Urinar após o sexo, evitar preservativos com aromas e outras práticas podem ajudar no combate à doenças e desconfortos
De acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), 75% das mulheres brasileiras sofrem com infecções, coceiras, inchaço, corrimento e até mesmo ferimentos vaginais em algum momento de sua vida. Isso ocorre porque, para além do uso da camisinha — preservativo mais eficiente para evitar Doenças Sexualmente Transmissíveis e gravidez — outros cuidados devem ser adotados na prática sexual, mas o conhecimento sobre eles ainda é limitado.
Esses cuidados envolvem desde a higiene sexual até evitar determinadas posições na hora do sexo, conforme destaca o profissional de ginecologia obstetrícia da rede AmorSaúde, Dr. Flávio Costa. “Combinar o uso de preservativos com outros métodos de prevenção, como exames regulares de saúde sexual, é fundamental para uma proteção abrangente”, explica.
O profissional ressalta que, para cuidar da saúde sexual, o ideal é não deixar para depois o que deve ser feito imediatamente, ou seja, é necessário monitorar de modo frequente se há algum tipo de sintoma antes e depois do sexo, como desconfortos, corrimentos, secreções e infecções. “Essas e outras complicações após o sexo desprotegido podem levar a inflamações do trato genital, reações alérgicas a produtos utilizados durante o ato sexual e até mesmo gravidez indesejada. Por isso, é importante que as mulheres se atentem aos sinais de seus próprios corpos”.
As lesões também não podem passar despercebidas. Diante disso, sintomas como dor, inchaço e corrimentos anormais podem surgir, além de outros menos comuns, tais como a sensação de queimação ao urinar ou o sangramento fora do período menstrual. Em todos esses casos, é indispensável procurar orientação médica para o devido tratamento.
Atenção à higiene íntima
Conforme destaca o profissional, a higiene íntima adequada é um requisito para que o sexo seja mais seguro. Após o ato sexual, o Dr. Flávio Costa, profissional do AmorSaúde do Largo do Tanque, em Salvador, ressalta que urinar é imprescindível para a prevenção de infecções.
“É sugerido urinar logo após a relação sexual e manter-se hidratado, bebendo bastante água para limpar as vias urinárias”, explica. Ele ainda complementa que “a falta de higiene adequada após o sexo pode aumentar o risco de infecções bacterianas e fúngicas, além de causar irritações na região genital. Evitar o uso de produtos perfumados ou agressivos e limpar-se cuidadosamente são práticas importantes para manter o equilíbrio da flora vaginal”.
Além disso, para aqueles que usam lubrificante no ato sexual, a escolha do produto também deve ser cuidadosa. No mercado, é comum que haja produtos com cheiros e composições diversas, no entanto, é necessário priorizar aqueles que são à base de água e sem perfumes, como já destacado pelo Ginecologista. O mesmo vale para a camisinha. “Ao experimentar qualquer reação adversa a lubrificantes ou preservativos durante o sexo, é crucial interromper imediatamente o uso desses produtos e lavar a área genital com água morna e sabão neutro. Persistindo os sintomas, é importante buscar orientação médica para determinar a causa e receber tratamento adequado”, reforça o especialista do AmorSaúde, Flavio Costa.
A higiene íntima correta envolve o uso apropriado do preservativo, mas, igualmente, de manter uma rotina equilibrada de alimentação e exercícios físicos. Também é importante evitar o estresse excessivo, o que pode prejudicar o sistema imunológico e sua predisposição para infecções, pontua o profissional. “É importante verificar regularmente o estado do pênis em busca de quaisquer lesões, irritações ou anormalidades. Abster-se de atividades sexuais se houver algum sintoma de infecção genital pode ajudar a prevenir a disseminação de doenças”, completa.
Ficha profissional:
Dr. Flávio Costa
CRM-BA 15102
