A hérnia femoral é uma condição que pode afetar muitas pessoas, causando desconforto e até dor na região da virilha. Você já ouviu falar sobre ela? Pode ser que, ao longo da vida, você ou alguém próximo a você tenha sentido os sintomas.
Descubra mais sobre como a hérnia femoral se desenvolve, seus sintomas, causas e os tratamentos disponíveis para aliviar o problema. Continue lendo e entenda como cuidar da sua saúde!
O que é a hérnia femoral?
A hérnia femoral ocorre quando uma parte do intestino ou outro tecido abdominal se projeta através de uma abertura enfraquecida na região da virilha, mais precisamente no canal femoral.
Essa condição é menos comum do que outros tipos de hérnias, mas exige atenção, pois pode levar a complicações graves caso não seja tratada adequadamente.
O canal femoral é uma passagem estreita localizada abaixo do ligamento inguinal, onde vasos sanguíneos e nervos passam em direção à perna.
Quando há um enfraquecimento na parede abdominal, estruturas internas podem pressionar essa área, resultando em uma saliência característica.
Essa protrusão pode ser pequena e assintomática no início, mas pode crescer e causar desconforto significativo.
Diferença entre hérnia femoral e inguinal
A hérnia femoral e a hérnia inguinal são condições que afetam a região da virilha, mas possuem características distintas.
Ambas surgem devido ao enfraquecimento da parede abdominal, permitindo que parte do intestino ou outro tecido se projete para além de sua posição normal, no entanto, a localização e os fatores de risco de cada uma diferem.
Enquanto a hérnia femoral ocorre abaixo do ligamento inguinal, na região do canal femoral, a hérnia inguinal se manifesta acima desse ligamento, na passagem por onde os vasos sanguíneos e o cordão espermático (nos homens) atravessam a parede abdominal.
A distinção entre elas é fundamental para um diagnóstico preciso e para a escolha do melhor tratamento.
Principais sintomas da hérnia femoral
A hérnia femoral pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do estágio em que se encontra, em muitos casos, o início do problema passa despercebido, pois a saliência pode ser pequena e assintomática.
No entanto, conforme a condição evolui, sinais mais evidentes começam a surgir, exigindo atenção para evitar complicações.
O sintoma mais comum é o aparecimento de um abaulamento na região próxima à coxa, logo abaixo do ligamento inguinal.
Esse inchaço pode ser mais perceptível ao ficar em pé, realizar atividades físicas ou levantar objetos pesados.
Em algumas situações, a protuberância desaparece quando a pessoa está deitada, mas reaparece com o esforço.
Dor e desconforto na região
A presença de dor na virilha ou na parte superior da coxa é um dos indícios mais frequentes, a hérnia femoral pode causar desconforto leve no início, mas, à medida que aumenta de tamanho, a dor se intensifica.
Sensação de peso, queimação ou pressão na região afetada também podem estar presentes.
Movimentos como caminhar por longos períodos ou permanecer em pé podem agravar o incômodo, a dor pode irradiar para a perna, dificultando atividades do dia a dia.
Quando há sinais de inflamação ou compressão de estruturas internas, o desconforto se torna mais intenso.
Sinais de complicações
Casos mais avançados podem levar ao estrangulamento da hérnia femoral, uma situação grave que exige intervenção imediata.
Esse problema ocorre quando o fluxo sanguíneo para o tecido herniado é interrompido, causando necrose e risco de infecção.
Náuseas, vômitos, febre e dor intensa são indicativos de complicação.
O endurecimento da protuberância, acompanhado de vermelhidão e aumento de temperatura local, são sinais preocupantes.
Diante desses sintomas, a busca por atendimento médico deve ser imediata, pois o tratamento cirúrgico pode ser necessário para evitar danos permanentes.
Dificuldade para evacuar
O comprometimento do trânsito intestinal é outro sintoma que pode surgir, quando parte do intestino fica presa na hérnia femoral, ocorrem dificuldades na digestão e eliminação de fezes.
Prisão de ventre, inchaço abdominal e gases em excesso podem indicar obstrução parcial.
O bloqueio total do intestino exige atendimento emergencial, o paciente pode apresentar vômitos persistentes e distensão abdominal severa, necessitando de cirurgia para a correção do problema.
Importância do diagnóstico precoce
O reconhecimento rápido dos sintomas evita complicações graves, a hérnia femoral pode ser diagnosticada por exame físico e, em alguns casos, exames de imagem auxiliam na confirmação.
Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de um tratamento eficaz e seguro.
Causas e fatores de risco da hérnia femoral
A hérnia femoral ocorre quando uma parte do intestino ou de outro tecido abdominal se projeta através de uma área enfraquecida na parede abdominal, especificamente na região do canal femoral.
Essa condição pode surgir devido a vários fatores, que envolvem desde questões anatômicas até comportamentos que aumentam a pressão intra-abdominal.
Compreender as causas e os fatores de risco é essencial para prevenir o desenvolvimento dessa condição e tratá-la adequadamente quando necessário.
