-doce mata o coronavírus
Essa fake news foi veiculada ao vírus influenza, causador da gripe. No entanto, o Ministério da Saúde adverte que nenhum chá pode tratar o coronavírus ou a gripe.
Medicamentos fitoterápicos ajudam a prevenir
Algumas correntes recomendam o consumo de alho cru e chá de gengibre para melhorar a imunidade e matar o vírus. No entanto, apesar de aliviarem os sintomas, esses alimentos não previnem ou curam uma infecção por coronavírus.
A gripe imuniza contra o coronavírus
Os vírus influenza e coronavírus são diferentes e, por isso, o fato de ter contraído uma gripe só induz a resposta imune adquirida no organismo. Se vacinar contra a gripe não impede que uma pessoa contraia a COVID-19.
O coronavírus é parecido com o vírus da AIDS
A similaridade entre o coronavírus e o vírus da AIDS não foi comprovada cientificamente e isso nada mais é do que um boato.
Após o sequenciamento dos genes do COVID-19, publicado em um artigo no periódico The Lancet, foi mostrado que ele tem similaridade com o vírus SARS, responsável por uma epidemia ocorrida na década passada. Não há nenhuma comparação ao HIV nesta ou em outras pesquisas.
Ele pode ser tratado com antibióticos e antivirais
Com o aumento dos casos, muitos medicamentos estão sendo testados, pois ainda não há tratamento específico contra o coronavírus, além de observação e remediação dos sintomas.
Alguns médicos chineses vêm receitando os coquetéis antivirais contra o HIV, combinados com o princípio ativo do medicamento Tamiflu, entretanto, ainda não há comprovação científica de que esse tratamento é eficaz.
A cânfora pode repelir o vírus
A cânfora é usada como descongestionante e analgésico, minimizando os sintomas de gripe e resfriado, mas não tem ação antiviral comprovada.
Lavar o nariz evita o contágio
Limpar as narinas apenas desentope o nariz e ameniza a rinite, mas não impede a contaminação dos vírus pela mucosa.
Para evitar que informações como essas se espalhem, evite compartilhar informações sem antes verificar pesquisas que as comprovem.
Caso você tenha visitado alguma das regiões em que a doença foi registrada, tido contato com alguém infectado e apresentar algum dos sintomas, o ideal a se fazer é procurar orientação médica.
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