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Estrabismo infantil: tipos, causas, sintomas e tratamentos

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O estrabismo é um desvio nos olhos que ocorre quando os bulbos oculares não ficam alinhados corretamente. Ele pode se manifestar desde o nascimento, devido a fatores genéticos, mas também é causado por outros problemas ao longo da vida.

O diagnóstico precoce e o tratamento ainda na infância aumentam as chances de cura. Pensando nisso, preparamos este conteúdo para falar sobre os sintomas, tratamentos e cuidados que devem ser tomados. Acompanhe!

Os tipos e causas do estrabismo

Primeiramente, é importante compreender que existem diferentes formas de estrabismo. Ele pode ser classificado das seguintes formas:

  • convergente ou estropia, quando um ou os dois olhos se movem para dentro;
  • divergente ou exotropia, quando um ou dois olhos se deslocam para fora;
  • em vertical ou hipertropia, quando o desvio é para cima ou para baixo.

Além disso, ele pode se manifestar de diferentes maneiras:

  • monocular: sempre no mesmo olho;
  • alternante: nos dois olhos, de forma alternada;
  • intermitente: só aparece em algumas situações;
  • latente: quando só fica visível em condições específicas, como em fotos.

A doença pode se manifestar nos primeiros meses de vida, em crianças maiores ou apenas nos adultos. Existem diversas causas, sempre relacionadas aos músculos responsáveis pelo controle dos olhos. Além da hereditariedade, o estrabismo pode ser consequência de:

  • hipermetropia em grau elevado;
  • baixa visão em apenas um dos olhos;
  • doenças neurológicas, como paralisia cerebral, AVC ou traumas;
  • alterações genéticas, como a síndrome de Down;
  • doenças oculares, como catarata;
  • infecções como meningite e encefalite;
  • alterações da tireoide;
  • diabetes.

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Sintomas do estrabismo infantil

É importante que os pais fiquem atentos à movimentação dos olhos da criança para verificar se existem alterações. No entanto, vale destacar que até os três meses de idade a falta de controle dos movimentos oculares ainda não é considerada uma alteração, tendo em vista que os músculos estão em desenvolvimento.

Alguns médicos também consideram o desvio comum até os 6 meses. A partir dos 7 meses, é essencial ter atenção para identificar alterações, pois o estrabismo tem cura, principalmente se diagnosticado até os 7 anos.

Nos primeiros anos de vida, o principal sintoma, que é a visão dupla ou diplopia, não se manifesta. Isso acontece porque é possível suprimir a imagem formada pelo olho que sofreu o desvio, então as crianças não percebem esse problema.

Contudo, nas crianças maiores e nos adultos, esse problema é percebido com facilidade. Outros sintomas comuns são:

  • movimento dessincronizado entre os olhos;
  • dificuldade para agarrar ou enxergar objetos próximos;
  • coceira;
  • lacrimejamento constante;
  • dores de cabeça;
  • torcicolo.

A falta de tratamento pode resultar na perda da visão do olho desviado — já que, nas crianças, o organismo desenvolve um mecanismo para suprimir as imagens formadas pelo desvio.

Assim, a região do cérebro responsável pela visão do olho que tem o desvio não se desenvolve corretamente e, como consequência, a imagem fica cada vez mais fraca, até desaparecer por completo em uma perda progressiva da visão, conhecida como ambliopia.

Frequência de consultas com um oftalmologista na infância

Até os 2 anos, é importante que a criança seja examinada pelo oftalmologista duas vezes por ano. Em casos em que há fatores de risco, a frequência pode ser aumentada para três vezes.

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A partir dos 2 anos, as consultas podem ser feitas anualmente, com um check-up completo da visão. Isso deve acontecer até que a criança complete 10 anos — no entanto, caso seja diagnosticado qualquer problema nos olhos, a frequência deve ser alterada conforme a indicação médica.

Diagnóstico do estrabismo em crianças

O diagnóstico é feito por meio do teste do reflexo, que avalia se o foco de luz está centralizado nas duas pupilas. Além disso, é comum que sejam feitos outros exames para verificar:

  • acuidade visual;
  • fundo de olho;
  • oclusão;
  • movimento ocular;
  • tamanho do desvio.

Um erro comum dos pais é acreditar que o problema deixa de existir naturalmente com o crescimento. Porém, ao identificar o problema, é fundamental procurar o médico para fazer uma avaliação completa.

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Principais tratamentos para o estrabismo infantil

O estrabismo tem cura, mas quanto antes for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, mais rápidos serão os resultados.

Colírios

Existem colírios desenvolvidos para auxiliar a formação do foco da imagem. Isso faz com que a criança faça menos esforço para enxergar e, ao longo do tempo, corrija o estrabismo.

Óculos

Como o problema pode ser causado pelo grau elevado de hipermetropia, o uso de óculos, ao corrigir a visão, também trata o estrabismo infantil.

Tampão

O tampão é um tratamento frequente nas crianças com menos de 7 anos de idade. A condição faz com que um olho se desenvolva mais do que o outro, então o tampão tem a finalidade de equilibrar essa diferença. Além disso, podem ser feitos exercícios orientados pelo oftalmologista.

Toxina botulínica

A toxina botulínica, conhecida como Botox, pode ser usada no tratamento. Nesse caso, ela é injetada no músculo extraocular para deixar os olhos paralelos. O paciente recebe uma anestesia local e o procedimento é rápido. Como é pouco invasivo, a recuperação é bem simples.

Cirurgia

Quando o distúrbio que compromete a visão é corrigido, mas o desvio se mantém, pode ser indicada a cirurgia. O procedimento também é feito quando a causa está relacionada à contração ou relaxamento excessivo de um músculo, para que eles sejam reposicionados ou parcialmente ressecados.

Acompanhamento de pacientes com histórico familiar

Quando a família tem histórico de estrabismo, é preciso redobrar a atenção. Como ele tem um fator genético, a criança tem mais chances de desenvolver o problema, então o acompanhamento médico é imprescindível para diagnosticá-lo com antecedência e realizar o tratamento.

É importante falar ao oftalmologista sobre os casos familiares para que ele indique a melhor forma de acompanhar a criança. Apesar da recomendação geral de três visitas ao ano, dependendo das alterações identificadas, ele pode requerer um acompanhamento mais próximo antes de fechar o diagnóstico.

Como vimos, o estrabismo em criança pode ser tratado e, se diagnosticado cedo, tem grandes chances de recuperação sem deixar sequelas. Por isso, é essencial fazer o acompanhamento médico para identificar problemas de visão e seguir os tratamentos indicados.

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