Enfraquecimento da parede abdominal
O principal fator que contribui para o aparecimento de uma hérnia femoral é o enfraquecimento ou defeito na parede abdominal, especialmente no local onde o canal femoral se encontra.
Essa região, que normalmente é robusta, pode se tornar vulnerável devido ao desgaste natural dos tecidos ao longo do tempo.
O envelhecimento pode acelerar esse processo, tornando as pessoas mais propensas a desenvolver uma hérnia na região da virilha.
Além do envelhecimento, o aumento da pressão intra-abdominal é um dos principais fatores que favorece o desenvolvimento de uma hérnia femoral.
Esforços físicos excessivos, como levantar pesos pesados, são atividades que aumentam significativamente a pressão dentro do abdômen, podendo resultar no rompimento das fibras musculares e na formação da hérnia.
Obesidade e sobrepeso
A obesidade é outro fator de risco importante, o acúmulo de gordura abdominal exerce pressão extra sobre a parede abdominal, o que pode enfraquecer as áreas próximas ao canal femoral e predispor à formação de uma hérnia femoral.
Indivíduos com sobrepeso, especialmente aqueles que apresentam gordura acumulada na região da barriga, devem estar cientes do risco elevado de desenvolvimento dessa condição.
Gravidez e parto
Mulheres grávidas também estão mais propensas a desenvolver uma hérnia femoral, principalmente durante a gestação, isso ocorre porque a pressão abdominal aumenta à medida que o útero cresce, o que pode causar o enfraquecimento das áreas próximas ao canal femoral.
Mulheres que passaram por vários partos apresentam maior vulnerabilidade devido às mudanças nas estruturas pélvicas e abdominais durante o processo de gestação e parto.
Genética e histórico familiar
A predisposição genética também desempenha um papel importante no desenvolvimento da hérnia femoral, indivíduos com histórico familiar de hérnias têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Fatores hereditários podem contribuir para o enfraquecimento das fibras musculares, tornando a parede abdominal mais suscetível a lesões e a formação de hérnias.
Idade avançada
A medida que envelhecemos, a elasticidade dos tecidos abdominais diminui, a hérnia femoral é mais comum em idosos devido à perda de força nas fibras musculares e à maior dificuldade do corpo em manter a integridade das áreas mais fracas da parede abdominal.
O risco aumenta principalmente em pessoas que já sofreram de outras condições que afetam a estrutura muscular da região abdominal.
Tratamentos disponíveis para hérnia femoral
A hérnia femoral é uma condição que pode exigir tratamento dependendo da gravidade e dos sintomas apresentados.
Em casos leves, a observação e cuidados simples podem ser suficientes, mas em situações mais graves, intervenções médicas são necessárias para evitar complicações.
O tratamento é decidido com base no tamanho da hérnia, na dor e no risco de estrangulamento do tecido herniado, o que pode comprometer a circulação sanguínea e causar danos aos órgãos afetados.
Quando a cirurgia é necessária?
Em muitos casos, o tratamento cirúrgico é a única forma eficaz de corrigir uma hérnia femoral, isso ocorre principalmente quando a hérnia é grande, causa dor significativa ou está em risco de se estrangular, o que pode levar a complicações sérias, como a necrose do tecido herniado.
A cirurgia também é recomendada quando os sintomas interferem nas atividades diárias, tornando-se mais incômodos com o tempo.
Nos casos de estrangulamento, a cirurgia se torna uma emergência, pois o fluxo sanguíneo é interrompido, o que pode resultar em infecção e danos irreversíveis ao tecido.
A correção cirúrgica visa reposicionar o conteúdo da hérnia de volta à cavidade abdominal e reforçar a área enfraquecida, evitando que a hérnia se forme novamente.
Opções minimamente invasivas
Com os avanços na medicina, hoje existem opções minimamente invasivas para tratar a hérnia femoral, a cirurgia laparoscópica, por exemplo, utiliza pequenas incisões e uma câmera para guiar o cirurgião durante o procedimento.
Esse tipo de cirurgia oferece várias vantagens, incluindo uma recuperação mais rápida, menor risco de infecção e menos dor pós-operatória.
A técnica laparoscópica também permite que o paciente retorne às suas atividades normais em menos tempo, comparado à cirurgia tradicional.
Outro benefício é a possibilidade de corrigir a hérnia com um mínimo de impacto nos tecidos circundantes, o que reduz o risco de complicações a longo prazo.
Além disso, técnicas como a utilização de telas de reforço são comuns na cirurgia da hérnia femoral, essas telas ajudam a reforçar a parede abdominal, prevenindo recorrências da hérnia.
O uso de materiais biocompatíveis tem mostrado resultados positivos, proporcionando uma recuperação mais tranquila e duradoura.
Embora a cirurgia seja a solução mais definitiva, o tipo de tratamento indicado vai depender de uma avaliação médica cuidadosa.
O diagnóstico precoce da hérnia femoral e o acompanhamento regular são essenciais para evitar complicações e garantir o melhor resultado possível.
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