Os pólipos endometriais são crescimentos anormais de tecido que se desenvolvem no revestimento interno do útero (endométrio).
Embora muitas vezes sejam benignos, podem causar desconforto e outros sintomas que afetam a qualidade de vida.
Neste artigo, exploraremos os sintomas de pólipo endometrial, suas causas, diagnóstico e quando procurar ajuda médica:
O que é um Pólipo Endometrial?
Um pólipo endometrial é um crescimento benigno do tecido endometrial que se projeta para dentro do útero.
Eles variam em tamanho, desde pequenos como uma semente de gergelim até grandes como uma bola de golfe. Embora geralmente não sejam cancerosos, pólipos grandes ou múltiplos podem causar sintomas significativos.
Principais sintomas de Pólipo Endometrial
Os pólipos endometriais podem ser assintomáticos, especialmente quando são pequenos. No entanto, quando os sintomas aparecem, podem incluir:
Sangramento uterino anormal – este é o sintoma mais comum. Pode se manifestar como menstruações muito intensas (menorragia), sangramento entre os períodos (metrorragia), ou sangramento após a menopausa.
Ciclos menstruais irregulares – pólipos endometriais podem causar irregularidades nos ciclos menstruais, fazendo com que as menstruações sejam imprevisíveis e variem em intensidade e duração.
Sangramento pós-menopausa – mulheres na pós-menopausa que experimentam qualquer tipo de sangramento devem procurar um médico, pois isso pode ser um sinal de pólipos ou outras condições mais sérias.
Infertilidade – pólipos grandes ou múltiplos podem interferir na capacidade de engravidar, pois podem obstruir a cavidade uterina ou interferir na implantação do embrião.
Dor abdominal ou pélvica – embora menos comum, alguns pacientes podem sentir desconforto ou dor na região abdominal ou pélvica devido aos pólipos.
Causas e fatores de risco
As causas exatas dos pólipos endometriais não são totalmente compreendidas, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvê-los:
Idade – são mais comuns em mulheres entre 40 e 50 anos e na pós-menopausa.
Desequilíbrios hormonais – níveis elevados de estrogênio sem progesterona correspondente podem estimular o crescimento do endométrio e o desenvolvimento de pólipos.
Obesidade – o excesso de gordura corporal pode aumentar os níveis de estrogênio, contribuindo para o desenvolvimento de pólipos.
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) – mulheres com SOP têm maior risco devido aos desequilíbrios hormonais associados à condição.
Uso de Tamoxifeno – medicamento utilizado no tratamento do câncer de mama que pode aumentar o risco de pólipos endometriais.
Diagnóstico
O diagnóstico de pólipos endometriais é essencial para garantir o tratamento adequado e prevenir possíveis complicações. Se você apresenta sintomas como sangramento uterino anormal, ciclos menstruais irregulares ou sangramento pós-menopausa, é importante procurar um ginecologista para uma avaliação completa.
Aqui estão os métodos diagnósticos mais comuns utilizados para identificar pólipos endometriais:
1. Ultrassom transvaginal
O ultrassom transvaginal é frequentemente o primeiro exame realizado para avaliar a presença de pólipos endometriais. Este procedimento envolve a inserção de um transdutor ultrassônico na vagina, o que permite obter imagens detalhadas do útero e do endométrio. O ultrassom transvaginal é eficaz para detectar anormalidades no revestimento uterino, como pólipos, e pode fornecer informações sobre o tamanho e a localização dos mesmos.
2. Histeroscopia
A histeroscopia é um procedimento diagnóstico e, se necessário, terapêutico, que permite uma visualização direta do interior do útero. Durante a histeroscopia, um histeroscópio (um tubo fino e iluminado com uma câmera na ponta) é inserido na cavidade uterina através da vagina e do colo do útero. Isso permite ao médico examinar o endométrio em detalhe e identificar pólipos. Se pólipos forem encontrados, eles podem ser removidos durante o mesmo procedimento.
3. Curetagem diagnóstica
A curetagem diagnóstica, também conhecida como dilatação e curetagem (D&C), é um procedimento em que o médico raspa o revestimento uterino para coletar amostras de tecido endometrial. Este tecido é então enviado para análise laboratorial para detectar a presença de pólipos ou outras anormalidades. A curetagem pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para tratamento, especialmente se os pólipos forem removidos durante o procedimento.
4. Biópsia endometrial
A biópsia endometrial envolve a remoção de uma pequena amostra de tecido do revestimento uterino para análise microscópica. Este procedimento pode ser realizado no consultório do médico e é útil para detectar anormalidades no endométrio, incluindo pólipos. A biópsia endometrial é frequentemente utilizada para avaliar a causa de sangramentos uterinos anormais e para excluir a presença de câncer endometrial.
5. Sonohisterografia
A sonohisterografia, também conhecida como ultrassonografia com infusão salina, é um tipo especial de ultrassom transvaginal. Durante este procedimento, uma solução salina estéril é injetada no útero através de um cateter, o que expande a cavidade uterina e proporciona uma visualização mais clara do endométrio. Isso facilita a detecção de pólipos, miomas e outras anormalidades intrauterinas.
Tratamento dos pólipos endometriais
Os pólipos endometriais podem ser tratados de diversas maneiras, dependendo do tamanho, número, sintomas e se há risco de malignidade. Aqui estão os principais métodos de tratamento:
Observação
Em casos onde os pólipos são pequenos e assintomáticos, o médico pode optar por monitorar a condição sem intervenção imediata. A observação inclui check-ups regulares e ultrassons para garantir que os pólipos não estejam crescendo ou causando problemas.
Medicação
O uso de medicamentos hormonais, como progestinas ou agonistas do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), pode ser eficaz em reduzir o tamanho dos pólipos e aliviar os sintomas. Esta abordagem é geralmente temporária e pode ser utilizada em mulheres que ainda desejam preservar a fertilidade.
Remoção cirúrgica
A histeroscopia é o procedimento mais comum para a remoção de pólipos endometriais. Durante este procedimento, um histeroscópio é inserido na cavidade uterina através da vagina, permitindo ao médico visualizar e remover os pólipos diretamente. Este método é minimamente invasivo e frequentemente realizado em regime ambulatorial.
Curetagem
A curetagem, ou dilatação e curetagem (D&C), envolve a raspagem do revestimento uterino para remover pólipos e outras anormalidades. Este procedimento pode ser utilizado tanto para diagnóstico quanto para tratamento, especialmente em casos onde há múltiplos pólipos ou sangramento excessivo.
Considerações pós-menopausa
Para mulheres na pós-menopausa, qualquer pólipo endometrial é geralmente removido devido ao maior risco de malignidade. A histeroscopia ou curetagem são os métodos preferidos para remoção e análise dos pólipos para descartar a presença de células cancerosas.
Cada caso é único, e a escolha do tratamento deve ser personalizada de acordo com os sintomas, idade, desejo de fertilidade e risco de malignidade. Consultar um ginecologista é crucial para determinar a melhor abordagem e garantir um tratamento eficaz dos pólipos endometriais.
Os pólipos endometriais são uma condição ginecológica comum que pode causar uma variedade de sintomas, desde sangramento anormal até infertilidade. Identificar esses sintomas e buscar avaliação médica é crucial para o diagnóstico e tratamento adequados.
Se você está experimentando algum dos sintomas mencionados, consulte um ginecologista para uma avaliação completa e para discutir as melhores opções de tratamento para o seu caso!
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